Revista online | Comparecer, votar, é defender a democracia, mostra editorial da Política Democrática online

Objetivo da resistência democrática nas eleições deve ser ambicioso: a derrota do governo já no primeiro turno
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Editorial / Revista Política Democrática Online

As pesquisas eleitorais mais recentes consolidam, ao que parece, a estratégia governista no rumo da reeleição. Cultivar o eleitorado fiel, apostar na divisão dos opositores e chegar ao segundo turno, defrontando-se, a persistir a tendência de hoje, com o candidato do PT. Nesse caso, o eixo da campanha governista está definido: aproveitar a rejeição elevada, ao candidato e ao partido oposicionista, alimentar essa rejeição com a desqualificação sistemática, por meio de críticas de cunho moral, não político, e apostar no desânimo do eleitor, manifesto no absenteísmo, no voto branco e no voto nulo. 

No campo dos partidos de oposição, a inércia na construção de estratégias comuns de resistência democrática parece conviver com uma atividade febril no que respeita, tanto aos passos dos candidatos já lançados, como à busca de novos nomes que revelem potencial eleitoral mais promissor. 

Felizmente, o vazio na linha de frente da resistência democrática foi ocupado por uma iniciativa proveniente da sociedade civil. Artistas, profissionais da mídia, influenciadores das redes sociais encetaram campanha de estímulo à obtenção do título de eleitor, voltada para os jovens maiores de 16 anos. O mote é simples: o voto faz diferença, tire seu título antes do fim do prazo legal, no início de maio. 

Vimos há pouco a eficácia de uma campanha semelhante nas eleições norte-americanas. Os democratas, divididos, conseguiram a unificação, em primeiro lugar por meio de um acordo amplo, em torno das candidaturas a presidente e, provavelmente, a todos os demais cargos em jogo. Em segundo lugar, por uma campanha muito bem-sucedida em prol do comparecimento às urnas, com a participação de estrelas do esporte e da música popular. 

Devemos, todas as correntes do campo democrático, avançar nesse rumo. Em primeiro lugar, com a adesão explícita e ativa dos partidos políticos e seus candidatos à campanha em curso. Em segundo lugar, com a iniciativa da sequência lógica da campanha, com o objetivo final de aumentar o número de votos válidos nas eleições de outubro. À campanha pelo alistamento eleitoral, ou seja, para obter o título de eleitor, devem-se seguir as campanhas complementares pelo comparecimento no dia da eleição e pelo voto válido em candidatos do campo democrático contra o candidato do governo. 

A experiência internacional demonstra o impacto da reeleição de governos autoritários no esfacelamento progressivo das instituições democráticas. Por conseguinte, o objetivo da resistência democrática nas eleições deve ser ambicioso: a derrota do governo já no primeiro turno das eleições, com sua exclusão de um eventual segundo turno. 

Do esquecimento à depressão, sequelas da covid-19 fragilizam saúde mental

Guilherme Casarões: Reflexões sobre a nova ordem mundial

Confira a charge da Edição 41 da Revista Política Democrática

Pedro Fernando Nery: PND no século 21 

Lilia Lustosa: Geraldo e Jabor 

Henrique Brandão: Mais atual que nunca 

Juros e inflação no Brasil – o que explica o comportamento do Banco Central?

‘Um tempo para não esquecer’ retrata a luta da saúde pública contra a Covid-19

Hesitação vacinal é negacionismo que pode matar, acredita Margareth Dalcolmo

Acesse todas as edições (Flip) da Revista Política Democrática online

Acesse todas as edições (PDF) da Revista Política Democrática online

Privacy Preference Center

Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.