Disputa pode esvaziar papel de Onyx e deixar governo nas mãos de Renan e Maia
O governo corre o risco de queimar seu primeiro fusível na relação com o Congresso. As eleições para as presidências da Câmara e do Senado podem instalar no comando do Legislativo dois personagens que têm relações já desgastadas com os articuladores do Planalto.
Ao ser anunciado por Jair Bolsonaro como chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni foi encarado com ceticismo. O deputado ganhou o cargo por ter sido um aliado fiel, mas sempre foi visto como uma figura pouco experiente, que acumulava anos de convivência conturbada com colegas.
Novo responsável pela articulação política do governo, ele conseguiu a proeza de acumular desavenças tanto com Rodrigo Maia quanto com Renan Calheiros —dois favoritos para comandar o Congresso a partir desta sexta-feira (1º).
Se a vitória da dupla se confirmar, o Planalto pode passar por apuros. Maia e Renan já disseram publicamente que estão alinhados com boa parte da agenda de Bolsonaro, mas Onyx certamente não terá vida fácil.
Embora tenha prometido não interferir nas eleições, o governo deixou digitais nas duas disputas. Maia e Onyx já não eram melhores amigos. Para piorar, aliados do presidente da Câmara atribuem ao ministro uma tentativa de lançar um nome alternativo a sua candidatura.
No Senado, a ação foi escancarada. O chefe da Casa Civil escalou um auxiliar, o deputado Leonardo Quintão, para angariar apoio para DaviAlcolumbre, do DEM. Ele rodou gabinetes e chegou a dizer que recebera o aval de Bolsonaro para a ação.
Caso Renan saia vitorioso da eleição, Onyx começa o ano prematuramente esvaziado. O alagoano construiu pontes alternativas com o ministro Paulo Guedes para discutir a pauta econômica e já fez até acenos a Flávio Bolsonaro, que estará no plenário que ele quer presidir.
Quando Eduardo Cunha se elegeu presidente da Câmara contra a vontade do governo petista, em 2015, disse que não conversaria com o ministro da articulação política. Pepe Vargas durou só dois meses no cargo.
Disputa pode esvaziar papel de Onyx e deixar governo nas mãos de Renan e Maia
O governo corre o risco de queimar seu primeiro fusível na relação com o Congresso. As eleições para as presidências da Câmara e do Senado podem instalar no comando do Legislativo dois personagens que têm relações já desgastadas com os articuladores do Planalto.
Ao ser anunciado por Jair Bolsonaro como chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni foi encarado com ceticismo. O deputado ganhou o cargo por ter sido um aliado fiel, mas sempre foi visto como uma figura pouco experiente, que acumulava anos de convivência conturbada com colegas.
Novo responsável pela articulação política do governo, ele conseguiu a proeza de acumular desavenças tanto com Rodrigo Maia quanto com Renan Calheiros —dois favoritos para comandar o Congresso a partir desta sexta-feira (1º).
Se a vitória da dupla se confirmar, o Planalto pode passar por apuros. Maia e Renan já disseram publicamente que estão alinhados com boa parte da agenda de Bolsonaro, mas Onyx certamente não terá vida fácil.
Embora tenha prometido não interferir nas eleições, o governo deixou digitais nas duas disputas. Maia e Onyx já não eram melhores amigos. Para piorar, aliados do presidente da Câmara atribuem ao ministro uma tentativa de lançar um nome alternativo a sua candidatura.
No Senado, a ação foi escancarada. O chefe da Casa Civil escalou um auxiliar, o deputado Leonardo Quintão, para angariar apoio para DaviAlcolumbre, do DEM. Ele rodou gabinetes e chegou a dizer que recebera o aval de Bolsonaro para a ação.
Caso Renan saia vitorioso da eleição, Onyx começa o ano prematuramente esvaziado. O alagoano construiu pontes alternativas com o ministro Paulo Guedes para discutir a pauta econômica e já fez até acenos a Flávio Bolsonaro, que estará no plenário que ele quer presidir.
Quando Eduardo Cunha se elegeu presidente da Câmara contra a vontade do governo petista, em 2015, disse que não conversaria com o ministro da articulação política. Pepe Vargas durou só dois meses no cargo.