Ex-senador discutiu o assunto em nova aula do curso Jornada Cidadã 2022
Cleomar Almeida, da equipe da FAP
O ex-senador e ex-governador do Distrito Federal Cristovam Buarque diz que “o Brasil precisa do Sistema Nacional Único de Educação para dar um salto nessa área”. Ele, que também é ex-ministro, vai abordar o assunto, na segunda-feira (22/11), a partir das 19 horas, na nona aula do curso Jornada Cidadã 2022, disponível na plataforma Somos Cidadania.
Realizado pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília, em parceria com o Cidadania, o curso tem aulas telepresenciais e está disponível na plataforma Somos Cidadania, gratuitamente. O acesso é restrito a alunos matriculados filiados ao partido ou simpatizantes.
“A proposta é criar Sistema Nacional Único de Educação, que alguns chamam de federalização”, afirma Cristovam, que foi ministro da Educação nos anos de 2003 e 2004, no primeiro mandato do então governo Lula.
O palestrante sugeriu que os alunos leiam o artigo que ele escreveu sobre o assunto e foi publicado na revista Educação: Presente. E o futuro?, temática abordada na 57ª edição da Política Democrática impressa, editada pela FAP.
De acordo com Cristovam, a proposta é o caminho para o país enfrentar, sobretudo, as desigualdades no acesso à educação em diversas regiões do Brasil. “A única forma de garantir educação com a mesma qualidade para todas as cidades do Brasil é que seja feita pela União, pela federação”, destacou ele, que se autodefine como educacionista.
“Deixar a educação das crianças sob a responsabilidade das prefeituras é condená-las à educação desigual, porque as cidades são muito desiguais, na renda, nos recursos humanos, na capacidade de gestão, na vontade dos prefeitos. Essas diferenças também são vistas entre os estados”, observa ele.
Cristovam reconhece a necessidade de prévia alteração constitucional para implementação da proposta, caso houvesse vontade do Congresso Nacional. No entanto, por outro lado, ele acredita que o ideal seria os municípios, de forma voluntária, aderirem à proposta.
“A educação é estratégia de longo prazo. Outras medidas podem melhorar um pouco, mas dar um salto não. O que o Brasil vem fazendo é melhorar, mas defendo um salto. Para saltar, é necessária uma estratégia de longo prazo”, ressalta Cristovam.
O curso
As inscrições no curso podem ser feitas, diretamente, na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, que é totalmente interativa, moderna, com design responsivo e tem acesso gratuito para matriculados. Nela, além das aulas, os alunos têm à disposição uma série de informações relevantes e atuais sobre o contexto político brasileiro e eventos contínuos realizados pela FAP.
O curso, segundo a coordenação, reúne uma série de professores altamente qualificados para abordar temas que afetam diretamente o dia a dia das pessoas e devem ser encarados por meio de políticas públicas eficazes, em meio a um cenário tomado pela pandemia da covid-19.
Vídeos de aulas anteriores
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