Em entrevista à Política Democrática online, parlamentar aponta ineficiência do presidente no combate à pandemia da Covid-19
Cleomar Almeida, da equipe FAP
Eleita com mais de 1 milhão de votos, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) faz duras críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pela ineficiência dele no combate à pandemia e suas ações em busca da reeleição, como os ataques ao processo eleitoral brasileiro e a defesa do voto “impresso e auditável”. Ela concedeu entrevista à revista mensal Política Democrática online de agosto (34ª edição), lançada nesta terça-feira (10/8).
Veja, aqui, a versão flip da Política Democrática online de agosto (34ª edição)
“Bolsonaro não vai conseguir a reeleição. Daí a estratégia de usar a discussão do voto eletrônico que o elegeu, aliás, dezenas de vezes como área de turbulência da campanha eleitoral de 2022. É surreal”, critica a parlamentar, na entrevista. A publicação é produzida e editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília e que disponibiliza acesso gratuito a todo o conteúdo em seu site.
Jornalista por formação, a parlamentar avalia que a CPI ganhou forte destaque no dia a dia do país por conta dos resultados das investigações realizadas até agora e pela participação feminina, ao contrário das comissões anteriormente criadas no Senado. Ela também é autora do projeto de resolução que cria a liderança feminina na Casa e uma das articuladoras do acordo que garantiu a participação das mulheres na CPI da Covid.
De acordo com a senadora, o processo de investigação da CPI partiu da ação mais negacionista de Bolsonaro, da negligência, da distribuição de medicamentos sem eficácia comprovada, e, no meio dos trabalhos, deparou-se com denúncias graves de um possível grande esquema de corrupção dentro do Ministério da Saúde.
“Com atores operando neste e em governos anteriores, um esquema muito amplo de corrupção, com pagamento de propina em cima daquilo que deveria ser a esperança para o povo brasileiro, a vacina”, assinala Eliziane. “Em alguns casos, as propinas podem ter alcançado R$ 2 bilhões, e o governo negligenciando. Poderia ter comprado um volume imenso de vacinas”, acrescenta.
No caso da Pfizer, que enviou mais de 100 e-mails ao governo para tentar negociar vacinas, Eliziane observa que o governo “não comprou e, ao mesmo tempo, distribuiu medicamento sem eficácia comprovada”. ‘Isto é, não dava vacina, dava remédio que podia matar as pessoas”, lamenta a senadora, na entrevista à Política Democrática online de agosto.
No caso da Covaxin, de acordo com a parlamentar, as evidências indicam graves desvios de recursos e, no da Coronavac, a prevalência do temor de fortalecimento da candidatura de um sério competidor do presidente em 2022, o que, conforme acrescenta, “resultou em boicote”
“Vejam o que aconteceu no Amazonas. Lá se tentou implantar a imunidade de rebanho. Pediu-se oxigênio, mandou-se cloroquina. O resultado foi que, no meio de janeiro último, chegamos a ter picos de mais de 200 pessoas morrendo por dia”, diz a senadora à Política Democrática online de agosto.
Confira, aqui, a relação de todos os autores da 34ª edição
A íntegra da entrevista exclusiva com a senadora pode ser conferida na versão flip da revista, disponibilizada no portal da entidade. Os internautas também podem conferir, na nova edição, reportagem especial sobre o escândalo das vacinas contra a Covid-19 e artigos sobre política, economia, meio ambiente e cultura.
Compõem o conselho editorial da revista o diretor-geral da FAP, sociólogo e consultor do Senado, Caetano Araújo, o jornalista e escritor Francisco Almeida e o tradutor e ensaísta Luiz Sérgio Henriques. A Política Democrática online é dirigida pelo embaixador aposentado André Amado.
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