Cidades inteligentes e inovação tecnológica é tema de aula no curso para candidatos

Comunicação FAP

O presidente do Instituto Brasileiro de Cidades Humanas, Inteligentes, Criativas e Sustentáveis (IBRACHICS), André Gomyde, vai ministrar nesta terça-feira (24/10), a partir das 19 horas, a aula telepresencial no Curso Online para Candidatos e Assessores, com foco na capacitação para as eleições municipais de 2024. A iniciativa é da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em parceria com o Cidadania 23, na modalidade de formação continuada.

https://www.youtube.com/live/y6TP6fYSTJ0?si=3DG1lc_t43aWz13N

A aula será mediada pela presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas-SP, que é diretora-executiva da FAP. Os interessados ainda podem se inscrever, por meio do formulário virtual, que também está disponível no site da entidade, gratuitamente. O curso oferecerá certificado para os alunos concluintes.

A aula será ministrada ao vivo, de forma telepresencial, por meio da sala virtual do aplicativo Zoom, canal que permite a interação direta de alunos com o professor. O acesso é liberado poucos minutos antes do início das aulas. Todas as aulas também ficam disponíveis no canal da fundação no Youtube, para serem vistas posteriormente, a qualquer momento, pelos interessados.

A seguir, confira a programação das primeiras aulas do curso:

O curso integra o programa de formação política da FAP, em parceria com o Cidadania 23. Desde o ano de 2020, a fundação realizou três cursos destinados à capacitação de candidatos a cargos eletivos e suas equipes, fortalecendo o seu comprometimento com a boa política e a cidadania.

Abaixo, veja as aulas anteriores:




Cristovam Buarque debate educação para o futuro em curso focado nas eleições de 2024

Comunicação FAP

O ex-senador Cristovam Buarque, que é presidente do Conselho Consultivo da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), vai ministrar nesta terça-feira (3/10), excepcionalmente a partir das 20 horas, a aula telepresencial sobre educação para o futuro, durante o Curso Online para Candidatos e Assessores, com foco na capacitação para as eleições municipais de 2024. A iniciativa é da entidade, em parceria com o Cidadania 23, na modalidade de formação continuada.

https://www.youtube.com/live/0XTpYW1dzhs?si=4TaE5oYlJ5A3N_5g

A aula será mediada pelo consultor legislativo do Senado Arlindo Fernandes, que é integrante do Conselho Curador da FAP. Em regra, as aulas são ministradas a partir das 19 horas, desde que não haja situação excepcional que impeça os professores. Os interessados ainda podem se inscrever, por meio do formulário virtual, que também está disponível no site da entidade, gratuitamente. O curso oferecerá certificado para os alunos concluintes.

Cristovam foi reitor da Universidade de Brasília (UnB) de 1985 a 1989. Também é governador do Distrito Federal (1995 a 1998) e ex-ministro da Educação, cargo que ocupou no primeiro mandato do governo Lula. Ele foi reeleito nas eleições de 2010 para o Senado pelo Distrito Federal, com mandato até 2018.

A aula será ministrada ao vivo, de forma telepresencial, por meio da sala virtual do aplicativo Zoom, canal que permite a interação direta de alunos com o professor. O acesso é liberado poucos minutos antes do início das aulas. Elas também ficam disponíveis no canal da fundação no Youtube, para serem vistas posteriormente.

A seguir, confira a programação das primeiras aulas do curso:

O curso integra o programa de formação política da FAP, em parceria com o Cidadania 23. Desde o ano de 2020, a fundação realizou três cursos destinados à capacitação de candidatos a cargos eletivos e suas equipes, fortalecendo o seu comprometimento com a boa política e a cidadania.

Abaixo, veja as aulas anteriores:




Arlindo Fernandes: Atuação da bancada do PCB na Constituinte

Arlindo Fernandes, consultor legislativo do Senado

Os parlamentares que integravam o Congresso Nacional que resultou das eleições gerais de 1986 eram 559, dos quais apenas 26 eram mulheres. Esses congressistas, ao tempo em que podiam se reunir na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, eram também constituintes, uma vez que integravam, simultaneamente, uma assembleia constituinte, que funcionou desde fevereiro de 1987 até 5 de outubro de 1988, quando a nova Constituição foi promulgada.

Nesse amplo universo, atuava uma bancada integrada formalmente por três parlamentares, os deputados federais Roberto Freire, de Pernambuco; Fernando Sant’Anna, da Bahia; e Augusto Carvalho, do Distrito Federal. Eles compunham a representação do PCB na Constituinte, que tinha Freire como líder.

Essa informação aritmética, de que eram 3 entre 559, não dá conta de informar a qualidade e a expressão da intervenção do PCB nesse processo. As razões são diversas: em primeiro lugar, o Partidão tinha um projeto e uma proposta de Constituição, o que lhe permitia ter sugestões a apresentar nas mais diversas matérias. Em segundo lugar, sua linha política lhe possibilitava amplo diálogo político e o situava no vértice da questão central em que tudo se permeava, a questão democrática. Por último, os três constituintes do PCB eram, na prática, por volta de uma dúzia, vez que a fração, quando reunia, tinha essa participação.

Ao lado disso, as maiores lideranças da Assembleia Constituinte tinham apreço pela qualidade e natureza democrática da intervenção dessa bancada e pelo papel recém desempenhado na luta contra a ditadura e na transição democrática. Nomes como o de Ulysses Guimarães, Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso, Itamar Franco, Euclides Scalco, Almir Gabriel, José Serra e José Richa estimavam os membros da bancada do PCB, e lhe conferiam tratamento compatível. 

E havia o papel desempenhado pelos nomes que integravam a pequena bancada: a liderança trabalhista de Augusto Carvalho, em um Congresso no qual os que tinham origem sindical eram poucos; a figura histórica do nacionalismo brasileiro do baiano Fernando Sant’Anna; e a liderança política de Roberto Freire, já então um “cardeal” da Câmara dos Deputados. 
Assim é que vieram os frutos: antes de a ANC iniciar propriamente os seus trabalhos, o então senador Fernando Henrique Cardoso (FHC), designado relator do futuro regimento interno, concebera (bem) os trabalhos constituintes mediante sua divisão em comissões temáticas, que adiante seriam os títulos da Constituição. Essas comissões, por seu turno, eram repartidas em subcomissões, que se tornariam capítulos e seções daqueles títulos.

A Comissão da Ordem Econômica, por exemplo, tinha, no projeto original de FHC, algumas subcomissões, como a de princípios gerais e da política urbana, e, na proposta original, a da “política agrícola e fundiária”. Fernando Sant’Anna apresentou emenda na qual acrescia à subcomissão de política agrícola o tema “reforma agrária”, o que o conduzia à centralidade dos debates. FHC, relator, acatou a emenda, e a reforma agrária assumiu seu lugar nos debates da ordem econômica na Constituinte. Adiante, uma emenda de Roberto Freire disporia sobre as condições para a desapropriação de terras improdutivas, tema inescapável. 

Para ficarmos ainda no campo, durante o processo constituinte, os direitos dos trabalhadores (art. 7º) se referiam aos trabalhadores urbanos, apenas, constando um dispositivo pelo qual alguns deles se aplicavam aos trabalhadores rurais. No final do processo, uma emenda de Augusto Carvalho, em coautoria com o deputado gaúcho Paulo Paim, ampliou para os trabalhadores rurais todos os direitos dos trabalhadores urbanos.

Mas o aspecto central da ação dessa bancada na Constituinte foi no sentido de que a Constituição consagrasse o Estado de Direito Democrático, com todos princípios, direitos e garantias. Nesse propósito, foram concentrados os seus esforços, ao final, vitoriosos. Recordamos a atuação de uma pequena bancada partidária na Assembleia Nacional Constituinte para ressaltar o quanto uma linha política que corresponde ao seu tempo pôde contribuir para potencializar a sua intervenção.


Davi Emerich: O pequeno grande PCB

Davi Emerich, jornalista do Senado, foi assessor do deputado Roberto Freire (Cidadania-PE), na Constituinte e na liderança do Governo Itamar Franco. Era membro do Comitê Central do PCB.

Eles eram poucos, não cantaram a Internacional baixinho, como registrou Ferreira Gullar em belo poema sobre os fundadores de 1922, mas tiveram um grande papel na discussão e construção da Constituição de 1988, a mais avançada do país. A bancada do PCB, legalizado então há poucos anos, era composta por três parlamentares apenas, mas com uma influência no Congresso que ultrapassava a lógica da política.

Parece que o perfil de cada parlamentar comunista tinha sido esculpido por alguma razão indecifrável, que se encaixava em um mosaico à perfeição.

Fernando Santana, um mito baiano, querido por todos, misturava convições socialistas a um forte nacionalismo e era a ponte de prestígio junto a Ulysses Guimarães e a outras lideranças expressivas, muitas delas forjadas antes do regime militar. Era convocado sempre pelo doutor Ulysses para falar por mais de hora na tribuna, segurando a sessão para que as reuniões de acordo acontecessem. Se preciso fosse, cumpriria esse papel por horas, "a la Fidel", tudo de improviso, citando números, metido dentro de um indefectível terno branco engomado à moda dos antigos coronéis do cacau.

Com a mania de chamar todo mundo de "seu corno" e de dar tapas fortes no peito dos amigos (certa feita levou a nocaute o deputado baiano direitista José Lourenço, que acabara de sair de uma cirurgia cardíaca) tinha por hábito cochilar nas sessões. Algumas vezes, seus sapatos eram escondidos por "molecagem" de Dante de Oliveira e João Hermann Neto, e ele ia só de meias para o gabinete, sem reclamar.

Augusto Carvalho, o caçula da turma, respondia principalmente pelas questões trabalhistas e sindicais, usando do prestígio que obtivera como ex-presidente do Sindicato dos Bancários do Distrito Federal. Travou debates memoráveis sobre o modelo sindical, a favor da unicidade e contra o pluralismo que informava o nascente Partido dos Trabalhadores, este ainda com uma bancada igualmente diminuta.

O maestro da turma era Roberto Freire, debatedor, formulador e com bom trânsito em todas as correntes políticas, sempre afirmando suas posições de esquerda.

Invariavelmente, nas sessões mais tensas, Freire era presença marcante no microfone frontal à mesa para orientar as votações. Dezenas de deputados seguiam a orientação do comunista pernambucano e não a de seus líderes.

Freire foi o idealizador da chamada emenda aglutinativa, que não existia no regimento das Casas e da Constituinte. Foi exatamente essa inovação que permitiu que centenas de emendas se transformassem em um mero artigo de três linhas. E que centenas de parlamentares pudessem propagar junto às suas bases para serem autores de várias partes da Constituição. Coisas da política!

Coragem incomum era uma das marcas de Freire, para além de sua capacidade de articulação. Certo dia, a UDR de Caiado, com milhares de manifestantes em Brasília, explodiu em alegria na Esplanada quando conseguiu aprovar a anistia para as dívidas de todos os produtores rurais, incluindo fundações privadas na condição de jabutis. A festa rolava solta, de repente a frustração: Freire aprovara uma subemenda, restringindo o benefício apenas para os micros e pequenos agricultores.

O Congresso foi invadido, o Túnel do Tempo tomado, a segurança da Câmara quis tirar Freire do prédio pelo anexo 1. Teimoso, o líder comunista não aceitou o conselho e abriu passagem entre os manifestantes, com paletó desabotoado, em direção ao seu gabinete no anexo 4. Sob a Biblioteca, fez um discurso duro após alguém gritar "vendido aos banqueiros". Todos ficaram calados, e o deputado seguiu o seu caminho, sem nenhum traço de temor.

Naquele dia, ficou parecendo que realmente os céus protegem os doidos!


Consultor do Senado ministra aula sobre conjuntura brasileira e perspectivas

Comunicação FAP

O sociólogo e consultor legislativo do Senado Caetano Ernesto Araújo, que também é ex-diretor-geral da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), ministrará nesta terça-feira (3/10), a partir das 19 horas, a aula telepresencial sobre a conjuntura brasileira e perspectivas para o país, durante o Curso Online para Candidatos e Assessores, com foco na capacitação para as eleições municipais de 2024. A iniciativa é da entidade, em parceria com o Cidadania 23, na modalidade de formação continuada.

A aula será mediada pela professora Dulce Galindo, que também é diretora-executiva da FAP, assessora legislativa e ex-subsecretária de Cultura e Governo de Niterói (RJ). Os interessados ainda podem se inscrever, por meio do formulário virtual, que também está disponível no site da entidade, gratuitamente. O curso oferecerá certificado para os alunos concluintes.

A aula será ministrada ao vivo, de forma telepresencial, por meio da sala virtual do aplicativo Zoom, canal que permite a interação direta de alunos com o professor. O acesso é liberado poucos minutos antes do início das aulas. Elas também ficam disponíveis no canal da fundação no Youtube, para serem vistas posteriormente.

“Parceria é indispensável para boa gestão pública”, diz Luiz Filipe Reinecke

Eleições 2024: curso de formação política capacita futuros candidatos e assessores

O curso integra o programa de formação política da FAP, em parceria com o Cidadania 23. Desde o ano de 2020, a fundação realizou três cursos destinados à capacitação de candidatos a cargos eletivos e suas equipes, fortalecendo o seu comprometimento com a boa política e a cidadania.

Abaixo, veja as aulas anteriores:




O Invasor Americano | Imagem: reprodução

O Invasor Americano pauta debate online do Cineclube Vladimir Carvalho

Comunicação FAP

A sessão virtual do Cineclube Vladimir Carvalho debate, nesta segunda-feira (25/9), a partir das 19h30, o filme Invasor Americano (2015), dirigido, escrito e produzido por Michael Moore, cineasta conhecido por seu estilo irreverente e corajoso. O projeto é apoiado pela Biblioteca Salomão Malina, mantida em Brasília pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP).

Os debates virtuais do cineclube são realizados toda última segunda-feira do mês, no mesmo horário, por meio da sala virtual do Zoom. O público em geral pode participar das discussões online, mas, para isso, a coordenação do projeto recomenda que as pessoas assistam aos filmes antes. Eles são escolhidos, previamente, em um coletivo. As pessoas interessadas em participar do projeto devem enviar mensagem para o número da Biblioteca Salomão Malina no WhatsApp oficial (61 984015561) e solicitar acesso ao grupo de discussão.

A seguir, assista ao trailer do filme

https://www.youtube.com/watch?v=1KeAZho8TKo

A crítica de cinema Lilia Lustosa lembra que o Invasor Americano é uma documentário satírico, quase um ensaio, que trata de questões seríssimas de forma bem humorada, com o objetivo de denunciar a hipocrisia e as incongruências da sociedade norte-americana.

“O filme é uma espécie de travelogue (filme-diário-de-viagem), em que o viajante – aqui retratado como ‘invasor’ – é o próprio Michael Moore, que, depois de receber o aval do Pentágono, assume o lugar dos soldados americanos e, sozinho, parte para invadir países em busca de riquezas”, conta ela.

O objetivo é, segundo a crítica de cinema, levar essas pérolas para os Estados Unidos, apropriando-se de cada uma delas para poder, no futuro, assumir suas autorias sem nenhum pudor. “Tesouros, como direitos trabalhistas, sistema carcerários mais humanizados, escolas mais livres e criativas, educação alimentar e igualdade de gênero, são apenas alguns dos itens “roubados", relata.

Para compor esse travelogue, Moore lança mão de entrevistas, imagens de arquivos (fotos e vídeos), filmes, animações, documentos e muita, muita ironia. “Imagens do passado e do presente, coloridas ou em preto e branco, que se misturam e que vão construindo, pouco a pouco, uma espécie de filme-colagem. O diretor americano brinca com a informação coletada, muitas vezes usando a dissonância como ferramenta. Uma arma poderosa para denunciar a hipocrisia de seu próprio país”, conta.

O Invasor Americano não tem um estilo definido. Cada país-alvo tem, segundo a crítica de cinema, um foco e uma estética, incluindo a trilha sonora que o acompanha. Itália, França, Finlândia, Eslovênia, Alemanha, Portugal, Noruega, Tunísia, Islândia, países tão diferentes em quase tudo, mas que se assemelham na hora de substituir o “eu" pelo “nós" para resolver alguns de seus problemas.

“No final, o que temos é uma colcha de retalhos que nos faz rir, indignar-nos, talvez até deixar cair algumas lágrimas, mas que também nos ensina sobre outras culturas, outras maneiras de viver e, sobretudo, que nos faz refletir sobre nosso próprio país, nossas idiossincrasias e sobre o que funciona ou não em nossas sociedades”, analisa Lilia.


“Parceria é indispensável para boa gestão pública”, diz Luiz Filipe Reinecke

Comunicação FAP

O professor de administração pública na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Luiz Filipe Reinecke, destaca que três fatores são fundamentais na gestão e no planejamento municipal. Segundo ele, os prefeitos devem saber as competências do município para políticas públicas, entender o papel do Executivo e a sua relação com o Legislativo nesse processo e conhecer os instrumentos necessários para executar cada uma delas. “Parceria é indispensável para a boa gestão pública”, destaca o especialista, que também é conselheiro da Fundação Astrojildo Pereira (FAP).

Reinecke é o professor da segunda aula do Curso Online para Candidatos e Assessores, com foco na capacitação para as eleições municipais de 2024, realizado pela FAP, em parceria com o Cidadania 23, na modalidade de formação continuada. Os interessados ainda podem se inscrever, por meio do formulário virtual, que também está disponível no site da entidade, gratuitamente. A aulas será ministrada ao vivo, de forma telepresencial, nesta terça-feira (26), a partir das 19 horas, por meio da sala virtual do aplicativo Zoom, canal que permite a interação direta de alunos com o professor. Elas também ficam disponíveis no Youtube da fundação, para serem vistas posteriormente.

Abaixo, veja o vídeo da aula:

https://www.youtube.com/watch?v=g_SckEEtUlA

Doutor em administração pública, Reinecke também é diretor de Extensão da Udesc, líder do Centro de Investigação em Governo Aberto e Transparente, núcleo da universidade destinado ao desenvolvimento de pesquisas nessa área. Ele explica que competência está relacionada ao papel do município na execução de uma política pública, e não o que é exclusividade desse ente federativo.

Eleições 2024: curso de formação política capacita futuros candidatos e assessores

O professor cita, por exemplo, a Constituição exige que os municípios apliquem ao menos 25% de sua receita resultante de impostos e transferências na manutenção e no desenvolvimento da educação. Para realizar projetos que impactem positivamente na rede municipal de educação, as prefeituras precisam investir bem a parte de seus orçamentos destinada à área. Ele ressalta que parcerias com entes públicos, o setor privado e a população são essenciais para a execução das políticas públicas.

Reinecke acredita que, nas eleições, o grande desafio é mostrar para a população a importância do voto em candidatos que tenham propostas que valorizem a vida nas cidades. “A cidade é o lugar onde as coisas acontecem”, ressalta ele, que há seis anos lidera o Projeto Vereador por Um Dia, por meio do qual alunos de administração pública desenvolvem projetos de lei com mentoria dos vereadores de Balneário Camboriú (SC), com apoio da Escola Legislativa do município.

Veja, abaixo, a aula inaugural:




Romario Feitosa: Reflexões sobre a magia do teatro para crianças

Romario Feitosa, presidente da Companhia Cata-Ventos de Cultura e diretor institucional do Festival Internacional de Cultura, Artes e Teatro (Ficate)

Na quinta-feira (14/9), no teatro de arena do Serviço Social do Comércio (Sesc), tive o privilégio de assistir a duas peças teatrais que me levaram a refletir profundamente sobre o encanto e a magia que o teatro pode proporcionar às crianças. Foi um dia marcante, repleto de risos, surpresas e momentos inesquecíveis.

A primeira peça, "Gracias y Desgracias de la Bruja Mala Facha", apresentada pela Compañia Solitaria Machala, trouxe à vida a personagem da bruxa Mala Facha, uma figura peculiar e adorável. Mala Facha, com sua bondade e uma pitada de distração, dedicou-se a ajudar pessoas em dificuldades, utilizando seus conhecimentos e habilidades mágicas. Fiquei cativado por essa bruxa boa, cujo coração generoso aqueceu a todos na plateia. Assistir a essa peça de títeres foi um lembrete inspirador de como a empatia e a compaixão podem criar pontes mágicas entre o mundo real e a imaginação das crianças.

Mas o que mais me impressionou foi a interação das crianças com um espetáculo falado em espanhol. Mostrou-me que na arte, não existem fronteiras, não existem barreiras, nem mesmo as da língua. As crianças, com seus olhares curiosos e expressões cativantes, responderam com entusiasmo às perguntas da bruxa Mala Facha, independentemente do idioma. Foi um testemunho do poder universal da arte de tocar corações e criar conexões genuínas.

Logo em seguida, tivemos o privilégio de testemunhar "Clownchaco," apresentado pela Compañia Teatral Do-Re-MiMo, vinda da Colômbia. Esta jornada mágica e hilariante pelo mundo do palhaço foi uma explosão de comédia, trapalhadas e momentos de riso desenfreado. O palhaço, com suas travessuras e traquinagens, nos levou a um universo onde a alegria e a espontaneidade reinam supremas.

A interação das crianças com esse espetáculo foi ainda mais incrível. Convidadas ao palco para participar, elas se tornaram parte integral da comédia, respondendo aos gestos e palhaçadas com risadas contagiantes. Vi pais e filhos rindo juntos, compartilhando momentos de alegria e criando memórias que, tenho certeza, permanecerão em seus corações por muito tempo.

Essas experiências teatrais me lembraram da importância do teatro na vida das crianças e de como ele pode transcender as barreiras da língua e da cultura. O teatro não é apenas entretenimento; é uma ferramenta mágica que abre portas para a imaginação, promove a empatia e o entendimento, e proporciona momentos de alegria pura.

Neste mundo agitado, muitas vezes esquecemos a importância de nutrir a imaginação das crianças e permitir que elas explorem a magia que o teatro oferece. Ontem, no FICATE, testemunhei como o teatro pode ser uma fonte inesgotável de aprendizado, alegria e conexão. Afinal, como diz o lema do FICATE, "A América se encontra aqui," e ontem, essa América se encontrou no palco, nas risadas das crianças e na magia do teatro.

Que continuemos a proporcionar essas experiências mágicas para as gerações futuras e a celebrar a riqueza cultural da América Latina por meio das artes teatrais.


Comte Bittencourt visita Biblioteca Salomão Malina, em Brasília

Comunicação FAP

O novo presidente do Cidadania 23, Comte Bittencourt, visitou nesta quinta-feira (14/9) a Biblioteca Salomão Malina, mantida pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e que desenvolve uma série de projetos culturais continuamente, no Conic, em Brasília. Ele, que é professor e exerceu quatro mandatos de deputado estadual do Rio de Janeiro, tem como principal luta um ensino público de qualidade, por acreditar na capacidade de transformação da sociedade pela educação. O líder político também visitou a sede administrativa da entidade.

Em sua primeira visita à Biblioteca Salomão Malina como presidente do Cidadania 23, Comte estava acompanhado do ex-diretor-geral da FAP, o sociólogo e consultor do Senado Caetano Araújo. No local, Comte também conheceu o espaço cultural Arildo Dória, destinado à realização de cursos e atividades para a comunidade, reuniões e eventos.

Clique aqui e consulte o acervo da biblioteca!

A biblioteca oferece ampla programação de atividades para a população em geral, presencialmente e de forma on-line, para alcançar o maior número possível de pessoas, inclusive no horário do almoço, para quem pode aproveitar esse intervalo e se desenvolver. Toda quarta-feira, a partir das 12h10, há aulas de yoga e, às segundas e sextas, curso de Krav Magá. Quinta-feira é dia do Cineclube Vladimir Carvalho, com início às 12 horas e entrada franca.

História

Inaugurada em 28 de fevereiro de 2008, a Biblioteca Salomão Malina se tornou um importante espaço de incentivo à produção do conhecimento em Brasília. Localizada no Conic, tradicional ponto de cultura urbana próximo à Rodoviária do Plano Piloto, a biblioteca foi reinaugurada em 8 de dezembro de 2017, após ser revitalizada. Isso garantiu ainda mais conforto aos frequentadores do local e reforçou o compromisso da biblioteca em servir como instrumento para análise e discussão das complexas questões da atualidade, aberta a todo cidadão.

O espaço conta com quase 5 mil títulos para empréstimos gratuitos. O acervo é constantemente atualizado por meio de doações e pela aquisição de obras de pensadores contemporâneos. As obras são especializadas em Ciências Sociais e Humanas. Também há livros sobre crítica social e costumes, na transição do Brasil rural para o urbano.

Biblioteca Salomão Malina

Funcionamento: segunda a sexta, das 9h às 18h

Endereço: SDS, Bloco P, ED. Venâncio III, Conic, loja 52, Brasília (DF). CEP: 70393-902

Telefone: (61) 3323-6388

WhatsApp: (61) 98401-5561


Por Dentro do Jazz: Mário Salimon destaca estilo musical em conversa online

Comunicação FAP

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e a Biblioteca Salomão Malina lançarão, na segunda-feira (18/9), a roda de conversa online “Por Dentro do Jazz”, estilo musical que nasceu nos Estados Unidos no final do século 19 e início do século 20, com berço na cultura afro-americana. A apresentação será realizada pelo cantor e compositor Mário Salimon, considerado uma das principais vozes masculinas da música brasiliense, com moderação do jornalista Luiz Carlos Azedo.

Com realização programada para toda terceira segunda-feira de cada mês, a roda de conversa virtual será transmitida no site da FAP, nas páginas da entidade e da biblioteca no Facebook, simultaneamente, e, ainda, no canal da fundação no Youtube, onde o vídeo ficará disponível para o público em geral. As pessoas interessadas também podem participar do grupo temático de Jazz no WhatsApp, organizado pela instituição. É necessário enviar solicitação para o WhatsApp da biblioteca, que é localizada em Brasília.

Veja, abaixo, o vídeo da roda de conversa:

https://www.youtube.com/live/koedaQC4GqQ?si=EwC6CWyfpZQ4IDw6

“É muito interessante a fundação conseguir organizar um grupo de pessoas para conversar sobre jazz”, afirmou Salimon, que começou sua carreira musical em 1985. Ele lembra que, na época, Brasília contava com apenas um bar, o Mistura Fina, na 209 Norte, onde se ouvia jazz. “Hoje há vários lugares na cidade dedicados a esse estilo musical, além de pessoas formadas pela Escola de Música de Brasília com excelente qualidade e formando diferentes bandas”, diz.

Mário Salimon

Salimon atuou em 20 diferentes formações em sua carreira de 38 anos como músico. Diverso em estilos, começou no old school funk e, após longa atuação como bluesman e roqueiro, estabeleceu-se como um dos mais ativos cantores de jazz, soul e bossa nova da capital.

Dentre os trabalhos mais destacados, estão Another Blues Band, Oficina Blues, Undercovers, Cocina Del Diablo, Correio Aéreo e BsB Disco Club. Compôs trilhas sonoras para cinema e vídeo e gravou, em 1999, o CD intitulado 33, no qual interpreta blues, soul, jazz e bossa nova ao lado de 17 dos melhores músicos da capital brasileira.

Em 2009, figurou como intérprete no disco ao vivo lançado pela Another Blues Band, um de seus grandes momentos como cantor. Também lançou, em 2018, Oscillations, álbum de música experimental que compila trilhas sonoras e peças experimentais eletrônicas.

A carreira musical de Mário Salimon teve início em 1985 com a banda Fome de Viver. As primeiras apresentações oscilavam entre punk rock, techno e bossa nova. Por influência de bandas como The Style Council e Everything But the Girl e após ter formado a banda Fama, abraçou cedo a música negra, com base na qual desenvolveu a maior parte dos trabalhos subsequentes. A citação da bossa nova por bandas inglesas dos anos 80 também levou Mário a reencontrar a música brasileira, o que fica claro em várias composições registradas em seu disco solo.

Salimon já dividiu agenda e palco com renomados nomes, tais como Indiana Nomma, Cássia Eller, Leny Andrade, Celso Blues Boy e B.B. King, sendo respeitado pela competência vocal e escolha de repertório. 


Eleições 2024: curso de formação política capacita futuros candidatos e assessores

Comunicação FAP

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em parceria com o Cidadania 23, abriu nesta terça-feira (12) as inscrições para o novo Curso Online para Candidatos e Assessores, com foco na capacitação para as eleições municipais de 2024, na modalidade de formação continuada. Os interessados podem se inscrever no site da entidade, gratuitamente.

Com foco em áreas estratégicas da gestão municipal, as aulas serão ministradas de forma telepresencial, às terças-feiras, a partir do dia 19 de setembro, e ficarão disponíveis para acesso ilimitado no canal da fundação no Youtube.

O presidente nacional do Cidadania 23, Comte Bittencourt, disse que o curso é estratégico para o partido e a federação com o PSDB, já que, conforme acrescentou, busca qualificar os futuros candidatos que concorrerão às eleições de 2024. Ele lembra que a FAP, que desenvolve atividades contínuas em defesa da democracia, chega ao seu quarto curso de formação política com esta nova edição.

“Já é uma tradição da nossa fundação a mobilização nos estados e municípios junto a suas respectivas direções para esse tipo de atividade. Desejamos que, cada vez mais, jovens, mulheres e integrantes de movimentos sociais das cidades participem de nossas atividades, contribuindo com o rico debate”, ressaltou.

Primeiras aulas

Segundo o presidente do Conselho Curador da FAP, o médico Luciano Rezende, que foi prefeito de Vitória (ES) por dois mandatos consecutivos, “a junção do talento político com a capacitação técnica adequada é a melhor forma de se preparar candidatos para enfrentar o processo eleitoral”.

“Mais uma vez, a FAP tem cumprido a função de formação política e vai ofertar esse curso com palestrantes renomados em todo o país. É voltado para as pessoas com grande talento político e que são lideranças natas”, afirmou Rezende.

Diretor-geral da FAP, o advogado Marco Aurélio Marrafon destacou a importância da formação política para as eleições municipais e o fortalecimento da democracia. “Para que um time seja vitorioso, precisa de formação, dedicação, empenho e muita energia para alcançar a vitória. Com professores altamente qualificados, este curso irá oferecer a nossos candidatos, nossas candidatas, as suas assessorias e suas equipes. Com candidatos mais capacitados, a democracia fica mais forte e inabalável”, afirmou.

Veja, abaixo, o vídeo da primeira aula

https://www.youtube.com/watch?v=KYCdq6R_wVY&list=PLnkWG6tP0-Iv2H0btpbFt45GR84Vri3oc

Trabalho, propriedade e socialização

Ivan Alves Filho, historiador

Socializar pela sociedade e não necessariamente pelo Estado. Afinal, o Estado não possui o monopólio da noção de público. É pela relação que os homens estabelecem entre si na esfera produtiva que a sociedade de fato se modifica, uma vez que tenha reunido as condições materiais para isso. Marx chegou a dizer, por exemplo, que a luta dos trabalhadores tinha por objetivo restabelecer “a propriedade individual fundada sobre as conquistas da era capitalista”, vendo assim o trabalhador como um detentor pessoal das suas condições de trabalho. Não havia outra forma de ele ser dono do seu próprio trabalho.

Aqui, uma observação, ainda que longa. Os poetas, cronistas e literatos em geral possuem uma percepção muito aguçada da realidade. Acontece que a sensibilidade sempre saí na frente: é o primeiro estágio do conhecimento. Isso dito, em uma crônica que publicou em 1954, no Diário Carioca, Paulo Mendes Campos relata que, durante o período em que residiu em São João del-Rei, viajava constantemente de Maria Fumaça para Tiradentes e outras cidades dos arredores. Quando o trem parava em Tiradentes, os passageiros davam um jeito de descer, mesmo aqueles que iriam prosseguir viagem. Por uma razão: na plataforma da estação havia uma senhorinha que, segundo o cronista mineiro, “confeccionava as melhores empadinhas de galinha do mundo inteiro”. Mas a senhorinha em questão recusava as ofertas para vender a uma pessoa só as empadinhas do seu tabuleiro. Alguns se ofereciam para pagar em dobro, mas ela se mantinha irredutível, sob o argumento de que “todo mundo tem direito, uai!”. Trabalhando por sua própria conta, ela possuía uma perfeita noção da qualidade do seu trabalho. Mais: o dinheiro era um meio e não um fim. Ainda que atuando no mercado, ela não se submetia às suas pressões. Isto é, buscava controlar seu processo produtivo, impondo limites à força do dinheiro. Esse o desafio: transformar o trabalho em um espaço soberano.

Fazer a ultrapassagem do capitalismo, integrando interesse pessoal e bem comum. Mas nada de ilusões: o homem trabalha em conjunto, não tanto porque queira – mas porque de fato precisa. O trabalho não é apenas uma atividade – é também uma relação social.