São Paulo sedia seminário internacional preparatório para conferência da ONU ‘Habitat III’

Evento discute sustentabilidade e direito à cidade, além de debater a posição do Brasil em relação às propostas da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

A Praça das Artes, em São Paulo, recebeu nesta segunda-feira (29) e terça (1) o Seminário Internacional para a Habitat III, com participação do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT). O foco do evento será o desenvolvimento urbano sustentável.

Os temas tratados no seminário estão alinhados com a Nova Agenda Urbana, que busca estabelecer as respostas aos desafios das cidades no futuro. Os pontos são: direito à cidade, sustentabilidade e resiliência urbana, governança democrática e participação social, espaços urbanos seguros e convivência cidadã, governança e gestão metropolitana.

A Habitat III – a 3a Conferência da ONU sobre Moradia e Desenvolvimento Sustentável – acontecerá em outubro deste ano em Quito, no Equador. O principal objetivo do evento é a aprovação da Nova Agenda Urbana.

A posição do Brasil em relação às proposições da Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – especialmente o Objetivo 11, Cidades Sustentáveis – também será discutida na atividade.

No último dia 19 de fevereiro, representantes de governos, da academia e da sociedade civil se reuniram em Quitopara acompanhar o processo de preparação da Habitat III.

A ministra de Moradia e Desenvolvimento Urbano do Equador, María de los Ángeles Duarte, afirmou que a capital deve receber cerca de 30 mil visitantes durante o encontro. “Devemos estar preparados para mostrar em quatro dias o que o país e a cidade fazem em matéria de desenvolvimento urbano”, disse.

Também neste mês, o ONU-Habitat realizou um evento internacional em Riobamba, Equador, entre os dias 23 e 26, com o tema “Urban Lab: Equador e o rumo legal até a Habitat III”.

O evento debateu o marco jurídico internacional rumo à Habitat III; urbanismo e direitos humanos; desafios da legislação nacional sobre o tema; e os direitos humanos no contexto da Habitat III, entre outros temas. Participaram do evento especialistas de Argentina, Brasil, Colômbia, Cuba, México e Peru.

Saiba tudo sobre a conferência em www.habitat3.org

Fonte: nacoesunidas.org


ONU Mulheres promove pesquisa com homens brasileiros sobre igualdade de gênero

Parceria com portal ‘PapodeHomem’ e Grupo Boticário busca entender como homens podem participar do diálogo pelo empoderamento das mulheres; saiba aqui como participar da pesquisa.

Uma em cada três mulheres sofre violência de algum homem ao longo da vida. Entre as 500 maiores empresas do mundo, menos de 5% possuem CEOs mulheres. Dados como estes levaram a ONU Mulheres e o portal PapodeHomem, com viabilização do Grupo Boticário, a realizar uma pesquisa nacional para entender como os homens podem participar do diálogo pela igualdade de gênero.

Com lançamento no dia 1º de março, o levantamento quer identificar também como as mulheres percebem o papel dos homens na sua vida e na sociedade hoje, apontando as principais tensões culturais que geram sofrimento e desigualdade entre os gêneros.

Realizada em dois módulos, a pesquisa começou com uma etapa qualitativa, que já passou por Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, em busca de histórias inspiradoras – e também aprofundando o tema com especialistas e pessoas comuns. A segunda etapa, lançada agora, é quantitativa, de âmbito nacional.

https://www.youtube.com/watch?v=ZJ64IPTAMSU

O resultado da pesquisa quantitativa e as entrevistas farão parte de um documentário sobre o tema, que será divulgado mundialmente ainda este ano. O trabalho faz parte do movimento global ElesPorElas (HeForShe), lançada pela ONU Mulheres em 2014 por meio de um vídeo de grande popularidade com a atriz Emma Watson. Uma das propostas centrais é investigar como se formam, se sustentam e de que modo é possível enfrentar os estereótipos masculinos nocivos, que perpetuam a desigualdade de gênero.

A representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman, faz o convite para um ampla participação: “Convidamos os homens brasileiros a participar dessa pesquisa inédita sobre masculinidade. Precisamos saber o que eles pensam sobre si mesmos, a relação que têm com as mulheres, a maneira como vivem o dia a dia e como enxergam a vida e a sociedade”.

“Chegou a hora de os homens pensarem sobre o papel que eles têm na construção da igualdade de gênero, como propõe o movimento ElesPorElas, em que eles devem defender os direitos das mulheres para a fazer a mudança inclusiva que o mundo precisa”, acrescentou.

Participe da pesquisa: https://pt.surveymonkey.com/r/pesquisaelesporelas

Fonte: nacoesunidas.org


João Doria e Andrea Matarazzo vão disputar o 2º turno das prévias do PSDB

O #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, faz em primeira mão uma análise do resultado do 1º turno das prévias para a escolha do candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, realizado neste domingo, 28 de fevereiro, e também uma projeção do 2º turno entre o empresário João Doria Jr. e o vereador Andrea Matarazzo, agendado para o dia 20 de março. Assista.

Com mais de seis horas de atraso, às 2h da manhã desta segunda-feira, foram anunciados os votos dos três pré-candidatos tucanos: num total de 6.216 votos apurados, muito abaixo da expectativa, Doria ficou à frente com 43,13% (2.681 votos), contra 32,89% de Matarazzo (2.045 votos). Em terceiro lugar, com 22,31%, ficou o deputado federal Ricardo Tripoli (1.387 votos). Outros 260 votos, de pelo menos quatro zonais, ficaram de fora da totalização por problemas técnicos (mas eles não alterariam o resultado final).

As votações e a apuração foram marcadas por polêmicas, confusões e até agressões físicas (flagradas em pelo menos um diretório, o do Tatuapé). Antes da divulgação dos números, o ex-governador Alberto Goldman e o presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal, pediram à executiva municipal do PSDB a impugnação da pré-candidatura de Doria.

Segundo a petição de Goldman, apoiador de Matarazzo, e Aníbal, aliado de Tripoli, o adversário João Doriateria cometido abuso de poder econômico, propaganda irregular nas proximidades dos locais de votação (com panfletos, cavaletes e carro de som), transporte de eleitores, boca-de-urna e infrações da lei da Cidade Limpa.

Consultados, advogados contratados pelo PSDB informaram que a legislação eleitoral permite esse tipo de propaganda interna e externa nos dias de prévias partidárias. Outras denúncias ainda serão apuradas, mas o presidente do PSDB paulistano, vereador Mario Covas Neto, descartou qualquer possibilidade de cancelamento do resultado.

Reveja as entrevistas exclusivas que foram realizadas pelo #ProgramaDiferente com os pré-candidatos que se enfrentarão no 2º turno: o vereador Andrea Matarazzo e o empresário e apresentador de TV João Doria.

As entrevistas tiveram a participação de Humberto Laudares, do Movimento Onda Azul, e Fernando Gouveia, do site Implicante; além do jornalista e apresentador Mauricio Huertas e do presidente do PPS paulistano, Carlos Fernandes, ex-subprefeito da Lapa e supervisor de fiscalização da SPTrans nas gestões dos prefeitos José Serra eGilberto Kassab.


Gestão Dilma é reprovada por 64%, diz Datafolha

• Pesquisa revela que 60% dos entrevistados defendem aprovação do impeachment pela Câmara

- O Globo

Pesquisa Datafolha, divulgada pelo jornal ‘ Folha de S. Paulo” mostrou que 64% dos entrevistados avaliam o governo da presidente Dilma Rousseff como ruim e péssimo. Os que consideram o governo regular somaram 25% do total, enquanto 11% o avaliam como ótimo ou bom. Segundo o instituto, Dilma atingiu o pico de desaprovação em agosto, quando chegou a 71% . A avaliação negativa recuou nas últimas pesquisas — em dezembro, a reprovação era de 65%.

A aprovação, por outro lado, caiu um ponto percentual. Na última pesquisa, realizada em dezembro, 12% dos entrevistados consideravam a gestão de Dilma ótima ou boa. O Datafolha realizou o levantamento nos dias 24 e 25 de fevereiro. As somas podem passar ou ficar abaixo dos 100% por conta de arredondamentos, informou o instituto.

Os entrevistados também foram questionados sobre o impeachment. Indagados se, com o pedido de impeachment da presidente aceito pela Câmara, os deputados deveriam votar pelo seu afastamento, 60% responderam que sim. Para que o processo siga para o Senado, onde o caso será julgado, é preciso que dois terços dos 513 deputados votem pela abertura do impeachment.

Do total, 33% responderam que não; 4% se disseram indiferentes e 3% responderam que não sabem.

A pesquisa, ao sondar se os entrevistados entendem que Dilma deveria renunciar, constatou que 58% responderam sim. As respostas negativas ficaram em 37%, enquanto responderam que não sabem.

O instituto também questionou os entrevistados sobre se, na opinião deles, a situação econômica do país melhorou, piorou ou ficou como estava nos últimos meses. Para 80% dos entrevistados, a economia piorou e apenas 5% consideram que houve melhoria na situação econômica do país e 14% acham que ficou como estava. (Com G1)

Fonte: gilvanmelo.blogspot.com.br


Mauricio Huertas: Coxinha, acarajé e enroladinho

Tem acarajé, tem coxinha, tem enroladinho de sobra. Nada a ver com essa nova onda gourmet, mas com o prato requentado e indigesto da política brasileira com tempero petista. Para completar, tem chefe marqueteiro preso e o pessoal da cozinha do Lula afirmando que o ex-presidente é achincalhado por coxinhas. Então, de estômago embrulhado, resolvi sair do armário. Pensei muito, respirei fundo e decidi assumir. Tomei coragem e vou gritar para todo mundo ouvir: EU SOU COXINHA!

Sou daqueles que a ministra Cármen Lúcia traduziu no voto do STF: “Na história recente de nossa pátria, houve um momento em que a maioria de nós brasileiros acreditou no mote de que a esperança tinha vencido o medo. Depois, nos deparamos com a ação penal 470 (mensalão) e descobrimos que o cinismo venceu a esperança. E agora parece se constatar que o escárnio venceu o cinismo.”

Eu votei quatro vezes no Lula (1989, 1994, 1998 e 2002), botei estrelinha no peito, cantei Lula-lá, xinguei o Collor e a Globo pela edição manipulada do último debate daquela primeira eleição direta, mas agora estou reagindo contra o cinismo e o escárnio. Eu sou coxinha.

Sou fã do Sergio Moro, do Joaquim Barbosa, do Ministério Público e de uma turma de ex-petistas: Luiza Erundina, Marina Silva, Fernando Gabeira, Cristovam Buarque, Heloisa Helena, Soninha Francine, Helio Bicudo, Marta Suplicy.

Leio a Veja antes da Carta Capital, assisto Danilo Gentilli e Marcelo Adnet na “mídia golpista”, tuíto com o Lobão, assino a Folha e… Preciso confessar com um certo constrangimento: eu me identifico mais com o movimento do Kim Kataguiri do que com o do Guilherme Boulos.

Tenho asco por políticos como Bolsonaro e Feliciano, blasfemo contra o Malafaia e o Edir Macedo, mas (vou falar!) fui pra rua nas manifestações pelo impeachment da Dilma. Aliás, voltei às ruas, onde estreei ainda criança, nas diretas-já, permaneci adolescente como cara-pintada e, velho de guerra, agora divido espaço com o boneco Pixuleco.

Eu ajudo a combater o preconceito contra negros e minorias, contra a intolerância, contra o ódio nas redes, contra o machismo, contra a homofobia. Eu quero um mundo melhor para a minha filha, defendo a justiça social, a sustentabilidade, a igualdade de oportunidades, o fim do alistamento militar obrigatório e a liberação da maconha (apesar de não fumar). Sou reformista e milito numa sigla que teve origem no Partido Comunista (sem ser comunista, óbvio). Mas sou coxinha.

Não frequento a Oscar Freire, debocho das dondocas dos Jardins que se julgam politizadas por terem posado de verde-e-amarelo para a Caras no último domingo ensolarado de protestos ou saído uma noite em caravana para o sopão dos moradores de rua. Ao contrário delas, sei que Costa e Silva não é apenas o nome de um viaduto. Faço compras, sem nenhum constrangimento, em liquidação de loja de departamentos no shopping. Grife, tanto faz. Tem um xing ling legal lá na Vinte e Cinco. Mas sou coxinha.

Vibro com essa história de reocupar o espaço público, com o fechamento da Paulista e do Minhocão. Sou amplamente favorável às ciclovias, apesar de não andar de bicicleta para não chegar suado e extenuado no trabalho. Economizo menos água do que deveria porque tomo dois banhos diários. Uso carro. Ônibus, muito pouco. Metrô, às vezes para ir ao centro ou assistir o Corinthians no Itaquerão. Mas acho a gestão Haddad uma ruindade. Então, sou coxinha.

Tenho casa própria. Aliás, um “apertamento” que precisa de uma reforminha (Alô, Odebrecht! Alô, OAS!). Defendo parques, áreas verdes e mananciais contra a ocupação de movimentos de moradia. Contribuo como voluntário para criança carente, velhinho e o hospital do câncer. Pego da rua animais abandonados para cuidar. Admiro o trabalho da Luisa Mell e do Luciano Huck.

Eu sou coxinha. Será um caso perdido? Em busca da resposta, nessa minha jornada interior (sem nenhuma pitadinha do charme da Julia Roberts em Comer, Rezar, Amar), recorro novamente ao já histórico voto da ministra do STF: “Quero avisar que o crime não vencerá a Justiça”. Agradeço pelo alimento que coloca na nossa mesa. Um minuto de silêncio pela alma dos petralhas. Amém.

Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, diretor-executivo da FAP (Fundação Astrojildo Pereira) e apresentador do #ProgramaDiferente


Quem somos nós?

Este artigo é uma boa reflexão sobre a corrida para presidência norte americana. Sob o olhar de um cidadão norte americano, Thomas L. Friedman, especialista em negócios estrangeiros, globalização e tecnologia, podemos observar as varias facetas de alguns candidatos a Casa Branca. Não dividimos a opinião do autor, que enaltece a posição norte-americana de país mais forte e mais rico do mundo através do capitalismo. Entretanto, ele acentua algumas questões imprescindíveis quando analisamos a eleição para presidência nos EUA e também o quadro político internacional: a questão imigratória, empreendedorismo e o respeito às instituições.

Quem somos nós?

Penso que a eleição norte americana para presidência tem sido bizarra, se me fosse dada uma folha de papel em branco e me pedissem que escrevesse as três maiores fontes de força dos EUA eu escreveria: “ética do pluralismo”, “cultura do empreendedorismo” e “qualidade das nossas instituições que governam”.  No entanto, até agora ouvi todos os candidatos destruindo todas essas premissas.

Donald Trump está correndo contra o pluralismo. Bernie Sanders mostra o menor interesse em empreendedorismo e diz que os bancos de Wall Street que fornecem capital para tomadores de risco estão envolvidos em "fraude", e Ted Cruz fala de nosso governo, da mesma forma como o fanático anti-imposto Grover Norquist, que nos diz que deve encolher o governo de tal forma que seja  possível arrastá-lo para o banheiro e afogá-lo na banheira."

Não me lembro de uma eleição em que os pilares de força dos EUA eram tão atacados e que ganhava tamanha notoriedade entre os mais jovens.

O famoso slogan do republicano Trump diz: "Faça América grande novamente”.  Este slogan se baseia em um ataque constante aos imigrantes, que segundo o candidato têm ocupado postos de trabalho que pertencem aos norte americanos. Entretanto, como fazer América grandiosa novamente dizendo aos imigrantes: “saia ou fique longe”? Ou acusando os mesmos de estupradores ou terroristas?

Não podemos aceitas políticas segregacionistas, a sociedade norte America é pluralista com o pluralismo. Síria e Iraque, por sua vez, são sociedades pluralistas sem pluralismo. São países comandados por punho de ferro.

Só para lembrar mais uma vez: temos duas vezes eleito um negro cujo avô era um muçulmano. Quem faz isso? Isso é como uma fonte de força como um ímã para os melhores talentos do mundo. No entanto Trump, ao realizar sua “caça” aos imigrantes, tem procurado minar essa singularidade ao invés de celebrá-la.

Sobre o democrata Sanders, tenho ouvido apenas o candidato “berrar” sobre quebrar os grandes bancos, porém não tenho escutado-o dizer sobre de onde vêm os empregos. Se você quer estimular o emprego, você precisa de mais empregadores, e não apenas de estimulo do governo.

A Comissão Milstein sobre Empreendedorismo e Trabalhos de Classe Média 2015, relatório produzido pela Universidade de Virginia observa: "A identidade da América é intrinsecamente empresarial [consagrados] pelos fundadores, popularizado por Horatio Alger, encarnado por Henry Ford... Com o suficiente trabalho duro qualquer um pode usar o empreendedorismo para pavimentar o seu próprio caminho para a prosperidade e fortalecer suas comunidades através da criação de postos de trabalho e crescimento da economia local”.

Em suma, não somos socialistas! E o relatório citado acima serve como material para promover o empreendedorismo nos EUA através, basicamente, do aumento da desregulamentação estatal, que permitiria o aumento do empreendedorismo.

Ao contrário de Sanders, Ted Cruz, outro candidato republicano, não tem uma boa alma e denigre cada vez mais a imagem das instituições americanas. O perigo desse candidato é a situação atual mundial, pois enquanto o mundo fica mais rápido e mais interdependentes, a qualidade das instituições é imprescindível. Cruz envolve-se em uma bandeira americana e cospe em todas as instituições que a representa.

Os EUA não se tornaram o país mais rico do mundo, praticando o socialismo, ou o país mais forte, denegrindo seus órgãos de decisão, ou o país mais cheio de talento, alimentando o medo dos imigrantes.

Fonte: www.nytimes.com

Edição e tradução de texto: Germano Martiniano 


Shakespeare em 7 lições: por Martin Cezar Feijó.

Em homenagem aos 400 anos da morte de William Shakespeare (24/04/2016), o Prof. Dr. Martin Cezar Feijó realiza o curso SHAKESPEARE EM 7 LIÇÕES, no primeiro semestre de 2016.

Em 7 encontros sobre a obra de Shakespeare, temas fundamentais da existência humana tratados pelo autor vão comprovar a atualidade de sua literatura bem como sua permanência em outros gêneros narrativos.

1 - Mal (Macbeth) - 07 de Abril
2 - Ciúme (Otelo) - 14 de Abril
3 - Mulher (A Megera Domada) - 28 de Abril
4 - Direito (Como Gostais / O mercador de Veneza) - 05 de Maio
5 - Amor (Romeu e Julieta) - 12 de Maio
6 - Velhice (Rei Lear / A tempestade) - 19 de Maio
7 - Inteligência (Hamlet) - 02 de Junho

Sempre às quintas-feiras, de 19h30 a 22h30 (Carga horária total: 21h)

Investimento: R$ 1.050,00 (a vista) ou 6x R$ 200,00 (cheque)

Inscreva-se pelo email loja@livrariazaccara.com ou ligue (11) 3872-3849

Local: Livraria Zaccara
R. Cardoso de Almeida, 1.356 Perdizes - São Paulo-SP

Folder promocional do curso Shakespeare em 7 lições
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OMS: Surto de zika e microcefalia é ‘mais difícil e ameaçador’ que ebola e gripe H1N1

Em visita à Fiocruz, no Rio de Janeiro, diretora-geral da OMS, Margaret Chan, destacou que o Aedes aegypti, mosquito transmissor da zika, da dengue e da chikungunya, está presente em 113 países, podendo afetar muito mais pessoas do que epidemias dos últimos anos. Para o especialista da OMS Bruce Aylward, a zika terá consequências imprevisíveis e coloca em risco o futuro das crianças brasileiras e do Brasil.

Vacinas contra a zika devem chegar à população em três anos, segundo o ministro da Saúde, Marcelo Castro. Governo e Fiocruz já desenvolveram método de diagnóstico que permite identificar infecção pela doença, pela dengue e pela chikungunya. Técnica, no entanto, só funciona em pacientes que apresentam sintomas.

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, visitou nesta quarta-feira (24) a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), centro de pesquisa no Rio de Janeiro que está à frente do desenvolvimento de tecnologias para combater o vírus zika e o mosquito Aedes aegypti. A dirigente expressou seu apoio e gratidão pelos esforços do Brasil na luta contra a doença e seu principal vetor. Na véspera (23), Chan já havia se encontrado com diversos ministros e a presidenta Dilma Rousseff.

A chefe da agência da ONU destacou que o atual surto da doença, associada a números crescentes de casos de microcefalia no Brasil, é “uma ameaça muito, muito maior” do que outras epidemias dos últimos anos, como as de ebola e da gripe H1N1, devido ao número de países onde o principal transmissor da infecção, o Aedes, está presente. Atualmente, 113 países possuem populações do mosquito em seus territórios.

“A zika é culpada (pelo aumento dos casos da malformação) até que sua inocência seja provada”, afirmou Chan durante uma coletiva de imprensa na Fiocruz. A dirigente explicou que diversos fatores podem causar a microcefalia, mas que, no Brasil, os dados indicam que o surto de zika está ligado ao da síndrome neurológica. Entre novembro de 2015 e fevereiro de 2016, 5.280 casos suspeitos de microcefalia foram relatados no país. A média anual, entre 2001 e 2014, era de 163 ocorrências.

Questionada quanto à vulnerabilidade das pessoas ao mosquito e à zika, a diretora-geral disse que, “em todas os países, há desigualdades, há populações muito pobres”. Segundo Chan, a falta de acesso a saneamento básico e a exposição a danos ambientais tornam parcelas da população mais suscetíveis a doenças.

“O desequilíbrio do ecossistema vai nos dar mais desafios, mais doenças novas”, disse a dirigente. Uma pesquisa recente da OMS revelou que 23% das mortes prematuras são causadas por circunstâncias do ambiente onde as pessoas residem. Estima-se que 70% das novas infecções identificadas no mundo tenham origem animal, segundo Chan.

Participaram também da coletiva o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, e o representante da OPAS/OMS no Brasil, Joaquín Molina. Confira clicando aqui o áudio na íntegra da coletiva de imprensa.

Para governo, relação causal entre zika e microcefalia já é certeza

Também presente na coletiva, o ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Castro, disse que, para os cientistas brasileiros, não há dúvida de que a zika causa microcefalia. Além da correlação regional e temporal, uma vez que os casos recentes da malformação congênita foram identificados em áreas atingidas pela epidemia de zika do verão de 2015, cerca de seis a sete meses após o surto, há fortes evidências epidemiológicas.

“O que nós podemos dizer com segurança? Que esse padrão do cérebro de microcefalia das crianças é um padrão infeccioso”, afirmou. O ministro explicou que, entre as infecções tradicionalmente associadas à malformação congênita – sífilis, toxoplasmose, HIV e outros, rubéola, citomegalovírus e herpes –, nenhuma registrou aumento de incidência recentemente. Com o zika, foi o contrário.

O que ainda está sendo investigado é se “o vírus é uma causa necessária e suficiente para desencadear a microcefalia ou precisa, para ele se manifestar, algum fator predisponente ou algum fator contribuinte”, explicou o ministro.

Governo aposta na mobilização e na pesquisa para combater o vírus

Segundo Castro, cientistas brasileiros e estrangeiros estão otimistas quanto à possibilidade de desenvolver uma vacina contra o zika em menos de um ano. Isso não significa, porém, que o tratamento será disponibilizado para a população nesse prazo. O ministro da Saúde estima que serão necessários três anos para concluir ensaios clínicos e, enfim, oferecer as vacinas ao público.

Uma vacina para a dengue, concebida pelo Instituto Butantã, já está na fase final de testes e deverá chegar aos brasileiros em dois anos, de acordo com Castro.

O chefe da pasta também informou que a Fiocruz já conseguiu desenvolver um método diagnóstico para o zika, que emite resultados entre duas a três horas após o exame e consegue identificar infecções pela doença e também por dengue e chikungunya. A técnica, no entanto, só funciona para pessoas que apresentam sintomas como febre e dor de cabeça. O diagnóstico deverá ser disponibilizado pelo governo em parceria com a Fiocruz.

Para Castro, os esforços de prevenção e combate ao Aedes aegypti estão maiores do que nunca. “Há uma percepção da sociedade, dada a mensagem e o trabalho que o governo vem fazendo, de que o mosquito, agora, precisa ser tratado de maneira diferente, porque ele se tornou muito mais perigoso”, comentou. O ministro ressaltou que, por trás das estatísticas, existem vidas e dramas humanos e que os brasileiros têm se sensibilizado e abraçado a luta contra o mosquito.

O diretor executivo interino da OMS para Surtos e Emergências de Saúde, Bruce Aylward, disse estar impressionado com a resposta do Brasil à epidemia de zika. Segundo o especialista, trata-se de uma crise mais difícil que a do ebola.

“Aqui, você está lidando com uma doença terrível, com consequências terríveis e incertezas terríveis. O vírus não é um problema de saúde. Vocês estão lidando com uma ameaça às crianças do país, ao futuro (do Brasil) potencialmente, à economia”, explicou. Para Aylward, graças aos esforços brasileiros de pesquisa e de combate à infecção, países têm sido alertados e informados com antecedência sobre o vírus, antes de verificarem surtos maiores da zika. “O mundo tem uma dívida tremenda para com o Brasil”, afirmou.

Mulheres devem receber informações sobre saúde reprodutiva

A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, também presente na coletiva, chamou atenção para a situação das mulheres que pensam em ter filhos ou que tiveram bebês com microcefalia.

“Eu só quero usar essa plataforma também para apelar a todos os governos que estão, atualmente, tendo transmissão do vírus zika para que melhorem o acesso a serviços de saúde reprodutiva para as mulheres em idade fértil, particularmente: acesso à informação adequada para que as mulheres sejam capazes de tomar uma decisão quanto a querer engravidar ou não; cuidado pré-natal adequado; cuidado pós-natal adequado e o apoio e informação de que elas precisarão”, disse.

Recentemente, o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, convocou todos os Estados a garantir os direitos reprodutivos das mulheres, incluindo o direito à interrupção da gravidez, e a adequarem suas legislações em meio ao surto de zika e microcefalia. O ministro Marcelo Castro reiterou, durante a coletiva, que a lei brasileira não permite o aborto em caso de microcefalia.

Zika não ameaça Olimpíadas, segundo governo e OMS

Tanto a diretora-geral da OMS quanto o ministro Marcelo Castro enfatizaram que, durante os meses de agosto e setembro, quando serão realizados os Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Rio de Janeiro, são registradas as menores densidades populacionais do Aedes aegypti.

A época das competições é também a mais fria e seca da capital fluminense, o que dificulta a proliferação do mosquito transmissor do zika. Os dirigentes acreditam que a doença não será uma ameaça aos que vierem participar e assistir aos Jogos.

https://www.youtube.com/watch?v=hCfcJYbymDQ

Fonte: Nações Unidas


Cristovam Buarque: Desconstrução da esquerda

Os constantes noticiários sobre a Lava-Jato têm levado militantes dos partidos do governo a dizerem que está em marcha uma campanha de desconstrução do PT e da imagem do ex-presidente Lula, cujo objetivo seria a desconstrução da esquerda. É até possível que as oposições estejam usando as notícias com esta intenção; mas a desconstrução foi feita pela própria esquerda, contando com a colaboração do Lula, do PT e demais partidos de apoio ao governo.

A desconstrução da esquerda ocorreu por causa da aceitação da corrupção, sob o argumento de que todos a praticam; pela perda do vigor transformador e o consequente acomodamento; a falta de imaginação para formular nossas alternativas para avanço social; a incapacidade para perceber e entender a vertiginosa transformação tecnológica e política no mundo e o desprezo por compromissos programáticos e ideológicos.

A esquerda não foi capaz de entender o pleno significado da queda do Muro de Berlim, do fim do socialismo pela distribuição da produção e o consumo industrial depredador; a consolidação do poder sindical da aristocratização do proletariado em contraposição aos interesses das grandes massas; não entendeu a dimensão da crise que vai além da luta de classes e contesta a própria base da civilização industrial; não tem proposta para a ampliação do bem-estar, combinado com o equilíbrio ecológico; não percebe a força da globalização implantando o livre comércio, quebrando as fronteiras nacionais; nem a realidade da economia atual, onde o principal fator de produção é o conhecimento, não o capital financeiro, nem os recursos naturais.

A esquerda desconstruiu-se ao adotar a voracidade pelo poder e seus cargos e privilégios, envenenando os músculos de sua militância por estupidez e imoralidade. Faz parte também deste esforço da autodestruição, a anulação, pela cooptação, dos movimentos sociais como UNE, CUT, MST. Somado à irresponsabilidade fiscal que provoca a maldade da inflação; o aparelhamento e a má utilização do Estado; a degradação de estatais símbolos da nação, como a Petrobras e os Correios; o desmantelamento do funcionamento do Estado e a desnacionalização do parque produtivo por causa da desvalorização cambial.

No lugar de criar novas utopias, formular novas propostas, a esquerda preferiu cair nos braços do sistema tradicional, reduzindo seus programas a meras transferências de renda já implantadas por governos anteriores; colocou o poder como meta suficiente, não como etapa necessária; aceitou qualquer aliança, desconstruindo a própria imagem.

A foto de Lula no jardim de um palacete para eleger seu candidato poderá ser um dia mostrada como marco da desconstrução da esquerda no Brasil, tanto quanto as fotos de jovens derrubando as pedras do Muro de Berlim significou a desconstrução do socialismo real na Europa. A esquerda se auto desconstruiu sobretudo ao não perceber seus erros e jogar a culpa da desconstrução nos adversários.

(O Globo – 20/02/2016)


Fundação Astrojildo Pereira discute Mobilidade Urbana em Seminário

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP) tem uma responsabilidade e tanto: fazer um trabalho à altura do nome que homenageia. Afinal de contas, trata-se de ninguém menos do que Astrojildo Pereira Duarte Silva, um dos maiores críticos literários brasileiros, especialista na obra de Machado de Assis – a quem chegou a conhecer pessoalmente – e fundador do Partido Comunista Brasileiro, do qual o PPS, responsável pela fundação, é descendente. Trata-se de um padrão mínimo que a FAP precisa seguir para que sua homenagem a “Jildo”, como era carinhosamente conhecido pelos amigos, seja plenamente válida. Homenageados geram responsabilidades.

Felizmente, com a realização do Seminário sobre Mobilidade Urbana, ocorrido em Curitiba neste dia 20 de fevereiro, a FAP reafirma que pode cumprir com esta responsabilidade. A sede paranaense foi escolhida por alguns simbolismos. A mobilidade urbana em Curitiba é há muitos anos um modelo de sistema de transporte que funciona, e realizar o seminário fora do grande eixo Rio-São Paulo-Minas também foi determinante: o PPS quer trazer as grandes discussões para o maior número de centros do país.

Representantes do partido de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Manaus, Acre, Paraná, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Pernambuco fizeram parte do Seminário. O evento apresentou idéias e alternativas para a mobilidade urbana do Brasil, que serão trabalhadas em um fórum de discussão nacional sobre o tema a realizar-se no próximo mês de março, em Vitória, no Espírito Santo.

O Seminário de Mobilidade Urbana recebeu explanações dos membros da reunião apresentando propostas, idéias, experiências de administrações e modelos de mobilidades que funcionaram em centros urbanos brasileiros. O foco das discussões foi refletir a respeito dos problemas que afetam o dia-a-dia da sociedade e como solucioná-los: a qualidade, os valores e a oferta de transportes públicos e modais de transportes alternativos.

Como disse Astrojildo Pereira, “É preciso sacudir pelas entranhas os cegos que não querem ver e os surdos que não querem ouvir. Entre outras razões, porque não queremos que o Brasil se transforme num país de mudos”. A relevância do tema impõe que as grandes entidades políticas brasileiras discutam e não se omitam em um momento de estrangulamento viário nos centros urbanos nacionais.

Por: Fábio Uequed Pitol

Fonte: perspectivaonline.com.br


#ProgramaDiferente entrevista Maringoni e debate o futuro de São Paulo com PPS, PV, PSB e Rede Sustentabilidade

Nesta semana, o #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, entrevista o jornalista e cartunista Gilberto Maringoni, que é também professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC e foi o candidato do PSOL ao Governo do Estado de São Paulo nas eleições de 2014. Ele fala sobre a situação do país, a crise do governo Dilma, as manifestações pró e contra o PT, esquerda x direita e a política no Brasil e no mundo.

Na segunda parte do programa há o debate "Diálogo por São Paulo", que reúne lideranças políticas e representantes do PPS, do PSB, do PV e da Rede Sustentabilidade em busca de uma cidade mais justa, dinâmica, eficiente e refratária ao aparelhamento e à falta de transparência no trato com a coisa pública. Um passo adiante para a construção de uma São Paulo mais moderna e acolhedora.

Por iniciativa destes quatro partidos e dos vereadores paulistanos Ricardo Young, Gilberto Natalini e Eliseu Gabriel, foram apresentados painéis temáticos (desenvolvimento sustentável, agenda ambiental, agenda social e governança democrática), que contaram com a participação, entre outros, do vice-governador paulista, Marcio França, do porta-voz nacional da Rede, Bazileu Margarido, e do secretário do Meio Ambiente de Campinas,Rogerio Menezes.

A prioridade é formar um novo bloco de forças políticas e sociais que apresentem propostas alternativas viáveis para dar início ao esperado período "pós-PT" em São Paulo e no Brasil. A partir daí surgirão os nomes para representar esta proposta nas urnas, mas os candidatos a prefeito e vice-prefeito devem ser consequência deste debate e dessa construção política, em vez de serem impostos por dirigentes partidários, como normalmente ocorre.

É essa construção programática que está proposta. Será viável? Assista.


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"Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem segundo a sua livre vontade; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado"

Karl Marx