O #ProgramaDiferente debate o "clima" depois da Conferência de Paris, o desenvolvimento sustentável e o meio ambiente no Brasil e no mundo
9 de março de 2016TVFAP,Destaques,Entrevistas,Debates,programa diferenteTV FAP,meio ambiente,desenvolvimento sustentável,Notícias
O #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, debate o meio ambiente e o "clima" no Brasil pós-COP21, o desenvolvimento sustentável e as contradições entre aquilo que o Governo Dilma prometeu fazer na Conferência do Clima, em dezembro do ano passado, em Paris, e aquilo que de fato está colocando em prática. Assista.
Os convidados são três jornalistas: Ana Carolina Amaral, mestre em ciências holísticas pelo Schumacher College, moderadora da Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental e que cobriu a COP21 para a Revista Época; Reinaldo Canto, especializado em sustentabilidade e consumo consciente, professor de gestão ambiental, colunista da RevistaCartaCapital e também presente à COP21; e Dal Marcondes, fundador e diretor do site Envolverde, profissional especializado em jornalismo econômico e em ciência ambiental.
Com o perdão do trocadilho, será que já mudou o clima de festa sobre o acordo climático para um certo pessimismo? Qual era o ideal, o que foi possível e qual é hoje o cenário real sobre o clima no mundo? Quais as novidades sobre aquecimento global, economia de baixo carbono, mudança da matriz energética? Como fazer a sustentabilidade deixar de ser apenas um rótulo moderninho?
Alberto Aggio: Outra vez, as ruas
9 de março de 2016Notícias,Destaques,fapAlberto Aggio,Opinião
Estamos na vigília de mais uma manifestação de protesto, convocada nacionalmente. Um fato que se tornou comum nos últimos anos. Ainda se mantêm vivas na memória as de 2013 e de 2015.
Registre-se, de saída, que elas não foram idênticas em seus propósitos, personagens ou resultados, mas guardam muitas relações entre si e nos deixaram várias lições. Foram manifestações multitudinárias que ganharam ruas e praças, das metrópoles às pequenas cidades. Mobilizadas pelas redes sociais, seus convocadores não vieram das representações tradicionais da sociedade. Derivavam de movimentos e grupos sociais diferenciados que buscavam uma pauta comum, ainda hoje irrealizada em inúmeras de suas demandas. Olhar esses dois momentos sem a adoção de uma contraposição abstrata entre eles pode ajudar-nos a compreender o que está programado para os próximos dias.
Em junho de 2013, as manifestações agitaram especialmente as metrópoles. No Rio de Janeiro foram mais de 1 milhão de pessoas. Caracterizaram-se como “jornadas de protesto” convocadas quase que diariamente. Demonstraram intensidade notável, porém duraram pouco: depois de dois meses esmoreceram. Elas apresentaram um aspecto antagonista e de confronto com os poderes instituídos. Algumas manifestações foram reprimidas pela PM e depois, aos poucos, a tática black bloc, com sua violência costumeira, se impôs, resultando em desmobilização. Embora tenham conquistado vitórias parciais, o fato mais importante foi o de terem dado vazão a um descontentamento latente. Seu impacto, contudo, foi tão forte que alterou o andamento normal do mundo político, embora não tenham produzido uma pauta clara que pudesse ser negociada politicamente. Feriram de maneira contundente o poder central, impondo uma queda temporária na popularidade da presidente Dilma Rousseff. Mesmo com toda a sua vitalidade, o movimento não conseguiu tornar-se um fator de poder com capacidade de pôr a legitimidade do governo em xeque.
As jornadas de junho de 2013 foram difusas, plurais e republicanas na defesa da ética na política. Seu maior legado foi o de explicitar uma demanda pela qualidade de vida das pessoas, identificada com a melhoria dos serviços públicos voltados para mobilidade urbana, saúde, educação, saneamento básico, etc., ou seja, um conjunto de problemas que apontavam claramente os déficits sociais dos governos petistas. Visto de outro ângulo, 2013 nos deu também um retrato da sociedade brasileira até então pouco considerado. Em plena rua, o que se viu foram pessoas expondo seus ardentes desejos libertários e igualitários, às vezes com humor e irreverência; 2013 propôs uma nova maneira de se manifestar, agrupar e dar sentido ao pertencimento das pessoas, mesmo que isso fosse efêmero.
Não havia uma palavra de ordem obrigatória a cada passeata, que variara de lugar para lugar, e mesmo no interior de uma manifestação, que podia começar e se dividir em duas ou mais torrentes de pessoas. As jornadas de 2013 podem ser inscritas no que G. Lipovetsky chama de hipermodernidade, um terreno no qual flui uma cultura desconfiada do político que faz dos direitos humanos o “fundamento último e universal da vida em sociedade”, reconhecendo o indivíduo como “um referencial absoluto, última bússola moral, jurídica e política” de um tempo em que os atores sociais não se veem mais representados nas “antigas formas de inclusão coletiva”.
Em 2015 as manifestações viveram um ciclo mais curto, ainda que tenham sido mais massivas. Em 15 de março, a Avenida Paulista concentrou mais de 1 milhão de pessoas. Eventos similares ocorreram em outras capitais e cidades médias, atingindo a marca de aproximadamente 2 milhões de pessoas. Cerca de um mês depois, o movimento se expandiu por mais de 400 cidades médias e pequenas ao longo do País. Os resultados eleitorais de 2014, que deram a Dilma Rousseff um segundo mandato, bem como suas primeiras medidas, entendidas pelo conjunto da população como um “estelionato eleitoral”, atuaram como catalisadores das manifestações.
Neste novo cenário, as manifestações passaram a ser abertamente antigovernamentais e de oposição ao governo federal, expressando descontentamento e muita hostilidade imagética e verbal contra a presidente reeleita e seu partido, o PT. Além do protagonismo das redes sociais e da vazão de diversas subjetividades, em 2015 aquele aspecto difuso das jornadas de 2013 seria superado por um objetivo mais definido, sintetizado na consigna “Fora Dilma, Fora PT”.
Agregando inúmeras insatisfações e demandas que brotaram em 2013, mas assumindo um estilo de protesto distinto, o que se viu em 2015 foi a emergência de um movimento legítimo de oposição ao governo federal que, embora não inteiramente consensual entre suas lideranças, abraçou a bandeira do impeachment da presidente como sua causa central.
Agora, juntamente com tudo isso, o impeachment volta à rua, bloqueado que está no Congresso, em meio à barafunda das reviravoltas impostas pelos presidentes da Câmara e do Senado, ambos implicados em denúncias de corrupção que assolam o governo que as ruas querem substituir democrática e constitucionalmente.
Em 2013 e 2015 as ruas movimentaram o País e o mundo político teve de acordar da letargia. O que comprova mais uma vez as palavras do velho Ulysses Guimarães, que vaticinava: “A única coisa que mete medo em político é o povo na rua!”.
O “otimismo da vontade” indica que sobram razões para ir à rua, especialmente quando se trata de superar um governo que tem sua legitimidade manchada pela corrupção e se mostra incapaz de reaver sua credibilidade para enfrentar a crise. O “pessimismo da inteligência” nos alerta que o País precisa se reorganizar e buscar reformas que tornem o Estado mais republicano, aberto à participação e mais eficiente.
*ALBERTO AGGIO É HISTORIADOR E PROFESSOR TITULAR DA UNESP
Fonte: opiniao.estadao.com.br
A XIII Internacional (*)
7 de março de 2016Opinião,lulamarqueteiro,joão santana,BNDES,OAS,Odebrecht,Destaques
FAP e PPS promovem Seminário de Cultura no Rio de Janeiro
A Fundação Astrojildo Pereira e o PPS promoveram neste sábado, 05 de Março de 2016, um Seminário de Cultura no Rio de Janeiro. O evento faz parte dos preparativos para a Conferência Nacional sobre as Cidades, dias 19 e 20 de março em Vitoria-ES.
Maiores informações sobre a conferência podem ser encontradas no hotsite: http://conferenciasobreascidades.pps.org.br/
Nas Entrelinhas: O “Bom Burguês”
6 de março de 2016Destaques,colunista,Luiz Carlos AzedoOpinião,Notícias
De todos os executivos presos, Léo Pinheiro era considerado pelos políticos o mais “boa praça” no trato. Não é à toa que se relacionava pessoalmente com o ex-presidente Lula.
Jorge Medeiros Valle, bancário carioca, é um dos personagens mais controvertidos da esquerda que optou pela luta armada durante o regime militar. Sua história virou filme, cujo nome intitula a coluna, estrelado pelo falecido ator José Wilker, uma versão glamourizada de sua vida, que mais tarde foi desnudada na dissertação de mestrado da professora Valesca de Souza Almeida. Funcionário do Banco do Brasil, Valle foi preso em julho de 1969, quando os órgãos de segurança do regime militar descobriram que ele havia desviado 2 milhões de cruzeiros novos da agência em que trabalhava, para financiar organizações clandestinas dedicadas à luta armada contra a ditadura militar.
O “Bom Burguês”, como ficaria conhecido, cumpriu pena de seis anos na Ilha das Flores. Foi condenado novamente em 1975, mas exilou-se no México com a sua família, a fim de escapar de uma nova temporada no cárcere. Embora a sua trajetória tenha pontos em comum com a de outros militantes da luta armada, tinha um perfil completamente distinto dos jovens que haviam optado por pegar em armas na clandestinidade. Manteve a aparência de vida normal para um burocrata. A partir da sua entrada para o Banco do Brasil, em 1952, atuou como sindicalista, chegando a pensar em se candidatar a presidente do Sindicato. Depois do golpe militar de 1964, porém, afastou-se do sindicato e ligou-se ao PCBR, uma dissidência do antigo PCB liderada pelos dirigentes comunistas Mario Alves, assassinado na prisão em janeiro de 1970, e Apolônio de Carvalho, que mais tarde viria a ser um dos fundadores do PT.
Como exercia uma função subalterna no banco, mas de confiança dos gerentes na compensação bancária, arquitetou um plano simples para desviar dinheiro para a guerrilha urbana. Abria contas em pequenos bancos e emitia cheques na agência em que trabalhava para essas contas. Quando o cheque chegava na compensação, ele não debitava a agência, mas trocava o cheque falso, que destruía, por uma ordem de pagamento, que ele mesmo recebia. Ou seja, através da ordem de pagamento que substituía o cheque falso, fornecia um crédito a ele mesmo, recebido em outro banco, fazendo com que a operação gerasse uma dívida para o Banco do Brasil.
O “Bom Burguês” é uma referência para analisar o caso de outro personagem, o empresário José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, dono da OAS, que negocia delação premiada com investigadores da Procuradoria-Geral da República (PGR) responsáveis pela Operação Lava Jato. Um dos empresários mais próximos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele deve contar detalhes sobre o esquema de corrupção na Petrobras e sobre as obras feitas pela empreiteira em imóveis de Atibaia e do Guarujá para a família do petista. Ou seja, é um homem-bomba.
A Polícia Federal apreendeu mensagens de celular trocadas por Léo Pinheiro com outros executivos e dezenas de políticos. Condenado a 16 anos e quatro meses de prisão por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, Pinheiro aguarda decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) a respeito. A Corte tem confirmado decisões tomadas pelo juiz Sérgio Moro no primeiro grau. Preso preventivamente na Lava-Jato em novembro de 2014, com outros empreiteiros do país, foi solto no ano passado, por ordem do Supremo Tribunal Federal, sem concretizar a colaboração, mas agora corre o risco de voltar para a cadeia após a decisão do TRF-4.
De todos os executivos presos, Léo Pinheiro era considerado pelos políticos o mais “boa praça” no trato. Não é à toa que se relacionava pessoalmente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de maneira diferenciada. Ao lado de Marcelo Odebrecht, Otávio Andrade e Ricardo Pessoa, era um dos comandantes do cartel de empreiteiras que desviava recursos da Petrobras por meio de contratos superfaturados, em troca de polpudas doações eleitorais para o PT e outros partidos da base do governo. Mas o que tem a ver a história de Jorge Medeiro do Valle, que amargou prisão e exílio, com a de Léo Pinheiro, que fez carreira à sombra do regime militar? Pessoalmente, nada. A concepção das organizações políticas envolvidas nos dois casos, porém, é a mesma. O desvio de recursos do Banco do Brasil para a luta armada foi considerado tão legítimo quando as doações eleitorais alimentadas pela corrupção na Petrobras. Em ambos os casos, porém, trata-se do desvio de dinheiro público.
Esse é o xis da questão da Operação Lava-Jato, que agora investiga o financiamento das campanhas eleitorais de 2006, quando Lula se reelegeu, e de 2010 e 2014, que levaram Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto. Otávio Azevedo, ex-presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, por exemplo, afirmou à Lava-Jato que negociou com o ex-ministro Antônio Palocci o pagamento de R$ 6 milhões para o caixa dois da campanha de Dilma em 2010. No acordo de delação, Azevedo disse que o repasse foi feito via contrato fictício com uma agência de comunicação que atendia ao PT. Mais cedo ou mais tarde, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF) terão que se pronunciar sobre a verdadeira natureza das doações.
Por: Luiz Carlos Azedo
Fonte: Correio Braziliense
Economista diz que na “verdadeira fotografia” da economia brasileira, PIB encolheu 5,9%
5 de março de 2016Notícias,DestaquesEconomia,IBGE,PIB
O economista e consultor Fabio Berghella disse ao Portal do PPS que os números do PIB divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE são “muito piores” quando a comparação do desempenho da economia é feita entre o 4º trimestre de 2015 com o mesmo período do ano passado (5,9%) do que na anual (3,8%), conforme está sendo divulgado pela imprensa (veja abaixo).
“A verdadeira fotografia da economia brasileira é bem pior que a noticiada. Os indicadores econômicos referentes ao acumulado do ano de 2015 chegaram ao seu final – os dados que começam a ser divulgados a partir de agora comparam 2016 com 2015. Essa comparação é muito pior do que a mídia veicula, afirma Berghella.
Veja a seguir o comentário de Berghella sobre desempenho da economia em 2015.
“A verdadeira fotografia da economia nacional
De novo, a comparação noticiada pela imprensa foi o acumulado de 2015, queda de -3,8% do PIB.
Os dados são muito piores, na comparação anual (4º trimestre de 2015 com 4º trimestre 2014), ou seja, nos dados mais recentes, a economia encolheu -5,9%.
Esse número é próximo a queda de -7,1% (na mesma comparação anual) apontada pela PMC (Pesquisa Mensal do Comércio) divulgada pelo IBGE, no dia 16 de fevereiro.
A forte correlação entre a PMC e o PIB ocorre porque 72% do PIB brasileiro depende do setor de serviços – fortemente ligado ao consumo.
Nos gráficos extraídos da pesquisa do IBGE (Contas Nacionais Trimestrais) é possível observar o seguinte:
http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=3111
– a queda na FBCF indica que os investimentos recuaram -18,5%;
– a desvalorização cambial puxa a queda de -20,1% das importações e alimenta a alta de 12,6% nas exportações (nada a comemorar porque o peso do comércio externo no PIB é pequeno em relação a outros países);
– o governo diminuiu gastos – queda de -2,9% – contudo insiste em cortar menos que os outros setores;
– o consumo das famílias tem relação forte com o PIB (país consumista) – a queda já bate -6,8% – esse é o ponto-chave de preocupação, gastos diminuem, atividade recua, desemprego aumenta, insolvência dispara e crédito encolhe. O crédito é o oxigênio para o crescimento econômico numa economia sem poupança interna.
Abrindo o PIB, pelo lado da oferta (mesma comparação anual):
– comércio mergulhando -12,4%; o PÉSSIMO é resultado para o setor mais importante da economia brasileira, indicando claramente que o fundo do poço ainda está distante;
– construção civil caindo -5,2%; importante indicador porque este é um setor que agrega muito valor á cadeia produtiva, além de empregar muita gente;
– transporte com queda de -9% também é um péssimo sinal.
O fracasso econômico do governo do PT: PIB cai 3,8% em 2015, a maior queda em 19 anos
Na comparação com 4º trimestre de 2014, queda foi 5,9%; PIB per capta recuou 4,6% no ano passado
No ano passado, o PIB caiu 3,8% em relação a 2014, a maior queda da série histórica iniciada em 1996, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE.
Segundo o órgão, a queda do PIB resultou do recuo de 3,3% do valor adicionado a preços básicos e da contração de 7,3% nos impostos sobre produtos.
Nessa comparação, a agropecuária (1,8%) apresentou expansão, e a indústria (-6,2%) e os serviços (-2,7%) caíram. Em 2015, o PIB totalizou R$ 5,9 trilhões (valores correntes). O PIB per capita ficou em R$ 28.876 em 2015, com queda de 4,6%, em volume, em relação ao ano anterior.
PIB cai 5,9% em relação ao 4º trimestre de 2014
Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB sofreu contração de 5,9% no 4º trimestre de 2015, a maior queda desde o início da série histórica iniciada em 1996. Dentre as atividades econômicas, a Agropecuária cresceu 0,6% e a Indústria sofreu queda de 8,0%. Nesse contexto, a indústria de transformação apresentou contração de 12,0%.
(Assessoria IBGE/Portal do PPS)
Curso de Formação em Filosofia Política FAP
4 de março de 2016Notícias,Destaques,Cursos,PPSfap,curso,filosofia política,FAP
Começou ontem, dia 03 de março, o curso de Formação em Filosofia Política da Fundação Astrojildo Pereira, realizado na sede do diretório estadual do PPS/SP. Após breve apresentação de todos os inscritos iniciou-se a aula a primeira aula, que teve como objetivo discorrer sobre o que era um bom governo para Platão e Aristóteles.
A aula teve duração de duas horas, sendo divida em duas partes, compreensão dos filósofos gregos e debate com base na contextualização das filosofias expostas. A discussão foi orientada em cima de três questões: Quem deve governar? Pode existir uma sociedade sem classes sociais? E, qual a melhor forma de governo?
O debate foi enriquecedor, uma vez que foi bastante plural, unindo desde lideres comunitários e candidatos a vereador até professores de história e educação física.
O curso terá duração de quatro meses, acontecendo todas as quintas-feiras das 19 horas às 21 horas. A próxima aula discorrerá sobre Teoria Política em Tomás de Aquino e Maquiavel. Até o final do curso os principais filósofos e correntes politicas que influenciam a sociedade ocidental serão debatidos. Até o próximo encontro.
Por: Germano Martiniano
Semana da Mulher: o #ProgramaDiferente entrevista a Dra. Albertina Duarte e debate a participação das mulheres no dia-a-dia da política
4 de março de 2016Notícias,TVFAP,Entrevistas,Debates,MulheresAlbertina Duarte,dia internacional das mulheres
O #ProgramaDiferente especial do Dia Internacional da Mulher apresenta a Dra. Albertina Duarte, ginecologista e obstetra, referência no atendimento de gestantes e adolescentes. Ela conta com bom humor e entusiasmo a sua trajetória desde Portugal até se tornar uma das indicadas para o Prêmio Nobel da Paz, as dificuldades da infância, o orgulho de se formar em medicina no Brasil e a militância contra a ditadura militar.
No debate sobre a participação da mulher na política, estão presentes Telma Ribeiro dos Santos, advogada e presidente do PMN (Partido da Mobilização Nacional); e Helena Werneck, arquiteta e urbanista, integrante da direção nacional do PPS (Partido Popular Socialista) e do conselho da FAP (Fundação Astrojildo Pereira).
Também são apresentados dois vídeos emocionantes em homenagem às mulheres, nos quadros "Faz Diferente" e"Olhar Diferente": um das Casas André Luiz, que mostra o trabalho voluntário de mães, amigas e familiares de pacientes que necessitam de cuidados especiais; e outro da campanha #HeForShe, da ONU, pela igualdade de gênero. Assista.
FAO: Desastres geraram 11 bilhões de dólares de perdas na América Latina; Brasil é o principal afetado
4 de março de 2016Destaques,Desastre ambientalONU,Notícias
O estudo analisou 37 desastres naturais ocorridos em 19 países da região entre 2003 e 2013. Relatório da FAO destacou que as perdas correspondem a cerca de 3% do valor projetado de produção para o mesmo período.
Em uma década, a região da América Latina e o Caribe perdeu 11 bilhões de dólares na agricultura e pecuária devido aos desastres naturais, revelou na quinta-feira (03) a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
O estudo analisou 37 desastres naturais ocorridos em 19 países da região entre 2003 e 2013 e destacou que as perdas correspondem a cerca de 3% do valor projetado de produção para o mesmo período.
A maior parte dessas perdas ocorreu após inundações (55% do total) e, em menor medida, por estiagens e tempestades. O Brasil foi o país mais afetado devido ao tamanho da sua produção agrícola. Outros seriamente impactados foram Colômbia, México e Paraguai. O furacão Tomás que passou por Santa Lucia em 2010, por exemplo, gerou uma perda de 43,4% do PIB da nação insular, o que corresponde a nove vezes o seu PIB agrícola e a 47% da sua dívida pública externa.
Segundo o responsável de Recursos Naturais da FAO, Benjamin Kiersch, a mudança climática constitui um grande obstáculo para a erradicação da fome na região, meta assumida por todos os governos através do Plano de Segurança Alimentar, Nutrição e Erradicação da Fome da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC).
A América Latina e o Caribe tem a maior extensão de terra cultivável no mundo. Segundo o Escritório Regional da FAO, as mudanças climáticas na região vão provocar alterações nos padrões de chuvas e temperaturas, o que afetarão o rendimento de cultivos básicos. Em 2010, por exemplo, 98 dos mais importantes desastres naturais do mundo aconteceram na região.
Acesse o documento clicando aqui.
Fonte: nacoesunidas.org
"Hoje, a tarefa dos homens de cultura é, mais do que nunca, a de semear dúvidas, não a de colher certezas. De certezas - revestidas pelo fausto do mito ou edificadas com a pedra dura do dogma - estão cheias, transbordantes, as crônicas da pseudo cultura dos improvisadores, dos diletantes, dos propagandistas interessados"
Norberto Bobbio
Cálculo, dissimulação e marketing
3 de março de 2016Destaques,Debates,PT,DilmaAlberto Aggio,política,Estadão,Opinião,Notícias
Dilma Rousseff sempre advertiu que aqueles que apostassem na ruptura entre ela e Lula perderiam em quaisquer circunstâncias. E assim tem sido desde que Lula a convidou para ser candidata à Presidência da República. Nas campanhas eleitorais, sempre figurou como a mulher que Lula havia escolhido para governar o País pela primeira vez. Uma mulher de capacidades notáveis e de história heroica. Desde que assumiu o poder, não foram poucas as vezes em que Dilma recorreu ao ex-presidente para ouvir seus conselhos, ainda que não os aceitasse de todo. Há aí uma relação entre criador e criatura até agora inabalável.
Lula sempre teve em Dilma Rousseff uma 'persona' tão distinta a ele que poderia cumprir com rigorosidade o papel que ele havia projetado: eleger-se como se Lula fora; e mais: não alçar voo próprio pelas limitações que ele conhecia, além de garantir uma situação favorável para quando ele desejasse retornar ao centro da vida política, reelegendo-se presidente da República.
Entre os dois sempre houve um jogo intencional que mesclou cálculo político, dissimulação e marketing. Precisariam sempre se manter e se refazer, movimentar-se no cenário e, por fim, vender-se como um mesmo produto.
Em relação ao PT, Dilma Rousseff sempre foi menos enfática, mais protocolar e, por fim, mais distante. Nunca se considerou devedora do partido. Dilma efetivamente não é e nunca foi uma liderança partidária, orgânica ao PT ou ao PDT, seu partido de filiação anterior. Suas origens, marcadas pelo voluntarismo da luta armada deixou marcas, não apenas de conduta mas de concepção política.
Mas o tempo não passou em vão. As bombas-relógio do segundo mandato de Lula começaram a explodir ao final do primeiro governo de Dilma. O horizonte já evidenciava a tempestade, e depois das manifestações multitudinárias de 2013 o cenário se mostraria sempre mais difícil. Desde a nova posse em 2015 a situação só se agravou: crise econômica, Lava Jato e outras operações contra a corrupção, atingindo diretamente o PT e seus aliados, e a perda de credibilidade entre agentes políticos e opinião pública acabaram por gerar uma situação de gravidade inaudita para os planos futuros de Lula.
Em meio a essa turbulência, os sinais de crítica sempre tiveram um vetor: de Lula para Dilma, e não o inverso. Ainda que de maneira errática, sempre que pode, Lula procura manifestar, embora de forma leve, sua contrariedade em relação às políticas de ajuste. O mesmo ele sempre fez em relação a alguns dos colaboradores de Dilma. Registre-se que Lula sempre procurou salvaguardar-se em relação aos indicados para compor o governo Dilma, procurando se resguardar de resultados não previstos.
Dilma não tem alternativa senão tentar debelar ou 'cozinhar' a crise. Sabe que não tem mais como construir uma grande obra de governo. Não teria com quem negociar e não teria apoio nem mesmo do PT, quanto mais da oposição.
Não tem liderança nem credibilidade para se afastar de Lula e do PT visando tomar as medidas necessárias para enfrentar a crise. E está convencida de que o programa do PT (que retoma o governo Lula) é irrealizável, tanto mais nas atuais circunstâncias. O PT e Lula têm mais área de manobra discursiva para realizar uma crítica a Dilma, sem romper com ela e nem com o governo.
Nessa zona cinzenta, o PT e Lula querem se revitalizar e sabem que não será com os possíveis êxitos do governo Dilma. Eles não virão: nem com o programa de ajuste e menos ainda se ela adotar o retorno à 'nova matriz econômica'”.
Cálculo, dissimulação e marketing são os ingredientes que compõem um quadro de desespero, ilusão e autoengano nas relações entre Dilma, Lula e PT.
Alberto Aggio,
historiador e professor titular da Unesp em Franca
Publicado no Estadão em 29/02/2016 - http://politica.estadao.com.br/discute/ao-se-afastar-de-lula-e-pt-dilma-ganha-ou-perde,266
Curso de Formação em Filosofia e Política
3 de março de 2016filosofia,FAP,Notícias,Destaques,CursosPPS,fap,curso,política
Período de realização do curso será de 03 de Março de 2016 até 30 de Junho de 2016.
Do pensamento grego até o século XXI, a necessidade de uma formação política teórica para a compreensão maior da política, oferecendo um aprofundamento conceitual das diversas correntes e interpretações políticas na história.
Homologação e Certificação pela Fundação Astrojildo Pereira!
Inscrições somente pela plataforma:
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