“Nenhum dos dois é do meu agrado, mas o Bolsonaro está excluído. Não tem sentido”, afirmou ao blog.
“O Bolsonaro não tem jeito. É uma folha seca que vai com o vento. E a ventania está forte”, acrescentou.
FH é avesso ao discurso autoritário do capitão, que já defendeu seu fuzilamento em 1999. Na campanha, ele se irritou com ideias como a convocação de uma Assembleia Constituinte de notáveis e o aumento do número de vagas no Supermo Tribunal Federal.
“Sou completamente contra tudo isso”, disse o tucano.
O ex-presidente deixou claro que não seguirá os colegas de PSDB que têm se aproximado de Bolsonaro. O candidato do partido ao governo paulista, João Doria, já declarou apoio ao capitão.
“Eu não acompanho, né? O PSDB teve um candidato que perdeu a eleição. Agora o partido precisa se reunir para conversar. As pessoas começam a falar antes da hora? Eu tenho um defeito: sou institucional”, disse.
HADDAD
FH ainda não decidiu se vai ficar neutro ou declarar apoio a Fernando Haddad.
“O PT levou o Brasil ao buraco econômico. O Haddad começou a campanha vestindo a máscara do Lula”, criticou.
“Quem ganhou a eleição tem que dizer o que vai fazer com o país. Por que eu vou sair correndo para apoiá-lo? Vou esperar”, disse.
O tucano criticou o apoio dos petistas ao governo da Venezuela. Ele ressaltou, no entanto, que não vê risco de o partido seguir a receita de Nicolás Maduro.
“Há exagero em afirmar que o PT vai transformar o Brasil na Venezuela. Não tenho esse catastrofismo”, disse.
Até aqui, os petistas não procuraram FH em busca de apoio. “O pessoal do PT é bastante nariz para cima”, comentou o ex-presidente.