Em artigo que publicou na revista Política Democrática Online de novembro, economista cita reforma política realizada pelo Projeto de Lei Complementar 75/2015
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
O economista Benito Salomão tem expectativa de que as eleições de 2020 podem iniciar nova fase da vida político-eleitoral brasileira. “Na minha opinião, fase melhor, com campanhas mais baratas, maior fidelidade partidária, número menor de partidos, com maior eleitorado”, escreveu, em artigo que produziu para a revista Política Democrática Online de novembro, produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), sediada em Brasília.
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Todos os conteúdos da publicação podem ser acessados, gratuitamente, no site da FAP, que é vinculada ao Cidadania. De acordo com Salomão, a eleição deste ano é “atípica”, por ser a primeira após a reforma política realizada pelo Projeto de Lei Complementar 75/2015, que mudou inúmeras regras para as eleições no Brasil. “A primeira mudança consiste na forma de financiamento das campanhas políticas com a suspensão dos aportes de origem empresarial e a criação do fundo eleitoral público”, destacou ele, no artigo.
Na avaliação do economista, duas consequências devem ocorrer a partir desta nova regra. A primeira delas é o barateamento dos custos das campanhas eleitorais em todo o Brasil. “Quem caminha pelos grandes centros brasileiros e percebe a ausência de campanhas pelas ruas tende a imaginar que se trata de mais um efeito da pandemia, mas, na verdade, o que boa parte dos candidatos recebeu apenas conseguiu financiar os programas de televisão”, observou.
No artigo publicado na revista Política Democrática Online de novembro, o economista aponta que a segunda consequência possível é a tendência à consolidação dos partidos tradicionais. Ele citou levantamento do Ibope, realizado em 30 de outubro, abrangendo 23 capitais, e que mostrou “clara tendência de concentração de alguns poucos partidos”.
“Democratas e PSDB são os que estão sendo mais bem avaliados pelas pesquisas, cada um liderando em 5 capitais. PMDB e Podemos estão à frente em outras 3, cada. O PSD desponta como vencedor em 2 capitais. PP, PC do B, PSB e PDT lideram em 1 capital cada um”, afirmou. “Ou seja, dos atuais 27 partidos com representação na Câmara dos Deputados, apenas 9 devem eleger prefeitos. Dos atuais grandes partidos brasileiros, apenas PT e PSL não lideram as pesquisas em capital alguma”, acrescentou.
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