Morre o jornalista Otavio Frias Filho, dono da Folha de S. Paulo

Morreu aos 61 anos nesta terça-feira, 21 de agosto, Otavio Frias Filho, diretor de Redação do jornal Folha de S. Paulo. Mentor do "Projeto Folha", que modernizou o jornalismo brasileiro na década de 1980, ele foi vítima de um câncer originado no pâncreas. À frente do jornal por 34 anos, Otavio fez da Folha o maior e mais influente jornal do Brasil, líder em circulação e em audiência, além de referência no jornalismo apartidário, pluralista, crítico e independente.

Vale rever o #ProgramaDiferente especial sobre os 95 anos da Folha de S. Paulo, exibido em abril de 1996 por ocasião do Dia do Jornalista. Naquele ano em que um filme sobre jornalismo ("Spotlight - Segredos Revelados") ganhou o Oscar de Melhor Filme, o momento foi oportuno para refletir sobre a qualidade da nossa imprensa, sobre as novas tecnologias e o futuro do bom jornalismo.

Além da cobertura exclusiva do Encontro Folha de Jornalismo, um ciclo de debates sobre os desafios do jornalismo no século 21 e a crise política e econômica brasileira, realizado no MIS (Museu da Imagem e do Som), foram entrevistados Otavio Frias Filho, diretor de redação da Folha; Sérgio Dávila, editor-executivo; Vera Guimarães Martins, ombudsman; Caio Tulio Costa, primeiro ombudsman da Folha (de 1989 a 1991); Eugênio Bucci, professor da USP e ex-presidente da Radiobrás no Governo Lula; Mario Sergio Conti, apresentador da GloboNews e colunista da Folha; Mario Cesar Carvalho, repórter especial da Folha; Roberto Muylaert, presidente da Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) por nove anos, de 1986 a 1995; Dácio Nitrini, diretor de jornalismo da TV Gazeta de São Paulo; e Fernanda Torres, atriz e colunista da Folha e da Veja Rio.

Os nossos sentimentos e o reconhecimento do importante papel da Folha de S. Paulo e do jornalista Otavio Frias Filho na história do jornalismo, da política e da cultura brasileira. Assista.


Mauricio Huertas: “Nova”, “velha” e “boa” política

A emenda pior que o soneto, as reformas necessárias e a diferença entre “nova”, “velha” e “boa” política

Senta que lá vem polêmica! Quando pensei em uma imagem para ilustrar este artigo, foi inevitável lembrar da restauração desastrada da “velhinha de Borja”, como ficou conhecida a bondosa senhora octogenária, restauradora voluntária do interior da Espanha, que há alguns anos tentou “consertar”, por sua conta e risco (literalmente), uma pintura de Jesus Cristo do século 19.

Pois, mal comparando com a campanha eleitoral a sensação é a mesma ao confrontar a legislação antiga e desgastada que havia anteriormente com esse puxadinho improvisado, essa gambiarra apresentada pelo Congresso Nacional para as eleições de 2018, que agora já sentimos os efeitos, em vez de uma verdadeira, profunda e necessária reforma.

O que era ruim ficou pior. Se a população reclamava de campanhas caras e do desperdício de recursos gastos para eleger os políticos de sempre, a resposta deles, na contramão do bom senso, foi exatamente criar um fundo público eleitoral, ou seja, entregar de mão beijada mais de R$ 2,5 bilhões para os donos dos partidos, somados o fundo partidário tradicional com o novo caixa específico para esta eleição, uma farra bilionária inimaginável com dinheiro que deveria ser investido em saúde, educação e desenvolvimento para o país, no lugar de financiar a estrutura podre, viciada e carcomida das legendas partidárias.

Os campeões do financiamento público também são – e veja que nada é por acaso – os líderes no ranking das denúncias investigadas na Lava Jato e em outras operações do Ministério Público e da Polícia Federal: MDB, PT, PSDB e PP, entre outros menos aquinhoados. O que eles pretendiam, com essa legislação remendada em vigor, era cristalizar o domínio político e financeiro deste consórcio fisiologista. Somem-se ao esbanjamento do dinheiro público outras decisões como o monopólio do tempo de propaganda no rádio e na TV, a limitação do acesso aos debates e… pronto! Nem Pinky e Cérebro, aqueles ratinhos do desenho animado, tiveram uma ideia tão genial nas suas armações e trapaças para conquistar o mundo.

A eleição por lista fechada, uma excrescência barrada durante os debates na Câmara e no Senado, funciona na realidade quando os partidos definem livremente quanto e quem vai receber dinheiro público para a sua campanha, dentro da sua lista de candidatos preferenciais, praticamente inviabilizando os demais. O controle sobre o acesso à propaganda oficial também é exclusivo da cúpula dos partidos. Aparece na TV quem eles determinarem. Os outros que se virem sozinhos, quase clandestinos. É a mesma lógica do veto a candidaturas avulsas: o controle absoluto é dos partidos.

A renovação é dificultada a qualquer custo (e esse custo – caríssimo, como já ficou claro – é espetado na conta do povo). Alguns novos partidos tem insignificantes 4 ou 5 segundos de propaganda na TV. Não dá nem para se apresentar minimamente, como fazia no folclórico bordão “Meu nome é Enéas” o falecido presidenciável do igualmente finado Prona. Se o eleitor-espectador piscar o olho, não vê passar o candidato. Isso é justo? É democrático?

Dos debates só participa quem está em partido ou coligação com um número “x” de parlamentares. Ou seja, partido novo (e o Novo é mesmo um dos exemplos concretos e objetivos) está excluído dos confrontos entre candidatos mediados na TV, enquanto participam outros que aparentemente seriam barrados se houvesse teste psicotécnico ou exame antidoping para ocupar uma cadeira. Lamentável como se criam labirintos jurídicos e armadilhas políticas tendo como pano de fundo a “democracia”, essa palavrinha mágica que esconde tantos abusos e absurdos corporativistas e antiéticos, ilusão de ótica que segue beneficiando quem deseja manter tudo como está para ver como é que fica.

Democracia mesmo, aquela que existe quando a boa política (mais que “nova” ou “velha”, mas verdadeiramente “boa”, que corresponda plenamente ao que é exigido, desejado ou esperado quanto à natureza, adequação, função, eficácia e funcionamento da política) é posta em prática, não teremos ainda em 2018 ou até que as reformas estruturais do Brasil sejam tocadas com rigor, coragem, responsabilidade e independência. Por isso o voto em 7 de outubro é tão importante: para a Presidência da República e para o Governo do Estado, mas também – e principalmente – para o Senado Federal, a Câmara dos Deputados e a Assembleia Legislativa. Afinal, quem me representa?

 


19 de agosto: O Dia do Artista de Teatro no #ProgramaDiferente

No Dia do Artista de Teatro, comemorado em 19 de agosto, o #ProgramaDiferente trata do dia-a-dia do teatro no Brasil. O trabalho e a paixão de atores, diretores e técnicos para manter a qualidade e a criatividade das montagens e produções nacionais mesmo em tempos de crise. É comédia ou é tragédia? Assista.

A emoção está garantida na participação especialíssima de artistas do porte de Fernanda MontenegroBibi FerreiraLaura CardosoBeatriz Segall e José Celso Martinez Correa, além de jovens atores e atrizes que seguem os passos dos ídolos eternos, como os veteranos que vivem no Retiro dos Artistas, do Rio de Janeiro. Segure as lágrimas se for capaz :´-)


#ProgramaDiferente mostra as propostas dos presidenciáveis para tecnologia digital no GovTech

Candidatos à Presidência da República foram os principais destaques do segundo dia do evento GovTech, em São Paulo, que debate uma agenda digital para o setor público e teve nesta terça-feira, 7 de agosto, a apresentação das propostas de cinco presidenciáveis para desburocratizar o Brasil por meio da tecnologia nos próximos quatro anos do eventual mandato de cada um. As entrevistas foram realizadas na sequência, individualmente, pelo apresentador Luciano Huck. Participaram os candidatos João Amoêdo (Novo), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva(Rede). Assista.


Pais e Filhos por um Brasil melhor: Dia dos Pais e da Juventude, tudo junto e misturado no #ProgramaDiferente

Unindo o "velho" e o "novo" no próximo domingo, 12 de agosto, que junta o Dia dos Pais ao Dia Internacional da Juventude, o tema do #ProgramaDiferente não poderia ser outro: "Pais e Filhos unidos por um Brasil melhor". Nesta semana também começa a propaganda eleitoral nas ruas e nas redes, e em menos de dois meses vamos ter eleições para deputado estadual, deputado federal, governador do Estado, dois senadores e Presidente da República. Afinal, que país é este que nós estamos construindo?

Participam do programa, direto do Encontro de Jovens Lideranças promovido pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira) no Rio de Janeiro, o jornalista Luiz Carlos Azedo, diretor-geral da FAP; o humorista Claudio Manoel, líder do grupo Casseta & Planeta; e o deputado federal Roberto Freire, presidente nacional do PPS.

Você acompanha ainda iniciativas que envolvem o jovem brasileiro em ações sociais e políticas alheias aos partidos tradicionais. Qual é o sonho destes novos agentes do futuro? Como vamos construir um Brasil diferente? O programa termina com uma paródia política de "Pais e Filhos", sucesso da Legião Urbana que marca diferentes gerações, e uma autocrítica do antigo conceito das ideologias de esquerda. Assista.


O Brasil pós-Lula no livro de Luiz Werneck Vianna

#ProgramaDiferente apresenta o novo livro do cientista social Luiz Werneck Vianna"Diálogos gramscianos sobre o Brasil atual", lançado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira) em parceria com a Editora Verbena. A obra é uma coletânea de entrevistas realizadas com Werneck desde o início do governo Lula, em 2003, e faz uma leitura abrangente da conjuntura política brasileira. Assista.


Fernanda Montenegro homenageia a escritora Hilda Hilst na 16ª Flip

A 16ª edição da Flip, a tradicional e concorrida Festa Literária de Paraty, realizada de 25 a 29 de julho, homenageou neste ano a escritora paulista Hilda Hilst (1930-2004). Um dos pontos altos do evento, nesse especial sobre a autora que o #ProgramaDiferente apresenta com exclusividade, foi a leitura de textos da homenageada pela atriz Fernanda Montenegro, como "Poema aos Homens do Nosso Tempo" e "EGE - Esquadrão Geriátrico de Extermínio"Assista.


Debate: O que é ser progressista hoje?

#ProgramaDiferente apresenta na íntegra mais um "Diálogo na Web", realizado pela Fundação FHC, com a participação de Lilia Schwarcz, historiadora e antropóloga; Fernando Schuler, mestre em Ciência Política e doutor em Filosofia pela UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul; e Marco Aurélio Nogueira, cientista político e professor da UNESP - Universidade Estadual Paulista.

A mediação é do cientista político Sérgio Fausto, superintendente da Fundação FHC, que propõe o seguinte debate: Os conceitos de esquerda e direita não dão mais conta de explicar os embates ideológicos nesta altura do século 21. A globalização criou novas divisões no mapa político do mundo. Como se fosse pouco, as questões relativas ao gênero, à raça e à preferência sexual, por exemplo, pesam cada vez mais na formação de identidades políticas. Assista.


#ProgramaDiferente: 30 anos do SUS, 15 anos sem Sergio Arouca

Antecipando o Dia Nacional da Saúde, celebrado em 5 de agosto, o #ProgramaDiferente lembra que faz 30 anos que a Constituição Brasileira de 1988 criou o SUS (Sistema Único de Saúde), eternizado pela premissa “Saúde é direito de todos e dever do Estado”. Também registramos os 15 anos sem um de seus mais emblemáticos idealizadores, o médico sanitarista e político Sergio Arouca, que morreu em agosto de 2003. Assista.


Marina critica aliança de Alckmin com o "Centrão" e responde ao #ProgramDiferente como iria governar sem ceder às pressões deste grupo

A pré-candidata da Rede Sustentabilidade à Presidência da República, Marina Silva, criticou duramente a aliança do "Centrão" com Geraldo Alckmin (PSDB) e o comparou à ex-presidente Dilma Rousseff"Pode ter certeza que só mudou o condomínio: o Alckmin já é uma espécie de Dilma de calças", afirmou, ao comparar as alianças da eleição de 2014 em torno da candidata do PT com o apoio dos mesmos partidos, agora em 2018, ao presidenciável tucano. "A Dilma se juntou praticamente com os mesmos do Centrão; na época estava até com o Cunha, e conseguiu 12 minutos de televisão".
 
#ProgramaDiferente participou da primeira entrevista online de Marina Silva nesta terça-feira, que, segundo a candidata, será um instrumento usual na campanha, repetido todas as quintas-feiras, a partir desta semana. A reportagem questionou Marina sobre como governar com o "Centrão", em uma eventual vitória dela em 7 de outubro, se os partidos que compõem o grupo seguirão controlando o Congresso. Assista aqui a resposta de Marina e a íntegra deste primeiro bate-papo com os eleitores nas redes sociais.

Veja também:

 

O mundo dos youtubers e influenciadores digitais no #ProgramaDiferente

Que o mundo está mudado, todos nós sabemos e assistimos no dia a dia. Mas acompanhar a velocidade dessas mudanças e entender quem são as personalidades mais influentes deste novo mundo não é para qualquer um. Hoje o #ProgramaDiferente vai mostrar quem está no topo do ranking de youtubers e influenciadores digitais com maior número de seguidores do Brasil. Conheça essa nova geração de celebridades e formadores de opinião que arrastam legiões de fãs. Assista.


Deltan Dallagnol: Unidos Contra a Corrupção no #ProgramaDiferente

O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força tarefa do Ministério Público Federal na Operação Lava Jato e um dos principais idealizadores do projeto de iniciativa popular que apresentou as 10 Medidas Contra a Corrupção, está divulgando agora o projeto Unidos Contra a Corrupção, voltado para as eleições de outubro e que propõe novas providências a serem adotadas no Brasil. O #ProgramaDiferente e a TVFAP.net apóiam a causa. Assista.