Fala, Presidente: A saída é pelo Congresso

Freire sobre Dilma: Não há país que suporte ficar sem governo, sem comando. Diante do agravamento da crise econômica do esfacelamento político e moral de um governo que perdeu a credibilidade, o papel do Congresso, que retoma as atividades a partir desta primeira semana de agosto, será determinante para evitarmos um colapso institucional. A solução para o impasse atual passa, necessariamente, pela ação dos parlamentares, que têm plena consciência do momento delicado enfrentado pelo país graças à incompetência e à irresponsabilidade dos governos lulopetistas nos últimos 13 anos.

Com todos os seus problemas, e é evidente que eles existem, o Parlamento brasileiro vem atuando de forma independente e altiva na atual legislatura, ao contrário do que se via especialmente durante o governo Lula. A posição subalterna do Legislativo em relação aos desmandos do Executivo federal, que apostou na corrupção desbragada do mensalão e do petrolão para cooptar parlamentares, deu lugar a uma postura mais combativa e comprometida com os interesses da população, e não do governo de turno. O Parlamento não está mais de joelhos diante da Presidência da República – e isso pode ser ruim para o PT, mas é salutar para a democracia brasileira.

Como se não bastasse o esgoto a céu aberto trazido à tona pela Operação Lava Jato, com o assalto à Petrobras e as ramificações criminosas no setor elétrico que agora vieram à luz, o descalabro e a incapacidade dos governos do PT arrastaram a economia brasileira para o atoleiro em que se encontra. A alteração feita pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s, reduzindo a perspectiva do Brasil de neutra para negativa, sinaliza um iminente rebaixamento do grau de investimento – espécie de “selo” de bom pagador do país – e é apenas mais uma má notícia entre as inúmeras que se acumulam nos últimos tempos.

Em julho, o IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial, ultrapassou os 9% no acumulado de 12 meses pela primeira vez em 12 anos. A mais nova previsão para o PIB de 2015 indica uma retração de 1,76%, o que configuraria recessão. Além disso, o dólar chegou a bater em R$ 3,44 nesta semana, alcançando o maior valor desde 2003. O desemprego também segue em alta: 8,1% no trimestre encerrado em maio, segundo o IBGE – de abril a junho, foram cortadas mais de 315 mil vagas de trabalho com carteira assinada. Para completar o quadro desastroso, a renda média mensal das famílias de janeiro a maio encolheu 6,2% em um ano, segundo estudo da consultoria “Tendências”.

Com uma presidente enfraquecida e encastelada no Palácio do Planalto, sem apoio político no Congresso e rejeitada por nove em cada dez brasileiros, caminhamos rumo à ingovernabilidade – e não há país que suporte ficar sem governo, sem comando, à mercê da crise e dos acontecimentos. É inegável que o impeachment, desejado por 63% da população de acordo com a recente pesquisa CNT/MDA, voltou à pauta nacional.

Instrumento legítimo e próprio das democracias, o impeachment está previsto na Constituição, é regulamentado por lei e já foi utilizado para afastar o hoje aliado petista Fernando Collor, em 1992, em meio à corrupção desenfreada em seu governo – na ocasião, Lula e o PT não disseram se tratar de um “golpe” e apoiaram com entusiasmo o impedimento do presidente. Tal intervenção constitucional não deve ser compreendida como um mero desejo de quem quer que seja, mas pode se impor novamente como alternativa para superarmos a crise. Se chegarmos a tanto, caberá ao Legislativo cumprir sua função institucional com a soberania e a autoridade política próprias de um Poder que já cortou na própria carne sempre que necessário, cassando mandatos de deputados envolvidos em escândalos e até do presidente da Câmara em passado recente.

Enquanto o país aguarda a decisão do Tribunal de Contas da União sobre as contas do governo de Dilma Rousseff, que podem ser rejeitadas em decorrência das criminosas “pedaladas fiscais”, e às vésperas das manifestações de rua programadas em todo o Brasil para o dia 16 de agosto, vivemos um momento crucial. A crise é grave, mas existem caminhos para que a superemos sem qualquer trauma institucional. A busca pela melhor solução deve zelar pelo respeito à democracia, pelo estrito cumprimento das leis e pela obediência à Constituição. A saída é pelo Congresso.

Por Roberto Freire*

Roberto Freire é deputado federal por São Paulo e presidente nacional do PPS

Fonte: Assessoria PPS


Jordy quer movimento suprapartidário para defender condução da operação Lava Jato

"Apoio à operação é tarefa da democracia e da cidadania neste momento", diz.

O vice-líder do PPS na Câmara, deputado Arnaldo Jordy (PA), defendeu, nesta terça-feira (28), que parlamentares de todos os partidos façam um movimento em defesa da operação Lava Jato, do juiz Sérgio Moro e do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “Essa é a tarefa da democracia e da cidadania neste momento”, justificou.

Para Jordy, as instituições democráticas, a opinião pública e as pessoas de bem, “independente de matizes de qualquer natureza”, devem empenhar apoio ao trabalho desenvolvido por Moro e Janot. “Trabalho que vem sofrendo ataques de gente poderosíssima e é preciso arregimentar pessoas e instituições na sua defesa”, afirmou.

Jordy adiantou que proporá à bancada do PPS, na próxima semana, que procure outros parceiros para, juntos, elaborarem uma nota de apoio à condução da operação. “Deve ser uma representação suprapartidária, de parlamentares de diversos partidos, se empenhando em defender as investigações”.

Jordy acredita que um documento elaborado por esses representantes deve ser entregue a Moro e Janot, “pela condução firme, democrática, cidadã que eles estão dando à operação, doa a quem doer”. Para o deputado, a Lava Jato corre riscos “pois mexe com muita coisa e muita gente poderosa, ainda mais agora, com a ameaça de prisão do Lula”.

Segundo o vice-líder do PPS, “estão jogando pesado para desqualificar a operação”. Jordy lembrou que a presidente Dilma Rousseff chegou a culpar a Lava Jato pela queda do PIB em 1%.

O deputado lembrou ainda que o vice-presidente Michel Temer está operando para tentar pacificar a guerra entre PT e PMDB, com o entendimento de que tanto o governo, quanto Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, quanto o PMDB têm um inimigo em comum, que é a operação que investiga a corrupção na Petrobras. “Isso está combinado com esse esquema das empreiteiras, claro”.

Ao reforçar a tese de que há uma orquestração contra a Lava Jato, Jordy salientou que os advogados das empreiteiras estão fazendo um movimento para boicotar a operação. Lembrou ainda que Cunha está tentando levar o caso para o Supremo Tribunal Federal, tirando-o da alçada da Justiça Federal do Paraná.

“O (presidente do Senado) Renan Calheiros (PMDB-AL) já está dizendo que o Senado não aprovará o nome de Rodrigo Janot, se ele for indicado para recondução ao cargo de procurador-geral da República”, ressaltou Jordy.

Fonte: Assessoria PPS


No Paraná, partido lança PPS Jovem em Fazenda Rio Grande

O PPS do município de Fazenda Rio Grande, no Paraná, lança na próxima sexta-feira (31/03), às 19 horas, o PPS Jovem. O evento acontece no Zé Branco, que fica na Rua Carlos Eduardo Nichele, 1218, bairro Pioneiros. O novo núcleo pretende mobilizar a juventude da cidade a se envolver na discussão política e atrair novos filiados para o partido. O evento contará com a presença do presidente municipal da legenda José Roberto Zanchi.

Fonte: Assessoria PPS-PR


Angra 3: Líder do PPS cobra aprovação de auditoria do TCU em contratos

O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), vai cobrar na próxima semana na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle a aprovação de proposta de sua autoria que prevê a realização pelo Tribunal de Contas da União (TCU) de uma auditoria contábil, financeira, orçamentária e operacional nos contratos para a construção da Usina Nuclear de Angra 3. Um esquema de corrupção na obra é alvo da nova fase da operação Lava Jato deflagrada nesta terça-feira e que resultou na prisão do presidente licenciado da Eletronuclear, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, acusado de receber R$ 4,5 milhões em propina.

“Os contratos de Angra 3 merecem uma profunda auditoria do TCU. Agora entendemos as razões de a estimativa de gastos, que em 2008, quando do lançamento do projeto, era de R$ 7,2 bilhões, ter saltado para o dobro do valor: R$ 14,9 bilhões”, afirma Rubens Bueno.

Para o líder do PPS, as investigações da operação Lava Jato mostram que a corrupção contaminou todo o governo comandado pelo PT. “Para onde se olha há uma suspeita, uma denúncia, um esquema de corrupção e pagamento de propina. Essa irresponsabilidade do ex-presidente Lula e da presidente Dilma levou ao ponto em que chegamos, contaminando a economia e afundando o país na crise. E agora Dilma ainda tem a coragem de dizer que a Lava Jato derrubou o PIB. É muita desfaçatez”, disparou o deputado.

As irregularidade em Angra 3 foram apontadas nas delegações de Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa, e do dono da UTC, Ricardo Pessoa, que revelou à Força Tarefa da Operação Lava Jato que a negociação do contrato de construção da usina serviu para que o diretor da estatal, Valter Cardeal, cobrasse do consórcio de construtoras “doação” à campanha petista do ano passado. Entre as empreiteiras que atuam na obra estão a Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Engevix e UTC Engenharia.

A proposta de fiscalização e controle que pede auditoria do TCU nos contratos foi apresentada pelo líder do PPS no último dia 13 de julho e precisa ser votada pela comissão da Câmara, antes de ser encaminhada para o TCU.

Na CPI

Já a deputada Eliziane Gama (PPS-MA) apresentou requerimento na CPI da Petrobras pedindo a convocação do diretor da Eletrobrás, Valter Cardeal. Ela defende que a comissão aprove logo os pedidos de convocação e amplie sua investigação.

Fonte: Assessoria do PPS


Que futebol, que nada! O Brasil é o país do handebol!

Que futebol, que nada! O Brasil é o país do handebol! Enquanto o futebol enfrenta a maior crise da nossa história dentro e fora do campo, com a vergonha da última Copa e escândalos de corrupção na CBF e na Fifa, o vôlei perde o ouro masculino e feminino no Pan e o basquete tenta ressurgir aos trancos e barrancos, o esporte coletivo que mantém o Brasil no topo continental e mundial é mesmo o handebol.

No Panamericano de Toronto, encerrado neste fim-de-semana, a seleção brasileira feminina de handebol, atual campeã mundial da categoria, confirmou o favoritismo e conquistou a medalha de ouro pela quinta vez consecutiva, enquanto a seleção masculina surpreendeu e venceu a Argentina na prorrogação, reconquistando agora no Canadá o 1º lugar do continente, que havia perdido para o principal adversário há quatro anos, em Guadalajara, no México.

O #ProgramaDiferente, da TVFAP.net, apostando no sucesso do esporte, recebeu na semana passada, antes da dupla conquista do ouro neste fim-de-semana, o novo presidente da Federação Paulista de Handebol, Celso Gabriel; o atleta da seleção brasileira Guilherme Valadão, que começou a jogar como estudante na região do ABC paulista e hoje atua em um dos melhores times do mundo, na Espanha; e o ex-atleta da seleção brasileira Paulo Moratore, com duas Olimpíadas no currículo (Barcelona 92 e Atlanta 96).

Acompanhe o bate-papo sobre a situação do handebol brasileiro, os planos e objetivos para o futuro, os sonhos de atletas e dirigentes, e problemas como falta de patrocínio e de cobertura da imprensa, que ainda prejudicam o desenvolvimento do esporte, apesar do sucesso, do talento dos atletas e das conquistas expressivas dentro das quadras. Assista.


Folha: Acusação narra cooptação de empregados da Petrobras

Odebrecht teve informação privilegiada e elevou contratos, diz Procuradoria. Na denúncia contra a empresa, procuradores descrevem manobras suspeitas em obras que somam R$ 12,6 bilhões.

 

GRACILIANO ROCHA
DE SÃO PAULO

Na denúncia contra Marcelo Odebrecht e executivos de sua empresa, apresentada na sexta (24), o Ministério Público Federal afirma que a maior empreiteira do país cooptou funcionários da Petrobras, por meio de suborno, para fraudar concorrências e ganhar três das dez maiores obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), no valor total de R$ 12,6 bilhões.

A narrativa dos procuradores acusa a Odebrecht de obter informações privilegiadas e elevar artificialmente o valor de contratos por meio de manobras suspeitas no Comperj (Complexo Petroquímico do Rio) e nas refinarias de Abreu e Lima (Rnest, PE) e Getúlio Vargas (Repar, PR).

Acionista e mais alto executivo do conglomerado, Marcelo Odebrecht é descrito pela acusação como alguém que tinha conhecimento e mandava diretores da companhia a corromper.

Nestes projetos, acusa o Ministério Público Federal, a propina a dirigentes da estatal e a operadores do PT, do PMDB e do PP teria alcançado de R$ 377 milhões –parte supostamente depositada por um intricado sistema de contas secretas no exterior.

Na licitação do Paraná, 22 empresas –das quais 15 suspeitas de integrar o cartel– apresentaram propostas. A menor, do consórcio Conpar (Odebrecht, UTC e OAS), era de R$ 2,27 bilhões. Como estava 43% acima da estimativa inicial da Petrobras, o certame foi suspenso.

Contrariando a orientação do jurídico da estatal pela abertura de nova licitação, a Petrobras reviu para cima sua estimativa inicial e o então gerente de serviços Pedro Barusco, hoje um dos delatores da Operação Lava Jato, conduziu uma negociação direta com o consórcio.

O contrato foi assinado em R$ 1,82 bilhões em 2007 com cláusulas consideradas lesivas pelo departamento jurídico, como a obrigação da Petrobras de indenizar o consórcio da Odebrecht por paralisações em dias de chuva.

Entre 2008 e 2012, o então diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, outro que admitiu o recebimento de propina em troca de redução de pena, assinou 12 aditivos que elevaram o valor da obra para R$ 2,29 bilhões –praticamente o mesmo valor da proposta que gerou o cancelamento da licitação.

Em troca, diz a Procuradoria, houve pagamento de R$ 70 milhões para Costa, Barusco e para o então diretor de Serviços Renato Duque.

COMPERJ

Obra mais cara do PAC, o Comperj custa hoje 2,5 vezes mais do que o originalmente previsto. Consórcios liderados pela Odebrecht levaram contratos de R$ 5,69 bilhões. A Procuradoria diz que suborno alcançou R$ 167 milhões.

O maior contrato, o do ciclo de águas e utilidades (R$ 3,82 bilhões), foi obtido sem licitação e com indícios de vazamento de informações privilegiadas, acusa o órgão.

Sob a alegação de urgência, a licitação da obra foi dispensada e o consórcio TUC (Odebrecht, UTC e PPI) apresentou proposta inicial de R$ 4 bilhões em novembro de 2011. Um mês depois, baixou para R$ 3,82 bilhões, praticamente empatando com a estimativa sigilosa da estatal.

Antes do início da negociação com a Petrobras, um e-mail do executivo Rogério Araújo, da Odebrecht, sugeria que Paulo Roberto Costa pressionava outras empreiteiras a se unir à Odebrecht. Para a Procuradoria, é um indício da cooptação de Costa.

Numa das obras de Abreu e Lima, segundo os procuradores, Odebrecht apresentou uma proposta que superava em 19,9% o valor da estimativa da Petrobras.

Outros consórcios, suspeitos de integrar cartel de empreiteiras, foram desclassificados por preços acima do teto de 20% sobre a estimativa.

Fonte: Folha de S. Paulo


Folha: Dólar volta a subir e se mantém no maior valor em mais de 12 anos

SÃO PAULO - Sinais de desaceleração da economia chinesa intensificaram o clima de aversão ao risco entre os investidores nesta segunda-feira (27), derrubando as Bolsas globais e pressionando a cotação do dólar para cima. Internamente, a preocupação com o quadro político e econômico do Brasil eleva o grau de tensão no mercado.

Às 12h30 (de Brasília), o dólar à vista, referência no mercado financeiro, tinha valorização de 0,44% sobre o real, cotado em R$ 3,356 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial, usado no comércio exterior, subia 0,29%, para R$ 3,358. Ambos estão no maior valor nominal desde março de 2003.

No mercado de ações, o principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa, caía 0,20%, para 49.145 pontos. O volume financeiro girava em torno de R$ 1,8 bilhão. O mau humor também era visto em Nova York, onde o S&P 500 tinha baixa de 0,26%, enquanto Dow Jones recuava 0,61% e o Nasdaq, 0,64%.

As Bolsas europeias operavam no vermelho, com quedas de mais de 1%. Analistas enxergam o movimento como reflexo do tombo de 8,48% do mercado de ações de Xangai nesta segunda, a maior baixa diária nos últimos oito anos.

"A forte queda da Bolsa chinesa trouxe a preocupação de um 'pouso forçado' da China [segunda maior economia do mundo], que levou os preços das commodities para baixo e provocou a desvalorização das moedas latino-americanas", afirma Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil.

Os preços do petróleo caíam mais de 1% no exterior às 12h30 (de Brasília). Com isso, as ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas e sem direito a voto, cediam 1,59%, para R$ 9,88.

Investidores também aguardam as deliberações da reunião do conselho de administração da estatal na última sexta-feira.

Em sentido oposto, o preço do minério de ferro subiu 1,4% na China nesta sessão, para US$ 51,40 por tonelada. Assim, a ação preferencial da Vale ganhava 3,20%, para R$ 14,48. A China é o principal destino das exportações da mineradora brasileira.

No setor bancário, segmento com maior peso dentro do Ibovespa, o avanço de Bradesco (+0,82%) e Banco do Brasil (+3,62%) amenizava a queda do índice. Já o Itaú Unibanco via suas ações caírem 0,24%.

A Secretaria do Tesouro Nacional comunicou em nota que a venda de ações do BB que estavam na carteira do Fundo Soberano atingiu 5,63 milhões de papéis e foi encerrada em 15 de julho. O preço médio de venda foi de R$ 23,84 por ativo, totalizando R$ 134 milhões.

JUROS

O dado melhor que o esperado das encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos reforçou a visão de que a economia americana segue no caminho de recuperação, o que abre espaço para o Federal Reserve (banco central americano) começar a subir a taxa básica de juros. As encomendas de bens duráveis nos EUA subiram 3,4% em junho, ante expectativa de alta de 2,7%.

O aperto monetário americano deixaria os títulos do Tesouro dos EUA –que são remunerados por essa taxa e considerados de baixíssimo risco– mais atraentes do que aplicações em emergentes como o Brasil, provocando uma saída de recursos dessas economias. Com a menor oferta de dólares, a cotação da moeda americana seria pressionada para cima.

Mesmo com a recente escalada do dólar, o Banco Central manteve o ritmo de rolagem do lote de US$ 10,675 bilhões em swaps cambiais que vencem em agosto e renovou nesta segunda-feira mais 6.000 contratos. A operação equivale a uma venda de dólar no mercado futuro.

O mercado, contudo, já começa a cogitar a possibilidade de o BC aumentar o volume de rolagem no próximo mês para tentar amenizar o movimento de alta do dólar frente ao real.

Para Rostagno, o BC segue na estratégia de diminuir a intervenção no mercado de câmbio e reduzir o estoque de US$ 108,182 bilhões em swaps cambiais, que tem um custo fiscal elevado. "Se eventualmente o Brasil ficar mais próximo de perder o grau de investimento, acho que o BC pode aumentar as intervenções", afirmou.

A recente alta do dólar reforçou as apostas de que o BC deverá manter o ritmo de alta de juros na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), cuja decisão será anunciada na quarta-feira (29).

O Boletim Focus, divulgado nesta manhã, mostrou uma mudança das apostas para a taxa Selic (juro básico) no fim deste ano. A mediana das projeções passou de 14,50% para 14,25% ao ano. Já a mediana da projeção para o IPCA (índice oficial de inflação) subiu de 9,15% para 9,23% em 2015 e ficou estável em 5,40% para 2016.

Fonte: Folha Online


"Avós do Brasil": celebrando o "Dia dos Avós", com a "voz do Brasil" aumentando o tom do "Fora Dilma", o trocadilho foi inevitável!

No #ProgramaDiferente deste domingo, 26 de julho, "Dia dos Avós", quando "a voz do Brasil" aumenta o tom do "Fora Dilma", o trocadilho foi inevitável. Fora a presidente Dilma Roussef, outros avós e netos famosos da política foram lembrados: Tancredo e Aécio Neves, Miguel Arraes e Eduardo Campos, Mario Covas e Bruno Covas, Antonio Carlos Magalhães e ACM Neto, e até Fernando Collor, neto de Lindolfo Collor, que foi ministro de Getúlio Vargas.

Aliás, Getúlio também é lembrado no programa de hoje, quando o jornalista Luiz Carlos Azedo faz uma análise da situação do governo Dilma e antecipa a chegada de agosto, associado com mau agouro e desgosto na política.

Agosto foi o mês do suicídio de Vargas, da renúncia de Jânio, da morte de JK, do acidente de Eduardo Campos e, antes, também da morte do seu avô, Miguel Arraes. Agosto foi ainda o mês em que a população vestiu roupas pretas contra Collor, antecipando o seu impeachment. Será um presságio para Dilma?

A entrevista é com Xico Graziano, um jovem avô, observador político privilegiado e homem de confiança do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o mais vivido dos tucanos, incrivelmente lúcido e sábio do alto de seus 84 anos.

No final do programa, um "olhar diferente" sobre o tema Alzheimer, com uma história fantástica e emocionante do neto que abandonou estudo e emprego para cuidar da avó doente. O resultado foi o perfil Vovó Nilva no Facebook e o livro "Quem, Eu? - Uma avó, um neto, uma lição de vida".

Ouvindo a voz que une mães e filhos, netos e avós, assista mais um #ProgramaDiferente, exibido na TVAberta de São Paulo todos os domingos, às 21h30.

Na internet, está disponível na TVFAP.net e em programadiferente.com na íntegra. Assista.

O Globo: Dólar ultrapassa barreira dos R$ 3,20 com pressão do cenário político

SÃO PAULO - O cenário político continua a ser um fator predominante nos mercados financeiros no Brasil, e a tensão entre Executivo e Legislativo pressiona a cotação do dólar comercial, que opera em alta nesta segunda-feira. Às 12h29, a moeda americana era cotada a R$ 3,210 na compra e a R$ 3,212 na venda, alta de 0,60% ante o real. Já na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o índice de referência registra queda de 0,60%, aos 52.025 pontos.

A moeda americana vinha sendo negociada na faixa entre R$ 3,10 e R$ 3,20. Subindo quando caía abaixo desse piso e recuando quando batia nos R$ 3,20. No entanto, com os dados fracos da economia, possibilidade de aumento de juros nos Estados Unidos e o acirramento da tensão política no Brasil, a divisa dá sinais de que pode buscar um novo patamar, mesmo que a alta não seja acentuada.

Segundo analistas, é forte a preocupação de que a queda de braço entre o governo e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), possa dificultar ainda mais a aprovação das medidas de ajuste fiscal. Além disso, é esperado que o Congresso Nacional passe a aprovar ainda mais medidas contrárias ao governo Dilma Rousseff. “O pacote de retaliações ao governo deve se estender à CPI da Petrobras, sob controle de um deputado da tropa de choque de Cunha. Nesse cenário de extrema gravidade não há como pretender calmaria nos mercados locais para os próximos dias e semanas. A pressão sobre o dólar deverá ter continuidade em detrimento ao mercado acionário”, afirmou, em relatório, o analista Ricardo Gomes da Silva, da Correparti Corretora de Câmbio.

No mercado externo, o “dollar index”, calculado pela Bloomberg e que leva em conta o comportamento do dólar ante uma cesta de dez moedas, está praticamente estável, com leve variação negativa de 0,03%. Os investidores também estão de olho na retomada do mercado bancário na Grécia e nos indicadores de atividade dos Estados Unidos e China que devem ser divulgados ao longo da semana.

— A agenda lá fora está relativamente esvaziada e adicionalmente a Grécia volta a viver um período de normalidade bancária e a China vem com o terceiro pregão de alta diante das ações do governo para conter o pânico no mercado acionário — avaliou Marco Aurélio Barbosa, estrategista da CM Capital Markets.

Petrobras Faz Bolsa Cair

Na Bovespa, as ações da Petrobras operam em queda acentuada. Os papéis preferenciais (PNs, sem direito a voto) da estatal registram recuo de 2,36%, cotados a R$ 11,13. Os ordinários recuam 2,77%, a R$ 12,27. Ari Santos, gerente de renda variável da corretora H.Commcor, lembra que nesta segunda-feira ocorre o vencimento de opções, o que adiciona volatilidade aos negócios.

— Mas o ambiente não está bom. Além da questão política e da situação se resolvendo na Grécia, as expectativas econômicas continuam ruins, como mostrou o boletim Focus — disse.

Os bancos, que possuem o maior peso na composição do Ibovespa, também operam em queda. As ações do Itaú e do Bradesco registram recuo de, respectivamente, 0,28% e 1,04%. Já os papéis do Banco do Brasil têm queda de 1,01%.

No caso da Gol, a queda é de 3,77%, uma das maiores do índice. Pela manhã, a TAM divulgou que vai reduzir as operações no mercado local devido ao cenário de recessão. Os recibos de ações (ADRs) da Latam negociados em Nova York operam com desvalorização de 0,72%. A alta do dólar é outro fator que afeta o resultado das companhias aéreas.

No mercado acionário externos, os principais indicadores operam em alta. Nos Estados Unidos, Dow Jones tem alta de 015% e o S&P 500 registra leve avanço de 0,10%. O DAX, de Frankfurt, sobe 0,67% e o CAC 40, da Bolsa de Paris, tem valorização de 0,34%. Em Londres, o FTSE 100 sobe 0,21%.

Fonte: O Globo


Valor: PPS vai pedir acareação entre Cunha e delator na CPI da Petrobras

BRASÍLIA  -  O PPS quer que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e Júlio Camargo , um dos delatores do caso investigado pela Operação Lava-Jato, participem de uma acareação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura irregularidades em contratos da Petrobras.

Camargo disse que Cunha cobrou US$ 5 milhões em propina em um contrato de navios-sonda da Petrobras. O pemedebista nega.

A deputada federal Eliziane Gama (PPS-MA) vai protocolar, na segunda-feira, o pedido para que os dois, juntos, compareçam à CPI para que as diferentes versões sejam confrontadas.

Cunha diz que Camargo foi pressionado a acusá-lo. Por causa disso, o presidente da Câmara anunciou hoje que rompeu com o governo e passou a ser de oposição.

Fonte: Valor Econômico


Líder: CPIs do BNDES e Fundos de Pensão fecham cerco contra a corrupção

Aprofundamento das investigações sobre o tráfico de influência de agentes públicos e políticos nas empresas estatais e o aparelhamento do sistema de previdência complementar no País fecham o cerco contra corrupção no governo petista

Read more


#ProgramaDiferente: do empresário que "invadiu" Las Vegas ao líder sem-teto que ocupa São Paulo, sem perder o olhar da Sustentabilidade

O #ProgramaDiferente desta semana é cheio de contrastes: entrevista tanto o empresário bem sucedido que "invadiu" Las Vegas até o líder do movimento de moradia que faz das ocupações a sua arma política, além de ouvir a seringueira do Acre que se tornou referência mundial da Sustentabilidade. Assista.

O fato é que a diferença gritante entre Ciro Batelli, Guilherme Boulos e Marina Silva mostra o tamanho da riqueza e da diversidade do Brasil, com todas as suas desigualdades, diferentes sonhos e realidades.

Do defensor dos cassinos e vice-presidente do Caesars Palace ao líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, passando pela mulher alfabetizada aos 16 anos que se tornou sumidade internacional, a distância é abissal.

Mas a História do Brasil é feita de contrastes e a política é o espaço legítimo e democrático para a mediação de conflitos, a garantia de direitos e a busca de justiça social.

Por isso o programa reúne estes três exemplos de lideranças brasileiras bem sucedidas, cada uma com origens e trajetórias bem distintas, mas todas elas com atuação dentro das regras do Estado de Direito, respeitando os princípios da República e da Democracia.

A entrevista com Ciro Batelli mostra o ponto de vista empresarial de um homem vivido, com uma perspectiva global do capitalismo e a experiência de quem fez sucesso nos Estados Unidos, voltado principalmente para a área do entretenimento e do turismo.

A matéria sobre o lançamento do livro de Guilherme Boulos, do MTST, apresenta, por outro lado, uma nova liderança que surge à esquerda, num momento em que o PT está em crise e, com o insucesso do governo Dilma, reacende no Brasil uma resistência conservadora e reacionária de direita que estava adormecida há muito tempo.

Para fechar o programa da semana, Marina Silva, certamente a maior liderança política surgida nos últimos anos fora da polarização entre PT e PSDB, fala sobre os desafios do desenvolvimento sustentável, os retrocessos da agenda ambiental e as demandas das grandes cidades.

Assista também a íntegra das entrevistas exclusivas com Ciro Batelli, Guilherme Boulos, Marina Silva e, ainda, aíntegra da palestra da ex-senadora sobre Sustentabilidade.

O #ProgramaDiferente é exibido na TVAberta de São Paulo todos os domingos, às 21h30.

Na internet, está disponível na TVFAP.net e em programadiferente.com na íntegra.