O que pode e o que não pode na pré-campanha: Advogado explica regras das eleições 2024

Comunicação FAP

O advogado Marcelo Nunes, especialista em Direito Eleitoral, vai explicar, na próxima terça-feira (30/4), a partir das 19 horas, o que pode e o que não pode na pré-campanha das eleições 2024. Ele ministrará a terceira aula do segundo módulo do Curso Online para Candidatos e Assessores, realizado pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em parceria com o Cidadania23.

Ex-prefeito de Vitória (ES) por dois mandatos consecutivos, o presidente do Conselho Curador da FAP, médico Luciano Rezende, vai realizar a mediação da aula.

https://www.youtube.com/live/H8FWDHKPyRk?si=4hBkMHnXSTyUicLz

Para mais informações sobre o Curso Online para Candidatos e Assessores, entre em contato com a FAP, das 9h às 18h, por ligação ou WhatsApp no seguinte número: 61983305338. As inscrições continuam abertas (Clique no link ao final do texto).

Permitido ou proibido

A seguir, confira algumas condutas proibidas e permitidas na campanha, listadas entre as regras a serem abordadas pelo especialista durante o curso.

Três ações que são permitidas durante a pré-campanha:

1 - É permitido o uso de adesivos por pré-candidato na pré-campanha, desde que não tenha pedido expresso de voto. O pedido explícito de voto não se limita ao uso da locução “vote em”, podendo ser inferido de termos e expressões que transmitam o mesmo conteúdo. Os adesivos podem ser feitos com os seguintes limites: a) adesivos microperfurados até a extensão total do para-brisa traseiro e b) em outras posições, adesivos que não excedam a 0,5m² (meio metro quadrado). A veiculação de propaganda eleitoral em bens particulares deve ser espontânea e gratuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento em troca de espaço para essa finalidade.

2 - É permitido o impulsionamento de conteúdo positivo durante a pré-campanha quando cumpridos cumulativamente os seguintes requisitos: I- o serviço seja contratado por partido político ou pela pessoa natural que pretenda se candidatar diretamente com o provedor de aplicação; II- não haja pedido explícito de voto; III- os gastos sejam moderados, proporcionais e transparentes; IV-sejam observadas as regras aplicáveis ao impulsionamento durante a campanha.

3 - É permitido gastos moderados, proporcionais e transparentes, na pré-campanha, para realizar atos que são permitidos na campanha eleitoral, como por exemplo: a confecção bandeiras, adesivo plástico em automóveis, caminhões, bicicletas, motocicletas e janelas residenciais, desde que não exceda a 0,5m2 (meio metro quadrado), impulsionamento das redes sociais, devendo ser observadas as restrições que são impostas no período eleitoral. Todo material impresso de campanha ou da pré-campanha eleitoral deverá conter o número de inscrição no CNPJ ou o número de inscrição no CPF da pessoa responsável pela confecção, bem como de quem a contratou, e a respectiva tiragem.

Três ações vedadas na pré-campanha:

1 - É vedada a distribuição de brindes na pré-campanha, mesmo que não haja pedido de voto nos brindes.

2 - É vedado o uso de outdoor com viés eleitoral, inclusive eletrônicos, com finalidade de promover pré-candidatura. A extrapolação do limite de tamanho da propaganda, que a legislação autoriza, irá equiparar a propaganda ao uso de outdoor, sendo que neste caso o pré-candidato será multado, com multa mínima de R$5.000,00. A justaposição de propaganda cuja dimensão exceda a 0,5m²(meio metro quadrado), ainda que a exibição seja transitória, caracteriza publicidade irregular, em razão do efeito visual único, ainda que se tenha respeitado, individualmente, o limite de revisto de 0,5m² (meio metro quadrado). A veiculação de propaganda por meio de outdoor contendo nome de candidato, sem mencionar circunstâncias eleitorais, não é considerada propaganda eleitoral, mas ato de mera promoção pessoal.

3 - É vedado impulsionamento de propaganda negativa na internet. O impulsionamento de conteúdo na internet somente é admitido para o fim de promover ou beneficiar candidatas e candidatos ou suas agremiações (art. 57-C, § 3º, da Lei nº 9.54/1997), sem a possibilidade, portanto, de amplificação de alcance em propaganda crítica ou negativa contra adversários.

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O Curso

O curso é ministrado na modalidade de formação continuada, por meio da sala virtual do Zoom. O link é enviado diretamente para a turma antes de cada aula. Os interessados ainda podem se inscrever no site da entidade, gratuitamente.

As aulas são ministradas às terças-feiras, a partir das 19 horas, e todas ficam disponíveis para acesso ilimitado no canal da fundação no Youtube. Será enviado certificado para todos as pessoas concluintes do curso de formação política.

O primeiro módulo do Curso Online para Candidatos e Assessores foi realizado de setembro a dezembro de 2023.

Em caso de dúvida, entre em contato com a FAP, das 9h às 18h, por ligação ou WhatsApp no seguinte número: 61983305338

É o quarto curso de capacitação focado em formação política realizado pela FAP.


A segunda parte da longa jornada do Partidão em busca da democracia

Daniel Costa*

Após o lançamento do primeiro volume escrito pelo jornalista Carlos Marchi em 2022, a Fundação Astrojildo Pereira (FAP) traz, para o público especializado ou não, o segundo volume do livro Longa jornada até a democracia - Os 100 anos do partidão (1922-2022), escrito pelo jornalista e escritor Eumano Silva, também coautor do vencedor do Prêmio Jabuti, “Operação Araguaia”. O volume aborda a trajetória do PCB (Partido Comunista Brasileiro) do IV Congresso, realizado em 1967 até 1992, momento em que os líderes da sigla estiveram sintonizados com os ventos de mudança ocorrido no leste europeu e foram inspirados pelo processo que culminaria na transformação do PCI (Partido Comunista Italiano) em PDS (Partido Democrático da Esquerda).

É nesse conturbado cenário que o grupo majoritário do partido opta pela mudança da sua linha política, deixando de lado os símbolos da foice e do martelo, o léxico revolucionário, passando a adotar a sigla PPS (Partido Popular Socialista).

Fruto de uma longa e densa pesquisa, Eumano Silva mostra, ao longo de 844 páginas, os tortuosos caminhos do Partidão no processo de enfrentamento à ditadura civil-militar implantada em 1964. O livro ainda aborda o processo de luta pela anistia e redemocratização, a relação do PCB com o novo sindicalismo surgido no ABC paulista no final da década de 1970, o surgimento do Partido dos Trabalhadores, agremiação que, apesar das afinidades ideológicas, seria um dos causadores (não o único) do eclipse do Partidão e, claro, as próprias crises e embates internos entre as diferentes concepções partidárias e estratégias e táticas políticas.

Nós, historiadores, geralmente, encaramos livros como o escrito por Eumano Silva com certo ceticismo acerca de possíveis qualidades, seja pela construção da narrativa do fato histórico, pelo enquadramento dos personagens seja por outras questões que são caras ao métier historiográfico. Porém, dado o rigor analítico, a diversidade dos personagens entrevistados, o denso embasamento bibliográfico e a farta pesquisa documental, arrisco dizer que, desde seu lançamento, ao lado do primeiro volume, a obra se torna referência para aqueles que desejam compreender não somente os tortuosos caminhos daquela que fora a grande referência para a esquerda brasileira até o surgimento do Partido dos Trabalhadores, mas também os caminhos e descaminhos da nossa democracia.

Como ressalta o jornalista Luiz Carlos azedo, responsável pela orelha do livro, “o PCB sobreviveu por sua política. Eumano Silva, por meio de documentos, depoimentos e pesquisas bibliográficas, reconstitui a trajetória desses heróis quase anônimos da luta contra a ditadura, muitos dos quais foram sequestrados, presos e barbaramente torturados. Poucos membros do Comitê Central permaneceram no país, mesmo caçados vivos ou mortos”.

Em um partido com oitenta anos de trajetória, considerando o período entre 1922 e 1992, as disputas internas seriam algo constante, em momentos extremos, causando inclusive rupturas - cabe destacar que, para pesquisadores dedicados à trajetória da agremiação comunista, a riqueza dos debates internos seria o motor para a formulação de políticas que daria relevância ao Partidão ao longo de sua existência. Tratar principalmente de rupturas em organismos coletivos nem sempre é uma tarefa fácil, geralmente opta-se em contar apenas a versão do lado vencedor, e aqui temos mais um mérito para destacar na obra, assim como ressaltar a postura do autor e da própria Fundação Astrojildo Pereira.

A pluralidade fica latente ao verificar a diversidade de personagens entrevistados para a construção da narrativa. Assim, o leitor terá a oportunidade de travar contato com a visão de figuras ligadas ao atual Cidadania, como o sindicalista paulista Davi Zaia; o historiador e jornalista Ivan Alves filho; o já citado Luiz Carlos Azedo e o ex-presidente do Cidadania Roberto Freire, um dos principais nomes do partido após o processo de mudança de nome e concepção, que ficaria a frente da sigla até 2023, quando foi substituído pelo professor Comte Bittencourt.

São ouvidos ainda personagens como José Genoíno, ex-integrante do PCdoB, que chegou a participar da guerrilha do Araguaia e hoje segue militando no PT, e Frei Chico, destacado militante do PCB paulista nos anos 1970 e irmão do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A diversidade de entrevistados abarca ainda personagens como o sindicalista carioca Ivan Pinheiro, uma das lideranças ao lado de Horácio Macedo, do grupo que se opunha ao processo ocorrido em 1992, que passaria a ocupar o cargo de secretário-geral do PCB “reconstruído” e em 2023 seria um dos articuladores de uma nova ruptura à esquerda dentro da pequena agremiação.

Por fim, em relação à diversidade de personagens ouvidos por Eumano, ainda podemos destacar nomes como a historiadora Marly Vianna, próxima do grupo prestista; o cientista político Marco Aurélio Nogueira, próximo do grupo de Armênio Guedes; José Salles; Florestan Fernandes Júnior; Mauro Malin, Marcelo Cerqueira e o ex-governador do Rio de Janeiro Wellington Moreira Franco.

Desse modo, percorrendo os 181 capítulos do volume, Eumano apresenta ao leitor fatos de fundamental importância não só para compreender a trajetória do PCB, mas também como funcionava os meandros da repressão ao longo da ditadura civil- militar. Repressão que compreendia desde a tortura realizada nos tenebrosos porões até infiltração de agentes e delatores, como o notório caso do “agente” Carlos e a suposta delação de Severino Theodoro de Mello, tido como figura fundamental na perseguição ao Comitê Central do Partido, resultando na morte de dez integrantes da instância partidária.

Ao longo do segundo volume dessa longa jornada, o autor mostra ainda situações como a descoberta e desmantelamento da gráfica do PCB, responsável pela impressão do jornal “Voz operária”, a operação que resultou na transferência para a Itália do acervo de Astrojildo Pereira, um dos fundadores do partido em 1922. Figuram ainda casos como o tão falado “ouro de Moscou” e a disputa dentro do Comitê Central que culminaria na ruptura de Luiz Carlos Preses no começo da década de 1980.

Apesar do forte ataque sofrido pelos órgãos de repressão ao longo da década de 1970, a linha de atuação política tirada no Congresso realizado em 1967 começa a apresentar resultados. Mesmo sem deter a hegemonia política nas esquerdas e na oposição consentida - algo claramente inviável ‐, as palavras de ordem e bandeiras de luta propostas pelo partido começam a ganhar ressonância na sociedade civil, que passa a incorporar como pauta temas como a anistia, eleições livres e diretas em todos os níveis, liberdade de expressão e organização, constituinte, etc.

Outro fato narrado que mostra a seriedade do autor na condução da narrativa é visto na abordagem da crise ocorrida no Comitê Central em meados da década de 1970 acerca da questão que envolveu o dirigente partidário e possível sucessor de Prestes na condução do CC, José Sales. Não cabe apresentar aqui de forma detalhada o caso, porém, o que fica para o leitor é a capacidade demonstrada por Eumano em ouvir os diferentes personagens envolvidos e as diferentes perspectivas interpretativas. No segundo caso, as biografias do dirigente comunista Luiz Carlos Prestes escrita pelo historiador Daniel Aarão Reis Filho, lançada pela Companhia das Letras e o volume escrito pela também historiadora e filha do cavaleiro da esperança, Anita Prestes, e colocada nas livrarias pela Boitempo são cotejadas pelo jornalista que busca aparar a divergência entre os autores para tecer uma narrativa sóbria do episódio.

Como bem destacou o historiador José Antônio Segatto, responsável pelo prefácio do livro, “o autor - em vez de utilizar, principalmente, a bibliografia existente - valeu-se, em grande medida, da documentação, tanto do PCB (resoluções manifestos, declarações etc.) como as produzidas por órgãos governamentais (muitas delas inéditas, que levantou em arquivos), sobretudo os encarregados da investigação policial e da repressão; muitos desses aparelhos, diga-se, operantes no porão da ditadura do regime ditatorial ou mesmo clandestinos. Além disso, Eumano serviu-se de uma variedade de depoimentos de dirigentes e militantes, alguns com protagonismo proeminente e outros coadjuvantes ou meramente laterais”.

Análise: PCB, da luta armada à defesa da democracia

Carlos Marchi lança livro Longa Jornada até a Democracia, no Rio

Livro Longa Jornada até a Democracia, de Carlos Marchi, será lançado em São Paulo

O jornalista Marcelo Godoy, autor da contracapa da publicação, destaca que o trabalho feito por Eumano, “vai além de iluminar fatos e de servir de olhos do leitor nos lugares onde não podemos estar”. Ainda segundo Godoi, “Eumano redescobre um passado, que nos envolve com seu manto e se dissimula em meio à enganosa normalidade cotidiana do esquecimento de conflitos e caminhos da longa jornada até o presente. Compreender esse conjunto, sem anacronismos, foi o passo seguinte. Lucien Febvre dizia que onde não há problema não há história. Sem ele, há apenas narrações e compilações. Um problema é o começo e o fim da história. Eumano ajuda-nos a compreender o crepúsculo do PCB e resgata a presença do passado e nosso presente sem a qual nenhuma pretensão do sonho democrático seria possível”.

Ao conversar com o autor no lançamento realizado em São Paulo, ele destacou a riqueza e a quantidade de depoimentos de entrevistas realizadas ao longo da pesquisa e que, dada a quantidade e a qualidade de informações, cada entrevista merecia até um novo livro. Fica a dica para a Fundação Astrojildo Pereira para que no futuro pense em tal possibilidade, para continuar contando a História e as histórias daquele que fora um dos principais partidos políticos do Brasil, inclusive no pequeno período em atuou de forma legal, como no período de clandestinidade, mostrando a perspectiva daqueles atores que fizeram essa história.

Por fim, destacamos, novamente, o prefácio escrito por José Antônio Segatto, que, além de saudar o esforço de Eumano, exalta a iniciativa de tratar e mostra a história do partidão em sua fase terminal, “expondo-a na forma de uma extensa reportagem, fornecendo a um público ampliado, com pouco ou nenhum conhecimento do assunto em questão, uma contribuição inédita e significativa para o entendimento de uma das mais importantes instituições da sociedade civil e política (PCB) e de um período histórico-político extremamente sombrio da República brasileira”.

Com a publicação do segundo volume do livro “Longa jornada até a democracia - Os 100 anos do partidão (1922-2022)”, a Fundação Astrojildo Pereira contribui para a memória daquela que foi uma das principais forças de esquerda no país e mostra aos leitores que uma sociedade justa e igualitária só pode ser constituída sob os signos da democracia.

*Daniel Costa é historiador pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e desenvolve na mesma instituição pesquisa de mestrado acerca da corrupção na América portuguesa no período pombalino, especialmente nas capitanias de Pernambuco e Minas ao longo do século XVIII.


Deputado federal Amom Mandel | Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Amom Mandel revela estratégias para candidato vencer as eleições 2024

Comunicação FAP

Líder nas pesquisas para a disputa eleitoral pela prefeitura de Manaus (AM) na eleição de 2024, o deputado federal Amom Mandel, do Cidadania23, o mais jovem da Câmara dos Deputados, com 23 anos, vai mostrar estratégias focadas em se comunicar bem para vencer. Ele ministrará, na terça-feira (23/4), aula sobre o assunto, no segundo módulo do Curso Online para Candidatos e Assessores, realizado pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em parceria com o partido.

Amom ganhou notoriedade nas eleições legislativas de 2022 ao tornar-se o deputado federal mais votado do país, em termos proporcionais. Ele recebeu 288.555 votos, o equivalente a 14,5% de todos os votos válidos do estado do Amazonas. O jovem foi diagnosticado na adolescência com síndrome de Asperger, um transtorno do espectro autista, e viralizou nas redes sociais pela mensagem que transmitiu em seu segundo disponível de propaganda eleitoral na televisão: “Beba água”.

Para mais informações sobre o Curso Online para Candidatos e Assessores, entre em contato com a FAP, das 9h às 18h, por ligação ou WhatsApp no seguinte número: 61983305338. As inscrições continuam abertas. (Clique no link ao final do texto)

Estratégias

A seguir, confira algumas das estratégias do deputado que serão abordadas durante a aula.

Três ações que DEVEM ser praticadas para se comunicar bem e vencer:

- Enxergar as redes sociais como uma arma estratégica para combater a desinformação e as fake news, utilizá-la ao seu favor para democratizar as informações;

- A maior parte das pessoas não quer saber de política na internet. Então, a ação política deve ser transformada em entretenimento, em algo interativo;

- Entender o objetivo de cada rede e considerar suas particularidades ao produzir um conteúdo, principalmente pensando em conteúdos de fundo de funil, para atrair as pessoas e para que elas passem a se envolver com o seu trabalho.

Três ações que NÃO DEVEM ser praticadas para se comunicar bem e vencer:

- Tumultuar e disseminar ódio e notícias falsas ou se colocar em uma posição de hater e entrar em certas discussões que não valem a pena, mas que apenas geram um desgaste na imagem;

- Responder adversários publicamente. As melhores respostas para críticas são entregas, ações e soluções concretas para o que estão criticando;

- Focar apenas no online. Isto porque trabalhar as mídias offline também é fundamental.

> Eleições 2024: Curso Online para Candidatos e Assessores registra 1.500 inscrições

> Campanha eleitoral com pouco dinheiro: FAP e Cidadania iniciam novo módulo de curso

O Curso

O curso é ministrado na modalidade de formação continuada, por meio da sala virtual do Zoom. O link é enviado diretamente para a turma antes de cada aula. Os interessados ainda podem se inscrever no site da entidade, gratuitamente.

As aulas são ministradas às terças-feiras, a partir das 19 horas, e todas ficam disponíveis para acesso ilimitado no canal da fundação no Youtube. Será enviado certificado para todos as pessoas concluintes do curso de formação política.

O primeiro módulo do Curso Online para Candidatos e Assessores foi realizado de setembro a dezembro de 2023.

Em caso de dúvida, entre em contato com a FAP, das 9h às 18h, por ligação ou WhatsApp no seguinte número: 61983305338

É o quarto curso de capacitação focado em formação política realizado pela FAP.


Eleições 2024: Curso Online para Candidatos e Assessores registra 1.500 inscrições

Comunicação FAP

O Curso Online para Candidatos e Assessores, realizado pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em parceria com o Cidadania23, atingiu a marca de 1.500 inscritos nesta terça-feira (16/4), dia em que será iniciado o segundo módulo da capacitação para as eleições deste ano de 2024. As inscrições continuam abertas, gratuitamente. Basta clicar no link abaixo. As aulas semanais são ministradas às terças-feiras e ficam disponíveis para os alunos no canal da entidade no Youtube.

A aula magna do segundo módulo começará às 19 horas desta terça-feira e tem a presença confirmada do presidente nacional do partido, Comte Bittencourt, do diretor executivo da entidade e economista pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), Henrique Dau, e do vereador reeleito como o mais votado de Blumenau (SC) nas últimas eleições, Bruno Cunha. O parlamentar vai explicar como fazer campanha eleitoral com pouco dinheiro.

https://youtu.be/HLBXr3ceUD0

Para mais informações sobre o Curso Online para Candidatos e Assessores, entre em contato com a FAP, das 9h às 18h, por ligação ou WhatsApp no seguinte número: 61983305359. O curso é ministrado na modalidade de formação continuada, por meio da sala virtual do Zoom. O link é enviado diretamente para a turma antes de cada aula. Os interessados ainda podem se inscrever no site da entidade, gratuitamente.

O presidente do Conselho Curador da FAP, médico Luciano Rezende, que foi prefeito de Vitória (ES) por dois mandatos consecutivos, disse que o curso vai garantir capacitação para a vitória das campanhas dos líderes inscritos. “Chegamos à marca dos 1.500 inscritos em um curso aplicado às necessidades dos candidatos e suas equipes”, afirmou.

Rezende ressaltou que o curso abordará temas importantes para que as pessoas possam fazer as campanhas vencedoras e sem consequências em relação à legislação eleitoral, de forma tranquila. “O número grande mostra a assertividade do curso, que vai ajudar muito os candidatos da federação PSDB e Cidadania e seus assessores”, disse ele.

O diretor-geral da FAP, advogado Marco Aurélio Marrafon, destacou que a marca de 1.500 inscritos reflete o constante trabalho da fundação e do Cidadania23 com a formação de líderes comprometidos com a boa política no Brasil. “A FAP e o partido atuam incansavelmente na busca pela melhoria da política brasileira e na defesa intransigente da democracia. Por isso, cada vez mais, tem desenvolvido cursos com excelência, aliando conteúdo relevante e boas práticas, para gerar impacto positivo nas campanhas dos candidatos, sempre com foco na vitória”, ressaltou.

Este é o quarto curso de capacitação focado em formação política realizado pela FAP, em parceria com o Cidadania23.

Para mais informações sobre o Curso Online para Candidatos e Assessores, entre em contato com a FAP, das 9h às 18h, por ligação ou WhatsApp no seguinte número: 61983305338. As inscrições continuam abertas.


O que fazer em Brasília: Slam DéF realiza batalha de poesias no Conic no sábado

Comunicação FAP

Com apoio da Biblioteca Salomão Malina, mantida em Brasília pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), o grupo Slam DéF realizará no sábado (20/4), a partir das 10h30, mais uma batalha de poesias. Será no Espaço Arildo Dória, localizado na parte superior do espaço de leituras, no Conic, tradicional centro comercial e cultural no centro da capital do país.

O grupo Slam DéF integra pessoas de qualquer idade, cor, raça, etnia e orientação sexual. Originalmente, este tipo de agremiação de pessoas nasceu em Chicago, Estados Unidos, nos anos 1980. Chegou ao Brasil duas décadas depois. No Distrito Federal, começou em 2015, com o Slam-DéF, que também atua no Entorno.

Interessados podem solicitar mais informações por meio do WhatsApp oficial da Biblioteca Salomão Malina (61984015561)


Vidas Passadas: filme será discutido em evento online do Cineclube Vladimir Carvalho

Comunicação FAP

O Cineclube Vladimir Carvalho, organizado pela Biblioteca Salomão Malina, vai realizar, no dia 29 de abril, a partir das 19h30, um debate virtual sobre o filme Vidas Passadas, dirigido e roteirizado pela sul-coreana-canadense Celine Song, em sua estreia na direção de longas. O evento online terá como anfitriã a crítica de cinema Lilia Lustosa. A mediação será realizada pelo jornalista Luiz Carlos Azedo.

Interessados podem solicitar acesso à sala online e mais informações por meio do WhatsApp oficial da Biblioteca Salomão Malina (61984015561).

Veja, abaixo, o vídeo:

https://youtube.com/live/UiYRyAFuhk0

A trama do filme se passa entre Nova York e Seoul, com passado e presente (tanto dos personagens como da diretora). Os protagonistas são Na Young (Greta Lee) e Hae Sung (Teo Yoo), dois colegas de escola e vizinhos de bairro na infância, que se separam e se reencontram já na vida adulta.

“O filme aborda imigração, de renascer, de se reinventar, de não pertencer e de, ao mesmo tempo, não querer, ou não se permitir se desconectar completamente do passado, de quem somos na essência, de nossas raízes… Um não desenraizar-se sem, porém, deixar que galhos cresçam a ponto de atrapalhar a adaptação ao novo mundo”, explica Lilia Lustosa.

Além disso, segundo a crítica de cinema, há a questão das escolhas feitas, das decisões tomadas, dos amores passados, de histórias iniciadas e interrompidas. “Será que dá para retomá-las tantos anos depois? Vale a pena?”, pergunta Lilia Lustosa.

De acordo com ela, o ritmo lento com que Celine Song compôs seu filme permite espaços para contemplação e para a reflexão. “Isso somado à escolha dos atores, que dão alma e luz à história ali contada, torna ‘Vidas Passadas’ desde já um filme inesquecível e uma excelente estreia no mundo da cinematografia”, afirma.


Especialistas debatem desafios e perspectivas da literatura na infância

Comunicação FAP

A Biblioteca Salomão Malina, mantida em Brasília pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), realizará, na quarta-feira (17/4), a partir das 19h30, um debate online sobre os desafios para a formação de leitores e as perspectivas no contexto da educação brasileira. As especialistas Pollyana Gama, Yaciara Durte e Soraia Magalhães discutirão o assunto, com a mediação da ex-secretária do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) Renata Costa.

O público poderá assistir ao debate e enviar perguntas por meio das páginas da biblioteca e da fundação no Facebook e do canal da entidade no Youtube.

Veja, abaixo, o vídeo do debate

https://www.youtube.com/live/-cf2kCeYv4Q?si=9pg5vRM9BOSLnW3d

O evento se torna ainda mais relevante neste mês de abril em razão de duas datas importantes que celebram a literatura infantil: dias 02 (Dia Internacional do Livro Infantil) e 18 (Dia Nacional do Livro Infantil).

Na avaliação da gestora do Palavralida e ex-secretária do Plano Nacional de Livro e Leitura (PNLL), Renata Costa, é necessária uma formação de mediadores de leitura, especialmente no contexto da educação infantil. "Como mencionado no Eixo 2 do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), essa formação é crucial para garantir que os profissionais envolvidos na promoção da leitura estejam devidamente preparados para desempenhar seu papel de forma eficaz", assevera.

Os maiores gargalos na consolidação da formação de leitores geralmente estão relacionados à falta de capacitação específica para os educadores, bibliotecários e outros profissionais no que diz respeito à mediação de leitura. "Muitos profissionais podem não estar familiarizados com as melhores práticas de mediação de leitura, o que pode limitar sua capacidade de envolver as crianças de forma significativa com os livros", acentua Renata.

A solução para esse problema passa pela implementação de programas de formação em mediação de leitura, tanto em nível acadêmico quanto em treinamentos contínuos para profissionais em exercício. "Esses programas devem abordar as técnicas de leitura em si, bem como a compreensão do desenvolvimento infantil, estratégias de engajamento, diversidade literária, a qual chamamos de bibliodiversidade e adaptação às necessidades individuais dos leitores", pontua.

A participante Yaciara Duarte, mestre em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília (UnB) e especialista em Letramento Informacional pela Universidade Federal de Goiás (UFG), destaca a necessidade de se garantir locais de leitura desde a primeira infância.

"Por isso, a biblioteca se torna um espaço tão valioso e necessário porque o investimento em livros hoje é muito oneroso para as famílias. Ter esse espaço de leitura, em cada cidade, principalmente nas áreas de periferia, onde o livro é de difícil acesso, é o primeiro passo para que sejam formados leitores e que o livro também seja instrumento lúdico, que desmistifique a leitura apenas como forma de avaliação e aprendizado, mas que seja visto, desde sempre, também como fonte de tranquilidade e de prazer", diz Yaciara.

A criadora do blog Caçadores de Bibliotecas, Soraia Magalhães, afirma que a inclusão digital e o acesso ao livro físico estão entre os principais desafios hoje. "A valorização das bibliotecas públicas e escolares pode tornar o futuro mais democrático. Mas, para além da aquisição de livros, se faz necessário criar bibliotecas que se fortaleçam por uma rede de ações, que permitam mediar informações, criar ambientes agradáveis e aconchegantes e oferecer propostas que insiram novos olhares sobre o papel de cada pessoa em torno da coletividade", explica.

Para mais informações, entre em contato com a Biblioteca Salomão Malina, por telefone ou WhatsApp, pelo seguinte número: 61984015561.

Participantes

A seguir, confira um resumo sobre as especialistas.

Renata Costa: Suplente do Conselho Curador da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), gestora do Palavralida, escritora, ex-secretária do Plano Nacional de Livro e Leitura (PNLL), em composição interministerial (Ministérios da Cultura e da Educação), e ex-coordenadora do Sistema Estadual de Bibliotecas do Rio de Janeiro. É palestrante e tem vasta experiência no mercado editorial e livreiro. Instagram: @renatascosta_

Pollyana Gama: Professora, escritora, pós-graduada em Gerência de Cidades e mestre em Desenvolvimento Humano com especialização em Liderança Executiva para Primeira Infância, Neurociência e Educação Sistêmica. De 2005 a 2016, foi vereadora; de 2016 a 2018, deputada federal; de 2019 a 2020, secretária de Educação de Ubatuba, litoral norte de SP; e, de 2020 a 2023, titular no Conselho Estadual de Educação de SP. Escritora, reúne publicações de literatura infantil e participação em coletâneas. Atualmente é doutoranda em Ciências da Reabilitação pela Universidade de São Paulo
(USP) e membro do Conselho Consultivo da FAP. Também é autora dos seguintes livros: Barulhinhos da tarde (2021), Uma escada para o céu (2018) e Barulhinhos da manhã (2016). Instagram: @_pollyanagama

Yaciara Duarte: Professora, bibliotecária escolar, mestre em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília (UnB), especialista em Letramento Informacional pela Universidade Federal de Goiás (UFG), licenciada em Pedagogia e graduada em Biblioteconomia pela UnB (2010). Instagram:@_yaciiara

Soraia Magalhães: Bibliotecária, é amazonense, escritora de livros infantis com enfoque temático para as bibliotecas, leitura e livros. É criadora do blog Caçadores de Bibliotecas, em que apresenta informações sobre ambientes culturais diversos do Brasil e outros países. No âmbito acadêmico tem formação em Biblioteconomia e mestrado em Sociedade e Cultura na Amazônia, ambas pela Universidade Federal do Amazonas. Nos últimos anos, desenvolveu ativismo no campo das bibliotecas públicas, fator que motivou a criação do Movimento Abre Bibliotecas, em Manaus, em 2012, o que lhe levou a ser incluída no Movers & Shakers 2013, nos Estados Unidos. Também desenvolve estudos junto ao Programa de Doutorado em Formación en la Sociedad del Conocimiento, pela Universidad de Salamanca, Espanha, onde analisa a condição da biblioteca pública no estado do Amazonas. Seus livros infantis publicados são: Ai! Sou apenas um livrinho (2020), Leo e seus amigos, os livrinhos (2013) e Lia sempre lia (2012). Instagram: @tudocabenumlivro


Campanha eleitoral com pouco dinheiro: FAP e Cidadania iniciam novo módulo de curso

Comunicação FAP

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP), vinculada ao Cidadania 23, iniciará na terça-feira (16/4) o segundo módulo do Curso Online para Candidatos e Assessores, com foco nas eleições municipais, com a presença confirmada do presidente nacional do partido, Comte Bittencourt. Na primeira aula, o vereador reeleito como o mais votado de Blumenau (SC) nas últimas eleições, Bruno Cunha, vai explicar na prática como realizar campanha eleitoral com pouco dinheiro. O diretor executivo da entidade e economista pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), Henrique Dau, será responsável pela mediação.

O presidente nacional do Cidadania disse que a qualidade e a oportunidade dos cursos promovidos pela Fundação Astrojildo Pereira são notórias. "Neste ano tão estratégico para o desenvolvimento do partido em nível nacional, mais uma vez a nossa FAP nos oferece um cardápio variado de conhecimento para qualificar o debate político e antecipar os dilemas práticos mais importantes das eleições de 2024. O segundo módulo do Curso Online para Candidatos e Assessores é uma iniciativa imperdível para quem quer conquistar as mentes e os corações dos eleitores, sem abrir mão da ética e da identidade política que orienta a atuação do Cidadania", asseverou.

O presidente do Conselho Curador da FAP, médico Luciano Rezende, que foi prefeito de Vitória (ES) por dois mandatos consecutivos, ressaltou que o curso vai ser totalmente aplicado às necessidades e demandas deste momento da pré-campanha. “Haverá aulas sobre temas relacionados à comunicação, ao uso de recursos materiais para campanha, o que pode e o que não pode fazer na campanha e uso eficiente de mídias sociais. Está imperdível para todos que estão envolvidos com as eleições”, destacou.

O diretor-geral da FAP, advogado Marco Aurélio Marrafon, afirmou que o curso é muito importante para capacitar os candidatos às eleições municipais deste ano e torná-los líderes de referência nas cidades em que vivem. “Para que um time seja vitorioso, precisa de formação, dedicação, empenho e muita energia para alcançar a vitória. Este curso irá oferecer muito conteúdo de qualidade e bons exemplos práticos para nossos candidatos, nossas candidatas e suas equipes. Com candidatos mais capacitados, a democracia fica mais forte e inabalável”, disse.

Veja, abaixo, o vídeo da aula no Youtube:

https://www.youtube.com/live/HLBXr3ceUD0?si=0qIhazuwMcAAoJUl

O professor

Bruno Cunha também é advogado, pós-graduado em direito público, constitucional, eleitoral e trabalhista, professor universitário e escritor. Além disso, é mestre em desenvolvimento regional com foco em políticas públicas de proteção animal.

> Apresentação Campanha Eleitoral com Pouco Dinheiro

Segundo ele, existe possibilidade de ganhar eleição sem dinheiro. "Sim, é possível", afirmou. "A sociedade tem discutido a política de forma muito intensa e percebe a cada dia que a polarização odiosa é um atraso ao país. É importante encontrar o ele de conexão e comunicação com a população que busca bons candidatos, com histórico de entregas e compromisso social. Para isso, são necessárias convicção, organização e muita entrega. Podemos juntos ressignificar a política brasileira', acentuou.

Ele foi eleito em 2016 com 4.829 votos em uma campanha online, sendo o segundo mais votado de Blumenau.  Quatro anos depois, foi reeleito com a votação mais exitosa para o cargo, com 4.892 votos.

O Curso

O curso é ministrado na modalidade de formação continuada, por meio da sala virtual do Zoom. O link é enviado diretamente para a turma antes de cada aula. Os interessados ainda podem se inscrever no site da entidade, gratuitamente.

As aulas são ministradas às terças-feiras, a partir das 19 horas, e todas ficam disponíveis para acesso ilimitado no canal da fundação no Youtube. Será enviado certificado para todos as pessoas concluintes do curso de formação política.

O primeiro módulo do Curso Online para Candidatos e Assessores foi realizado de setembro a dezembro de 2023.

Em caso de dúvida, entre em contato com a FAP, das 9h às 18h, por ligação ou WhatsApp no seguinte número: 61983305338

É o quarto curso de capacitação focado em formação política realizado pela FAP.


Fernando Santa Cruz | Foto: CEPE / Divulgação

Nas Entrelinhas: Recordações da distensão — o estudante desaparecido

Faculdade de Direito de Niterói concedeu o título de bacharel a Fernando Santa Cruz. E propôs ao Conselho Universitário que lhe agracie com o título de Doutor Honoris Causa

Luiz Carlos Azedo/Correio Braziliense

Eleito deputado federal pelo antigo estado da Guanabara, em 1970 e 1974, o jurista e político carioca Célio Borja passou a representar o novo estado do Rio de Janeiro a partir de 15 de março de 1975, após a fusão dos dois, por força de lei sancionada no governo Ernesto Geisel, cujo objetivo era reequilibrar a balança geopolítica do país com São Paulo. No projeto nacional-desenvolvimentista do então presidente Geisel, o Rio de Janeiro seria a capital do setor produtivo estatal, pois abrigava a sede das mais importantes empresas públicas do país — entre as quais a Petrobras, a então Vale do Rio Doce, a Companhia Siderúrgica Nacional, a Embratel, o BNDE (não tinha o S) e o BNH (antigo Banco Nacional de Habitação).

Enquanto o ministro do Planejamento da época, João Paulo dos Reis Veloso, articulava o tripé do ambicioso II Plano Nacional Desenvolvimento de Geisel — setor estatal, empresários brasileiros e multinacionais —, caberia a Borja liderar a bancada da Arena na Câmara Federal e dar continuidade ao projeto de “distensão lenta, gradual e segura” — que havia sido abalado pela espetacular vitória do MDB, o partido de oposição, nas eleições de 1974.

Mas ou menos nessa época, Borja foi convidado para uma palestra na centenária Faculdade de Direito de Niterói (UFF), que ainda hoje funciona no velho prédio em estilo neoclássico da Avenida Presidente Pedreira, no Ingá, bairro nobre de Niterói. O novo líder da Arena havia sido encarregado por Geisel do operar a “Missão Portela” na Câmara — assim batizada por causa do senador Petrônio Portela (PI), presidente da Arena à época. Borja seria ministro da Justiça de Geisel, mas foi vetado pelos militares “linha dura”. Por muito pouco também não foi impedido de assumir a Presidência da Câmara.

Borja era um político liberal, defendia a abertura política com sinceridade. Mal começou a sua palestra, foi interrompido por um grupo de estudantes que protestava contra o sequestro e desaparecimento de um dos alunos da Faculdade de Direito, Fernando Santa Cruz. Sua mulher, Ana Lúcia Santa Cruz — mãe daquele que mais tarde seria presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, que tinha pouco mais de dois anos —, aos prantos gritava: “Vocês sequestraram meu marido. Cadê o pai do meu filho?”

Não foi somente a palestra de Borja que acabou ali. Na verdade, o processo de abertura estava sendo interrompido, em razão da derrota eleitoral de 1974, por violenta repressão à oposição de esquerda ao regime. A pá de cal seria o Pacote de Abril, de 1977, do então ministro da Justiça Armando Falcão. O corpo de Fernando Santa Cruz nunca foi devolvido à família, mas o tempo se encarregou de esclarecer as circunstâncias de seu assassinato.

Em 23 de julho de 2014, a Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Hélder Câmara, de Pernambuco, recebeu documentos inéditos da Operação Cacau, de 1973, realizada pelo IV Exército, com órgãos e agentes da repressão na Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Todo o material estava guardado no Arquivo Nacional.

Honoris causa

Juliana Dal Piva, repórter do jornal O Dia, do Rio de Janeiro, ao investigar o destino dos mortos e desaparecidos da Casa da Morte, de Petrópolis, para um mestrado no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), da Fundação Getulio Vargas, havia encontrado os documentos sobre a operação para desmontar a Ação Popular Marxista-Leninista (APML), da qual Fernando Santa Cruz fazia parte.

O relatório confirma que Eduardo Collier Filho, Fernando Santa Cruz, Gildo Lacerda, José Carlos da Mata Machado, Paulo Wright e Umberto Câmara Neto, dirigentes da organização, que não havia aderido à luta armada contra o regime, foram mortos pelos militares. Em fitas gravadas em 1983, Gilberto Prata, cunhado de José Carlos, relata detalhes de sua colaboração remunerada com o Centro de Informação do Exército (CIE).

O caso de Fernando Santa Cruz foi motivo de uma polêmica entre seu filho Felipe e o ex-presidente Jair Bolsonaro, que negava a existência dos documentos. São mais de 300. Um deles, da Aeronáutica, datado de 22 de setembro de 1978, confirma que Fernando foi preso em 22 de fevereiro de 1974, no Rio de Janeiro. Ele já integrava uma lista com mais 48 desaparecidos do Comitê Brasileiro de Anistia. No Arquivo do DOPS/SP, na sua ficha consta: “Nascido em 1948, casado, funcionário público, estudante de Direito, preso no RJ em 23/02/74”. Em outro, o antigo Ministério da Marinha informa que “foi preso no RJ em 23/02/74, sendo dado como desaparecido a partir de então”.

Cinco dias antes da fala de Bolsonaro sobre Fernando, em 24 de julho de 2019, a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, vinculada ao seu governo, havia emitido uma retificação de atestado de óbito do pai de Felipe Santa Cruz, reconhecendo o desaparecimento “em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado Brasileiro”. No atestado de óbito, também consta que Fernando morreu provavelmente em 23 de fevereiro de 1974, no Rio de Janeiro.

Ontem, por proposta do seu decano e ex-diretor Manoel Martins Junior, o Colegiado da Faculdade de Direito de Niterói concedeu o título póstumo de bacharel em direito a Fernando Santa Cruz. E propôs ao Conselho Universitário a concessão do título de Doutor Honoris Causa, também post mortem, ao jovem desaparecido, que será homenageado com uma placa no prédio onde estudava e que testemunhou a denúncia de seu sequestro. Detalhe: sua ficha havia desaparecido dos arquivos da faculdade.


Alberto Aggio lança em SP livro Ainda respira... a democracia sob ameaça

Comunicação FAP

Ex-diretor da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), o historiador Alberto Aggio, professor da da Universidade Estadual Paulista (Unesp) vai lançar, no dia 4 de abril, em São Paulo, o seu mais novo livro, Ainda respira… a democracia sob ameaça, da editora Appris. O evento será realizado na Rua Tinhorão, nº 60, na Consolação, a partir das 19h30.

De acordo com a editora Appris, o livro Ainda respira… a democracia sob ameaça convida o público a pensar os problemas políticos atuais a partir de uma perspectiva global, convergindo a análise para a história presente do Brasil e do Chile, especialmente de 2019 até os dias que correm.

Cada uma de suas partes expressa um enfoque inovador e estimulante no sentido de possibilitar uma compreensão maior dos dilemas do nosso tempo. O Brasil de Jair Bolsonaro e o Chile da revolta popular que levou Gabriel Boric à presidência da República são os referenciais nacionais aqui trabalhados como paradigmas para essa reflexão.

O pano de fundo é a situação paradoxal que vive a democracia ao redor do mundo, no seu momento de maior generalização e também de profunda crise. Daí o necessário tratamento de temas que incidem sobre a realidade atual como o populismo, o iliberalismo, a antipolítica, a crise da socialdemocracia e o espectro da revolução.

 O desafio que o livro de Aggio apresenta é o de a sociedade ser capaz de superar modelos explicativos estanques visando a elaboração de indagações produtivas que possibilitem a formulação de interpretações abertas e orientadas a desvendar as contradições que nos cercam.

No mesmo evento, será realizado o lançamento do livro-reportagem Longa Jornada até a Democracia, Volume 2, de autoria do jornalista Eumano Silva.

SOBRE O AUTOR

Alberto Aggio é doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP), livre-docente e titular pela Unesp. Tem pós-doutorado na Universidade de Valencia/Espanha e na Universidade Roma Tre, na Itália. Publicou inúmeros artigos em periódicos nacionais e estrangeiros, além dos livros “Democracia e socialismo: a experiência chilena” (Annablume, 2a. ed., 2002), “Frente Popular, Radicalismo e Revolução Passiva no Chile” (Annablume/Fapesp, 1999), “Itinerários para uma esquerda democrátiva”(FAP/Verbena, 2018) e “Um lugar no mundo” (FAP, 2a. ed. 2019). É autor e organizador de “Gramsci: a vitalidade de um pensamento” (Unesp, 1998) e “Pensar o Século XX (Unesp, 2003). Foi diretor-executivo da FAP.


Roda de conversa debate álbum de Charles Mingus, “homem furioso do jazz”

Comunicação FAP*

A Biblioteca Salomão Malina, vinculada à Fundação Astrojildo Pereira (FAP), realiza nesta segunda-feira (18/3) a roda de conversa online Por Dentro do Jazz, para debater o álbum Pithecathropus Erectus, de Charles Mingus. Apelidado de “homem furioso do jazz” por seu temperamento explosivo, ele é um dos mais influentes músicos da história do gênero por sua criatividade para composição e por sua técnica no tocar do contrabaixo.

Natural do Arizona, Mingus trazia na música marcas do ativismo em causas raciais nos Estados Unidos e se inspirava nos sentimentos das ruas de onde viera.

A roda de conversa online será realizada por meio da sala virtual do Zoom. Pessoas interessadas em participar podem enviar mensagens para o Whatsaap oficial da biblioteca (61 98401 5561) e solicitar o envio do link.

O público também tem a opção de assistir à roda de conversa por meio do site, da página da FAP no Facebook e do canal da entidade no Youtube.

Ouça, abaixo, parte do álbum

https://www.youtube.com/watch?v=p0H2G_W-O0I

Conheça a biblioteca

Inaugurada em 28 de fevereiro de 2008, a Biblioteca Salomão Malina se tornou um importante espaço de incentivo à produção do conhecimento em Brasília. Localizada no Conic, tradicional ponto de cultura urbana próximo à Rodoviária do Plano Piloto, a biblioteca foi reinaugurada em 8 de dezembro de 2017, após ser revitalizada. Isso garantiu ainda mais conforto aos frequentadores do local e reforçou o compromisso da biblioteca em servir como instrumento para análise e discussão das complexas questões da atualidade, aberta a todo cidadão.

O espaço integra a FAP, mantida pelo Cidadania, e conta com quase 6 mil títulos para empréstimos, que são constantemente atualizados por meio de doações e pela aquisição de obras de pensadores contemporâneos. O acervo é especializado em Ciências Sociais e Humanas, contando também com livros da literatura que fazem menção à crítica social e dos costumes, na transição do Brasil rural para o urbano.

*Com informações da EBC


Em SP, FAP realiza 3º lançamento do livro sobre história do PCB na resistência à ditadura

Obra reconstitui a trajetória do Partidão na luta clandestina contra a ditadura e na formação da ampla frente política que redemocratizou o Brasil

Comunicação FAP

O livro-reportagem Longa Jornada até a Democracia – Volume II, de autoria do jornalista Eumano Silva, terá o seu terceiro lançamento no dia 4 de abril. O evento será realizado pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), editora da obra, na Rua Tinhorão, nº 60, na Consolação, a partir das 19h30. Na ocasião, também será lançado o livro Ainda respira... a democracia sob ameaça, da editora Appris e de autoria do historiador e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Alberto Aggio.

O livro de Eumano Silva conta a história do Partido Comunista Brasileiro (PCB) no enfrentamento à ditadura e na redemocratização do país. Lastreada em documentos oficiais inéditos, entrevistas, reportagens e farto material bibliográfico, a obra editada pela FAP recompõe a trajetória do Partidão – apelido do PCB – de 1967 até 1992.

Escrito pelo jornalista Eumano Silva, o livro reproduz o clima sombrio da Guerra Fria, com relatos minuciosos sobre a vida clandestina de dirigentes e militantes, fugas, prisões, torturas, mortes e desaparecimentos de comunistas. O roteiro de histórias entrelaça personagens que parecem saídos dos romances policiais, como espiões e informantes infiltrados pela repressão nas organizações de esquerda. Mostra também o trabalho silencioso, e essencial para o partido, de caseiros, motoristas e distribuidores de jornais.

Encontro de militantes marca lançamento de livros no Rio de Janeiro

FAP lança no Rio livro sobre história do PCB na resistência ao regime militar

Ação do PCB na redemocratização é destaque em lançamento de livro, em Brasília

FAP lança em Brasília livro de Eumano Silva sobre o PCB na resistência ao regime militar

A CIA e da KGB aparecem em vários episódios do mundo real retratado pelo autor. O caso mais conhecido envolveu o “Agente Carlos”, apelido de um assessor do então secretário-geral do PCB, Luiz Carlos Prestes, que passou para o lado da repressão e trabalhou para a CIA.

O texto jornalístico percorre o submundo da ditadura e repassa, em ordem cronológica, os fatos e os personagens mais destacados na longa jornada dos brasileiros rumo à democracia, como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves e José Sarney. A reportagem reconstitui as agruras da clandestinidade e a participação do PCB, desde o final da década de 1960, na ocupação de espaços na sociedade e na formação da frente democrática de oposição ao regime militar.

O Volume II de “Longa jornada até a democracia” trata de fatos transcorridos entre dezembro de 1967, data do VI Congresso, e janeiro de 1992, quando o PCB realizou o X Congresso, encontro que decidiu pela mudança de nome para Partido Popular Socialista (PPS).

O primeiro volume, lançado em 2022, escrito pelo jornalista Carlos Marchi, aborda o período compreendido entre 1922, ano da fundação do PCB, e 1967, marco da mudança na estratégia da organização comunista. No VI Congresso, a definição por mudança na linha política tornou o PCB a única organização comunista a tomar o caminho pacífico no enfrentamento ao governo instalado no Brasil com o golpe de 1964. As demais forças originadas no partido fundado em 1922 optaram pela luta armada.

Apesar da opção pelo caminho pacífico, o Partidão se tornou alvo da repressão na mesma medida que as demais organizações de esquerda. Uma dezena de dirigentes do Comitê Central do PCB foi assassinada pelo governo militar.

Mesmo clandestino, e com perdas irreparáveis, o partido teve expressiva influência na política institucional ao atuar dentro do MDB, legenda legal de oposição. Os comunistas foram responsáveis, por exemplo, pela incorporação, pelos emedebistas, das bandeiras da anistia, da Assembleia Nacional Constituinte e da eleição direta para presidente.

Arquivos militares obtidos pelo autor documentam a montagem da máquina repressiva pelo governo fardado. Os papeis registram o passo a passo da estruturação dos Departamentos de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codis). Descrevem também as disputas entre o Exército e a Marinha pelo controle do aparato criado pelas Forças Armadas para perseguir adversários.

Análise: PCB, da luta armada à defesa da democracia

Carlos Marchi lança livro Longa Jornada até a Democracia, no Rio

Livro Longa Jornada até a Democracia, de Carlos Marchi, será lançado em São Paulo

Os anexos do livro contêm fotos inéditas de dirigentes do Partidão procurados pela repressão e imagens de presos nas dependências militares. Apresentam ainda fac-símiles de páginas de exemplares raros do jornal Voz Operária.

Entre os episódios mais impressionantes narrados pelo livro, está a cinematográfica operação montada no exterior para retirar do Brasil o dirigente Giocondo Dias. A transferência do arquivo de Astrojildo Pereira, fundador do PCB, para a Europa também teve lances espetaculares. Outra façanha dos comunistas foi manter durante dez anos, longe das garras da repressão, uma gráfica no Rio de Janeiro, no subsolo de uma casa, onde era produzido o material impresso do partido. Os documentos oficiais também identificam um sargento da Polícia Militar de São Paulo infiltrado pelo PCB no DOI-Codi do estado. Quando tomava conhecimento de prisões de militantes, o policial avisava o partido e ou as famílias.

As artimanhas dos comunistas para enganar os órgãos de segurança incluíam disfarces, documentos falsos. Camaradas instalados nas fronteiras ajudavam nas travessias de militantes e dirigentes nas fronteiras com os países vizinhos – muitas vezes com malas de dólares.

“Longa Jornada até a democracia” resgata a experiência no exílio e os abalos sofridos pelo partido em decorrência da ação de dirigentes do partido cooptados pelos órgãos de segurança. O livro também desenredou mistérios que, durante décadas, suscitaram especulações. As apurações elucidaram, por exemplo, o segredo do “ouro de Moscou”, expressão usada pelos adversários dos comunistas para designar os recursos enviados ao PCB pelo bloco comunista. Com base em depoimentos dos responsáveis pelo transporte do dinheiro, o autor calculou valores anuais repassados ao Partidão.

O colapso da União Soviética, acelerado no final dos Anos 1980, teve contribuição determinante para as mudanças de rumo que levaram à mudança de nome em 1992. O desempenho eleitoral insatisfatório, e dissidências internas, como a saída do grupo de Prestes, abalaram e enfraqueceram o Partidão. O surgimento do Partido dos Trabalhadores (PT) no final da ditadura também reduziu o espaço de atuação dos comunistas e ajuda a explicar a perda de relevância do PCB depois da redemocratização.

AINDA RESPIRA A DEMOCRACIA

De acordo com a editora Appris, o livro Ainda respira… a democracia sob ameaça convida o público a pensar os problemas políticos atuais a partir de uma perspectiva global, convergindo a análise para a história presente do Brasil e do Chile, especialmente de 2019 até os dias que correm.

Cada uma de suas partes expressa um enfoque inovador e estimulante no sentido de possibilitar uma compreensão maior dos dilemas do nosso tempo. O Brasil de Jair Bolsonaro e o Chile da revolta popular que levou Gabriel Boric à presidência da República são os referenciais nacionais aqui trabalhados como paradigmas para essa reflexão.

O pano de fundo é a situação paradoxal que vive a democracia ao redor do mundo, no seu momento de maior generalização e também de profunda crise. Daí o necessário tratamento de temas que incidem sobre a realidade atual como o populismo, o iliberalismo, a antipolítica, a crise da socialdemocracia e o espectro da revolução.

 O desafio que o livro de Aggio apresenta é o de a sociedade ser capaz de superar modelos explicativos estanques visando a elaboração de indagações produtivas que possibilitem a formulação de interpretações abertas e orientadas a desvendar as contradições que nos cercam.

SOBRE EUMANO SILVA

Formado em jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) em 1987, Eumano Silva trabalhou em alguns dos principais veículos da imprensa brasileira. Nascido em 1964 em Iturama (MG), especializado em política, o autor foi repórter da revista Veja e dos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo. Começou a carreira na cobertura da Assembleia Nacional Constituinte, dirigiu as sucursais de Brasília das revistas Época e Istoé, ocupou as funções de editor de política do jornal Correio Braziliense e editor-executivo do site Congresso em Foco e da revista Veja Brasília. Há mais de três décadas, realiza pesquisas sobre a ditadura militar. Concentrou-se, sobretudo, na busca e análise dos arquivos secretos das Forças Armadas.

O jornalista foi ainda observador independente nas buscas de desaparecidos na região da Guerrilha do Araguaia e participou dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade. É também autor dos livros “A morte do diplomata” e “Nas asas da mamata”. Como analista político, fez trabalhos para Rádio CBN, Portal Metrópoles, TV Democracia, programa Sua excelência, o fato, e Broadcast Político.

Eumano ganhou os seguintes prêmios: Jabuti de melhor livro-reportagem com o livro “Operação Araguaia – Os arquivos secretos da guerrilha”; Esso, com uma série de reportagens sobre a Guerrilha do Araguaia. Excelência Jornalística, na categoria meio ambiente, da Sociedade Interamericana de Imprensa, com a reportagem digital “O Levante dos ribeirinhos”, posteriormente editada como livro impresso.

Atualmente, Eumano exerce a função de especialista em inteligência política da Oficina Consultoria.