O Washington Post foi a Sertânia, interior de Pernambuco, para reportar que, “Tropeçando nas pesquisas, Bolsonaro corteja uma faixa demográfica surpreendente: os pobres”. Está na home page (abaixo), com foto da Bloomberg de toalhas estampadas com o atual e o ex-presidente, à venda no Pará.

“Quase metade dos moradores da cidade está recebendo um benefício em dinheiro fornecido aos pobres, uma quantia recentemente dobrada por Bolsonaro”, descreve o correspondente.
Correndo contra o tempo, ele passou a priorizar eleitores pobres, alvo “improvável para um nacionalista de direita que passou sua carreira travando guerras culturais e glorificando as Forças Armadas”. Bolsonaro se declara “o presidente que fez o maior programa social do mundo”. Rebate o WPost:
“Mas esta é a realidade: ser pobre no Brasil poucas vezes foi tão difícil. A pandemia deixou o país mais empobrecido, mais desigual e mais desempregado. A inflação subiu acima de 10%. O custo da gasolina em alguns lugares está em níveis recordes. Quase 20 milhões relatam ter passado fome recentemente. À medida que as pessoas ficam em atraso e perdem suas casas, novas favelas estão crescendo em todo o país.”

GOVERNO LOUCO
A nova edição da revista The New Yorker traz extenso perfil de Caetano Veloso, sob o título, na edição impressa, “O efeito Caetano”. Na legenda da foto (acima), uma declaração: “Sempre percebi a singularidade do Brasil. Percebi uma missão para levarmos ao mundo”.
O enviado passou uma semana no Rio e o descreve como alguém que “revolucionou o som e o espírito do Brasil”, de “rosto bonito”, “tímido”, “suspeitamente modesto para um músico mundialmente famoso”, com “uma das vozes mais marcantes da música”.
Ouve dele que a vida sob Bolsonaro “é ruim, tão ruim quanto na ditadura, mas é uma situação diferente”. As pessoas no poder “estão nostálgicas da ditadura, mas naquela época tivemos um golpe. Agora estamos sob um governo louco durante um período democrático”.
Fonte: Folha de S. Paulo
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/nelsondesa/2022/02/atras-de-lula-bolsonaro-agora-corteja-pobres-reporta-washington-post.shtml