Em artigo publicado na revista Política Democrática Online, historiador diz que pandemia se amplia nas consequências econômicas, sociais, políticas e culturais
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
Em meio à situação caótica e ao império do medo durante a pandemia do coronavírus, “o futuro se demonstra sombrio, mas a cultura pode, e deve, oferecer respostas”. A análise é do historiador Martin Cezar Feijó, em artigo que publicou na revista Política Democrática Online de julho, produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), sediada em Brasília e que disponibiliza todas as edições, para acesso gratuito, em seu site.
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Feijó ressalta, no texto, que entende a cultura como a “expressão sensível”, por meio das artes, aos impasses da humanidade, pois, segundo ele, é claro que respostas sempre foram encontradas em quadros até mais sombrios do que o atual. “Não será diferente agora, apesar de todos os percalços que já existiam no plano oficial para o desmantelamento do antigo Ministério da Cultura, mas também do Ministério da Educação. Que período insano”, afirma.
Em sua análise, o historiador diz que seu texto não se resume ao quadro sanitário, do qual, conforme ressalta, cientistas competentes estão cuidando em várias partes do mundo sob a supervisão da OMS (Organização Mundial de Saúde). “A questão se amplia nas consequências econômicas, sociais, políticas e culturais, objetivo desta reflexão”, esclarece.
O mundo da cultura foi totalmente abalado pelos efeitos da pandemia: cinemas, teatros e museus foram fechados; artistas, músicos e bailarinos estão desempregados. “Com as quarentenas, cidades ficaram vazias (Living in a ghost town, Rolling Stones), tudo parecendo formar cenário das maiores e mais tenebrosas distopias”, observa.
“Enquanto equipes médicas travavam batalhas contra um vírus invisível em unidades de terapias intensivas, sendo contaminados e, muitos deles, mortos; jornalistas buscavam informar enfrentando não só os vírus que se espalhavam, mas também a grande quantidade de fake news que tumultuava o ambiente de guerra”, lamenta o autor.
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