Em artigo publicado na revista Política Democrática Online de julho, economista avalia importância de ativos sociais e econômicos
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
Os ativos econômicos e sociais contribuem para a formação da renda e a construção da liberdade do cidadão, particularmente quando se trata do ativo conhecimento, ao contrário da distribuição de renda. A avaliação é do economista Sérgio Cavalcanti Buarque, em artigo que produziu para a revista Política Democrática Online de julho, produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira), sediada em Brasília.
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Todos os conteúdos da publicação podem ser acessados, gratuitamente, no site da FAP, que também faz ampla divulgação em sua página no Facebook e em seus perfis no Twitter e no Instagram. Mestre em sociologia, Buarque explica, no artigo publicado na revista Política Democrática Online, que os ativos econômicos geram renda (salários, lucros, juros e impostos) no processo produtivo, mas, segundo ele, têm apropriação muito desigual e, na forma de máquinas e equipamentos, também se depreciam com o uso e ficam obsoletos com o tempo.
Consultor em planejamento estratégico com base em cenários e desenvolvimento regional e local, o economista destaca que o conhecimento, especialmente a educação, é o ativo social que muda a vida das pessoas e transforma a sociedade e a economia, eleva a renda, reduz as desigualdades sociais e contribui para o aumento da produtividade – é o conhecimento, especialmente a educação.
“O conhecimento se multiplica com a utilização, tem flexibilidade de uso e não se deteriora com o tempo”, afirma o analista econômico. “Ao contrário, o conhecimento cresce e se amplia tanto mais quanto seja usado, se expandindo com a troca e a interação entre as pessoas e os saberes, porque esta é a essência do processo de aprendizagem”, acrescenta.
Segundo o artigo publicado na revista Política Democrática Online, estudos mostram que o aumento da escolaridade dos trabalhadores promove a elevação da sua renda por conta da melhoria de sua produtividade e de sua posição no mercado de trabalho.
Em sua análise, Buarque também explica que a distribuição de uma renda mínima é a forma mais rápida e eficaz para atender às necessidades da população vulnerável. “Constitui um instrumento de assistência social que, no entanto, não promove mudanças capazes de superar a pobreza e diminuir a desigualdade”, afirma.
“Mesmo quando exige uma contrapartida, como a frequência à escola dos filhos dos beneficiários, na medida em que as escolas públicas são, no geral, de péssima qualidade”, avalia, para continuar: “Indiscutivelmente importante no âmbito das necessidades, a transferência de renda não constrói a liberdade”.
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