O Instituto Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado, divulga nesta segunda-feira (12) estudo sobre o impacto da liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) no desempenho da economia para este ano e o ano que vem. O IFI também projeta qual será o impacto sobre o consumo das famílias.
A premissa é que nem todo o dinheiro a ser sacado será usado imediatamente. A tendência é a de que haja alguma defasagem entre o saque e a decisão de consumir. Portanto, os efeitos se estenderiam para até setembro do ano que vem.
O FGTS é um direito do trabalhador com carteira assinada e só pode ser sacado mediante condições específicas, como compra da casa própria ou na aposentadoria.
Se todos os R$ 42 bilhões que o Ministério da Economia projeta forem sacados, o impacto sobre o Produto Interno Bruto (PIB) este ano seria de 0,26 ponto percentual e de 0,59 ponto percentual no ano que vem. Ou seja, a liberação do dinheiro acrescentaria, nos dois anos, crescimento de 0,85 ponto percentual no PIB.
O consumo das famílias aumentaria 0,38 ponto percentual este ano e 0,87 no ano que vem.
O IFI também considera a hipótese de que nem todo o dinheiro irá para o consumo. Se apenas 85% dos saques previstos de fato ingressarem na economia, o impacto no PIB este ano seria 0,22 ponto percentual este ano e de 0,50 no ano que vem.