O PPS (Partido Popular Socialista) não é um partido fisiológico. É decente e programático, sempre colocou os interesses nacionais acima dos interesses partidários. Como se pode ler abaixo, sua trajetória é inconfundível.
1- Governo Itamar franco
O PPS participou do governo Itamar Franco. Foi uma administração ética e democrática, de diálogo com a sociedade civil sem instrumentalizações.
O presidente do PPS, Roberto Freire, foi o líder do governo Itamar na Câmara de Deputados e atuou para aprovar o Plano Real, derrubando a inflação e promovendo a retomada do crescimento.
Itamar patrocinou importantes iniciativas na área social, como a regulamentação da Lei Orgânica da Assistência Social e implantou os Conselhos Municipais de Saúde do SUS.
No seu governo foi criado o Conselho Nacional de Segurança Alimentar, com decidido apoio à Campanha de Combate à Fome, promovida por entidades da sociedade civil, entre elas a CNBB e a ONG Ação da Cidadania, esta liderada pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho.
Itamar sofreu a incompreensão de setores da esquerda que o detrataram com palavras de baixo calão (1).
Às vésperas da eleição de 1994, o PPS entregou o cargo de líder do governo na Câmara em carta na qual elogiava a postura progressista do presidente, mas discordava dos encaminhamentos de sua sucessão.
A posição leal e coerente do partido levou a que, anos mais tarde, Itamar se filiasse ao PPS e coroasse a sua vida pública como senador por Minas Gerais, eleito em 2010 em votação consagradora.
2 – Governo Fernando Henrique Cardoso
Por discordar da política econômica, o PPS não participou do governo Fernando Henrique, apesar de ver no presidente uma personalidade progressista e considerar o PSDB um aliado do campo democrático e reformista, cujos líderes, como o senador Mário Covas, foram os principais artífices da Constituição de 1988.
A nova Carta estabeleceu as bases institucionais do Estado democrático de Bem-Estar Social no Brasil. Equivocadamente, setores de esquerda a consideraram “reacionária” e votaram contra ela.
Mesmo na oposição, o PPS estabeleceu diálogo com o presidente e deu apoio às iniciativas como as provas de avaliação do ensino, a criação do Fundo de Apoio ao Ensino Fundamental, o programa de remédios genéricos, o Bolsa-Escola, a Lei de Responsabilidade Fiscal e várias reformas do Estado, necessárias à modernização do país.
O PPS deu apoio a Raul Jungmann, então licenciado do partido para assumir em caráter pessoal o Ministério da Reforma Agrária e responsável por promover o maior programa de assentamentos de famílias sem-terra da história.
3 – Governo Luiz Inácio Lula da Silva
Nas eleições de 1998 e 2002, o PPS apresentou candidato próprio e no segundo turno apoiou a candidatura de Lula.
Participou do início da administração petista, porém deixou o governo em 2004 ao se sentir excluído e discordar da política econômica de cortes sem que fossem apresentadas propostas para um crescimento sustentado.
O PPS foi abordado pelo governo para filiar parlamentares cooptados da oposição. O partido refutou o papel de legenda de aluguel. Mais tarde, em 2005, com o PPS já fora da base governista, revelou-se a participação desses deputados no escândalo do mensalão.
Na oposição aos governos Lula e Dilma, o PPS sofreu pressão e tentativas de cooptação, porém os seus líderes não estão entre aqueles que se locupletaram com os desvios de dinheiro público de estatais como a Petrobras. Pelo contrário, o PPS desde sempre deu apoio às investigações da Lava Jato.
4 – Governo Michel Temer
O PPS votou pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff e se sentiu comprometido com a solução constitucional de posse do vice-presidente Michel Temer, eleito na coligação do PT com o PMDB.
Todavia, após denúncias envolvendo o presidente da República, em maio de 2017, o presidente do PPS, Roberto Freire, deixou o Ministério da Cultura.
A bancada de deputados do partido na Câmara votou pela aceitação do pedido de investigação de Michel Temer feito pela Procuradoria Geral da República.
Desde então fora do governo, o PPS mantém posição de independência. Votou nas medidas necessárias para sanear a Petrobras, alcançar o equilíbrio das contas públicas, recuperar o investimento, tirar o Brasil da crise e criar postos de trabalho para os 14 milhões de brasileiros desempregados pela recessão de 2014-2016, provocada pelos governos petistas.
5 – Eleições de 2018
Nas presentes eleições, o PPS debateu lançar o nome de Cristovam Buarque à Presidência da República. O próprio senador retirou a candidatura em prol de uma ampla convergência que garanta a presença das forças democráticas no segundo turno.
Assim, sem barganhas, o partido decidiu apoiar Geraldo Alckmin, não só porque ele reúne as melhores condições de bater as forças retrógradas e do atraso no segundo turno. Alckmin, um político do centro democrático reformista, tem as habilidades necessárias para montar um governo apoiado em um amplo pacto político e social capaz de abrir um novo ciclo de prosperidade para os brasileiros.
O PPS está decidido a eleger um democrata para a Presidência da República. Também está firmemente empenhado em eleger uma bancada de deputados e senadores do PPS comprometida com soluções democráticas e progressistas de superação da atual crise ética, política, econômica e social do Brasil.
Assessoria do Partido Popular Socialista