Afastar presidente em véspera de eleições gerais é receita indigesta
O Supremo Tribunal Federal já sabe como lidar com uma eventual terceira nova denúncia de corrupção e de lavagem de dinheiro contra o presidente Michel Temer, caso ela de fato seja oferecida ao seu exame pela Procuradora Geral da República Raquel Dodge.
Se isso acontecer, será depois do recesso da Justiça em julho. Em agosto, os candidatos às eleições de 3 de outubro estarão em plena campanha, que no rádio e na televisão começará no dia 31. Não haverá tempo, portanto, para mais nada.
O envio da denúncia à Câmara dos Deputados certamente provocaria forte turbulência política com reflexos nos resultados das eleições. Fazer isso para quê? Melhor que ela fique no Supremo pelo menos até depois do segundo turno. Ou que acabe arquivada.
Os ministros contam para isso com a compreensão da maioria dos brasileiros. Ou da maioria dos brasileiros sensatos – se isso lá o que for.