FAP e IEPfD lançam livro O Horizonte Democrático, de Alessandro Ferrara

Obra foi editada pela Fundação Astrojildo Pereira, em parceria com Unicamp
O HORIZONTE DEMOCRATICO_SITE FACE

Comunicação FAP

A Fundação Astrojildo Pereira (FAP), vinculada ao partido Cidadania 23, e o Instituto de Estudos e Pesquisas para o Fortalecimento da Democracia (IEPfD) realizarão, no dia 27 de fevereiro, a partir das 18 horas, a mesa redonda online para o lançamento do livro O Horizonte Democrático: o hiperpluralismo e a renovação do liberalismo político (303 p.). A obra, editada pela FAP em parceria com a Universidade de Campinas (Unicamp), é do autor Alessandro Ferrara, professor de filosofia política no Departamento de História, Cultura e Sociedade da Universidade de Roma. “A democracia encontra-se numa encruzilhada”, diz ele, no livro.

O diretor-geral da FAP e professor associado na Faculdade de Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Marco Aurelio Marrafon, e o presidente do IEPfD, João Rego, realizarão a abertura da mesa redonda. O debate será coordenado pelo historiador e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Alberto Aggio, ex-diretor da Fundação Astrojildo Pereira. O evento será transmitido, em tempo real, no site da FAP, na página da FAP no Facebook e no canal da entidade no Youtube.

A mesa redonda também terá participação do professor de história econômica no Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e conselheiro da FAP, Vinicius Müller, e do pesquisador Gabriele de Angelis (Ciência Política da Universidade Nova de Lisboa).

O livro foi pensado a partir de uma preocupação com a democracia, a herança do “liberalismo político” e as fontes estéticas da normatividade. A obra lembra que, em todo o mundo, a o regime democrático enfrenta desafios sem precedentes, atribuídos, em parte, a seu próprio sucesso em se estabelecer no horizonte como a única forma de governo plenamente legítima.

Dividida em oito capítulos, a obra discute, entre outros pontos, a autonomia da política no horizonte global; democracia e abertura, pluralismo reflexivo e a volta conjectural; o hiperpluralismo e a polis democrática multivariada e democracias múltiplas. Também questiona negação ou realização do liberalismo; governança e democracia deliberativa; e verdade justificação e liberalismo político.

Segundo o autor, daqui a algumas décadas, o mundo global poderá testemunhar o confronto de dois regimes igualmente desagradáveis para qualquer democrata. “Por um lado, os regimes neoliberais ocidentais que, após contrabandearem com sucesso a ideia de Hobbes de que menos leis trazem mais liberdade como uma noção liberal, usam os vestígios de uma democracia representativa agora colonizada pela mídia e pelo dinheiro para desviar da atenção do público qualquer coisa além da estabilização de um mercado orientado pelas finanças e, ao mesmo tempo, tentar atrair para sua esfera de influência as populações seduzidas pelas sirenes do consumo”, afirma.

Por outro lado, segundo a obra, regimes não democráticos, como o chinês, no qual as elites partidárias e burocráticas tentam manter o consenso garantindo níveis crescentes de consumo e afastando as sirenes da democracia, ao mesmo tempo tentam atrair para sua esfera de influência as elites do Sul global que são igualmente cautelosas com a democracia.

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