João Vitor*, equipe FAP
O historiador e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Alberto Aggio diz que um dos desafios da população em 2022 é impedir mais um mandato do presidente Jair Bolsonaro. “É, certamente, o pior presidente da história do Brasil”, diz ele, em artigo publicado na revista Política Democrática online de dezembro (38ª edição), editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), em Brasília.
A revista da FAP é disponibilizada, gratuitamente, para todo o público, em seu portal, na versão flip. No artigo, Aggio avalia o governo de Bolsonaro como “traumático para os brasileiros”.
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Segundo o historiador, Bolsonaro se manteve como ameaça permanente à democracia e à convivência cívica, promovendo ataques persistentes e destrutivos às instituições públicas. “Seu negacionismo deixou saldo de mais de 600 mil mortos em razão da péssima gestão sanitária durante a pandemia”, lamenta.
O autor do artigo afirma que a pergunta certa a se fazer não é “quem são os inimigos do povo?”, mas sim “o que fazer?”. “Perguntas inadequadas, com respostas simples (e falsas), podem agradar, mas são retóricas e apenas iludem. Desafiadoras, as perguntas corretas exigem respostas inovadoras, abertas e corajosas”, explica.]
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O professor da Unesp afirma que o país conseguiu se reintegrar à globalização quando Fernando Henrique Cardoso propôs a estabilização da moeda e o controle da inflação. “Definiu que era necessário dar um rumo para o país”, ressalta, para acrescentar: “Os descaminhos que viriam logo em seguida todos conhecemos, e o país perdeu o rumo. Bolsonaro é apenas uma das consequências dramáticas desse enredo.”
De acordo com Aggio, passou a existir uma janela de oportunidade para a virada substantiva no seio da esquerda democrática. Já a direita democrática, segundo ele, movimentou-se no sentido da agregação, fundindo PSL e Democratas no “União Brasil”. “A filiação de Bolsonaro ao Partido Liberal (PL) é apenas protocolar”, acentua.
Aggio acredita que, com as eleições, a centro-esquerda terá condições de recuperar uma função nacional, democrática e reformadora, a ser desempenhada por essa corrente política essencial para o futuro do país.
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A íntegra do artigo de Alberto Aggio pode ser conferida na versão flip da revista, disponível no portal da FAP, gratuitamente.
A nova edição da revista da FAP também tem reportagem especial sobre a variante Ômicron da covid-19, entrevista especial com Hussein Kalout, além de artigos sobre política, economia e cultura.
Compõem o conselho editorial da revista o diretor-geral da FAP, sociólogo e consultor do Senado, Caetano Araújo, o jornalista e escritor Francisco Almeida e o tradutor e ensaísta Luiz Sérgio Henriques. A Política Democrática online é dirigida pelo embaixador aposentado André Amado.
*Integrante do programa de estágios da FAP, sob supervisão do jornalista e editor de conteúdo Cleomar Almeida
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