Ano que vem tem eleição para presidente do Brasil
Será pedir demais que elegemos um presidente da República no ano que vem de fato comprometido com a preservação da vida? Porque se vidas pouco importam, nada mais importa.
Vida de todas as espécies, o que passa pelo respeito incondicional ao equilíbrio do meio ambiente. Vida no seu sentido mais amplo, o que implica na construção de um país mais justo.
Não pode ser justo um país onde a concentração de renda seja absurda, o racismo flagele a maior parte de sua população, a homofobia seja tolerada e o feminicídio faça tantas vítimas.
Justo não é um país que facilita o acesso a armas porque o Estado se revela incompetente para garantir a vida dos seus cidadãos, ou porque seu mandatário é sócio eventual de criminosos.
Onde haverá vida que valha a pena ser vivida quando se nega a Ciência, desmoralizam-se as verdades e falseia-se o verdadeiro significado do que seja liberdade de expressão?
Por democracia entende-se o regime onde as leis prevalecem, onde os poderes são independentes e a vontade popular se expressa periodicamente por meio do voto.
Nele, portanto, não há espaço, ou não deveria haver, para governantes autoritários que conspiram impunemente para afrouxar suas regras e, no limite, revogá-las.
Para os que acreditam em Deus, todos somos filhos dele e, igualmente, devemos ser tratados. Isso independe de religião ou mesmo à falta de uma. Mas o Estado é laico.
Não pode impor uma religião nem proibir que se professe qualquer uma. Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos.
Como tal, a mulher deve ser livre para conceber ou não, ou para interromper uma gravidez indesejada. Ela é dona do seu próprio corpo. Quanto a isso, soberana para agir como quiser.
Com base em tais princípios e em outros que guardem afinidade, o ano há pouco anunciado deflagra o processo da busca de nomes que possam repor o país na direção de um destino melhor.
Feliz e produtivo 2021 para todos.