Day: fevereiro 23, 2022
Slam-DéF: “Poetas são cientistas da nossa atualidade”, diz coordenador cultural
João Vitor, com edição do coordenador de Publicações da FAP, Cleomar Almeida
Cultura, inclusão, lirismo e a valorização do artista é o foco do Slam-DéF, grupo cultural que vai realizar mais uma batalha de poesia, de forma online, na quarta-feira (23/2), a partir das 19 horas. No total, há 16 vagas para a disputa, e a inscrição pode ser realizada, por meio de formulário virtual, até um dia antes do evento. Pessoas de outros estados e países podem se inscrever.
“Costumo dizer que os poetas são cientistas da nossa atualidade, porque eles estudam a maneira como as pessoas agem e transformam tudo isso em poesia”, afirma o coordenador cultural do Slam-DéF, professor de língua portuguesa Will Júnio.
O webinar será realizado em parceria com a Biblioteca Salomão Malina, mantida pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília. Neste ano, o vencedor receberá premiação de R$ 100 e um troféu personalizado com a data da edição.
O evento terá transmissão na página da biblioteca no Facebook, assim como nas redes sociais (Facebook e Youtube) da fundação. “O artista está sempre em constante trabalho, analisa e observa as coisas que acontecem ao seu redor e transforma tudo em palavra”, afirma o coordenador.
Segundo Will Júnio, os integrantes do grupo estão trabalhando firme para que o evento cresça cada vez mais. “Mesmo com os casos de covid-19 aumentando, nós podemos, de forma virtual, espalhar a palavra e a cultura do Slam”, disse.
“Somente o campeão de cada edição terá a premiação. Antes, primeiro, segundo e terceiro recebiam, além da pontuação no ranking que dava acesso à final do Slam-DéF”, afirmou Will. “
Will trabalha com a cultura desde 2012. Foi representante do DF no Slam-BR e da Festa Literária das Periferias, em 2015, assim como jurado do Duelo Nacional de MC’s, em 2017, em Belo Horizonte.
Batalha de Poesias Slam-DéF
Dia: 23/02/2022
Horário da transmissão: 19h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Slam-DéF, em parceria com Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira (FAP)
MP: Moïse foi morto como um "animal peçonhento"
João Vitor Tavarez* / Correio Braziliense
Assassinado como um "animal peçonhento". Dessa forma o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) classificou a morte do congolês Moïse Kabagambe, em 24 de janeiro, na denúncia apresentada, ontem, à Justiça. O crime aconteceu no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. O jovem foi morto a golpes de porrete e de taco de beisebol, além de ter sido sufocado e amarrado pelos agressores.
"O crime foi praticado com emprego de meio cruel, eis que a vítima foi agredida como se fosse um animal peçonhento", salientou o documento do MP-RJ.
Os denunciados são Fábio Pirineus da Silva, o Bello; Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o Dezenove; e Brendon Alexander Luz da Silva, o Tota. Os três responderão por homicídio triplamente qualificado, uma vez que impossibilitaram que Moïse se defendesse.
"Fábio, Brendon e Aleson, ao agredirem a vítima com tamanha violência, e por longo tempo, mesmo quando ela já estava indefesa, concorreram eficazmente para a morte de Moïse", salientou o MPRJ na denúncia, acrescentando que o crime foi praticado por motivo fútil — pois foi efeito de um desentendimento entre o congolês e os agressores.
Imobilizado
Conforme a denúncia, Tota derrubou Moïse com um golpe de jiu-jítsu, o que o deixou indefeso. Em seguida, Bello deu diversas pauladas com um bastão de beisebol no congolês. Depois, passou a arma para Dezenove, que continua as agressões com o congolês manietado no chão. Mesmo brutalmente espancado, o jovem foi amarrado e totalmente imobilizado.
Ainda de acordo com a denúncia, o MP-RJ pede à Justiça que os três continuem presos preventivamente. Isso porque, conforme a avaliação dos promotores, caso sejam colocados em liberdade para que possam responder pelo assassinato, os denunciados teriam condições de causar risco à instrução criminal, "em especial contra a família da vítima, composta por pessoas socialmente vulneráveis".
O MP-RJ também investigará as condutas de Jailton Pereira Campos, conhecido como Baixinho e do funcionário do Tropicália, de Matheus Vasconcelos Lisboa e de Viviane Mattos Faria. A suspeita dos promotores é de que o trio deixou o local do crime sem prestar socorro a Moïse.
Fonte: Correio Braziliense
https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2022/02/4987617-mp-moise-foi-morto-como-um-animal-peconhento.html