Day: dezembro 21, 2021

Olavo, sobre as chances de Bolsonaro em 2022: 'briga perdida'

Redação / O Estado de S.Paulo

O escritor Olavo de Carvalho, considerado um “guru” do bolsonarismo, disse nesta segunda-feira, 20, que se sentiu usado por Jair Bolsonaro e que o presidente o fez de “poster boy” para se eleger - termo em inglês que remete a “garoto propaganda”. “Depois disso até meus amigos que estavam no governo ele tirou”, disse durante transmissão online do canal “Conserva Talk”. Também estavam presentes nomes ligados ao chefe do Executivo, como os ex-ministros Ricardo SallesAbraham Weintraub e Ernesto Araújo

Na ocasião, Olavo defendeu que a “briga já está perdida”. “O Brasil vai se dar muito mal, não venham com esperanças tolas”, afirmou. “Existe uma chance (de voltar), mas muito remota. Se Bolsonaro acordar, e eu não sei como fazê-lo acordar."

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Olavo também rechaçou o termo “guru de Bolsonaro”, usado muitas vezes para identificá-lo. “Isso é absolutamente falso, conversei com ele quatro vezes na minha vida, eu duvido que ele tenha lido meu livro inteiro’. Também disse que tem zero influência sobre o presidente. 

Na live, o escritor chegou a dizer que o presidente é um “excelente administrador”, mas o comparou a um prefeito de “cidade do interior”: “É o Paulo Maluf sem a roubalheira”, afirmou. Ele afastou, ainda, a ideia de que o presidente representaria a direita brasileira. “No Brasil só tem duas possibilidades: ou você é comunista ou você é neutro. Não existe direita. Existe bolsonarismo", concluiu.

Esta não é a primeira vez que Olavo tenta se afastar do presidente apesar de retomar elogios à gestão em algumas ocasiões. Em novembro do ano passado, o escritor disse que Bolsonaro deveria renunciar se não defendesse ‘os mais fiéis amigos’. Também em 2020, chegou a falar que poderia “derrubar o governo”.

A fala do ideólogo corrobora depoimento que prestou à Polícia Federal em dezembro deste ano, no âmbito do inquérito das milícias digitais. Às autoridades, ele também reforçou que teve pouco contato com o chefe do Executivo.

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Fonte: O Estado de S. Paulo
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,olavo-carvalho-jair-bolsonaro-conserva-talk-usado-briga-perdida,70003932390


Lula-Alckmin preocupa Planalto e bolsonaristas já tentam desgastar imagem da dupla

Raphael Felice / Correio Braziliense

A possível aliança entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido) numa chapa para concorrer às eleições de 2022 acendeu o alerta no Palácio do Planalto.

Milícias digitais bolsonaristas descarregaram um arsenal de vídeos antigos de Alckmin criticando Lula, na tentativa de desgastar a imagem da dupla, que ensaia apresentar uma chapa moderada para o pleito. Na mídia mais compartilhada, o ex-governador chama o PT de sujo, politiqueiro, demagogo e responsável por quebrar o Brasil.

O filho 02 do chefe do Executivo, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), também foi ao ataque. Ele enviou para sua lista de transmissão no Telegram uma gravação de 2017 na qual Alckmin, em evento de pré-campanha, diz que os brasileiros "estão vacinados" contra o modelo lulopetista.

"Vejam a audácia dessa turma. Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder, ou seja, quer voltar à cena do crime. Será que os petistas merecem uma nova oportunidade? Fiquem certos de uma coisa: nós os derrotaremos nas urnas", disse o ex-governador, que se candidatou à Presidência em 2018 pelo PSDB.

Alckmin foi filiado à legenda por 33 anos, mas deixou a sigla na semana passada após uma série de desentendimentos com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), antes seu afilhado político.

O vídeo "ressuscitado" pelo filho do chefe do Executivo também foi posteriormente publicado pelo ministro do Turismo, Gilson Machado (PSC), pré-candidato ao governo de Pernambuco com a bênção de Bolsonaro.

Carlos Bolsonaro ainda compartilhou no Telegram a imagem do abraço entre Lula e Alckmin na noite de domingo, durante jantar do grupo de advogados Prerrogativas, com a legenda "Finalmente saíram do armário".

Segundo André César, cientista político e sócio da Hold Assessoria Legislativa, a estratégia do petista preocupa aliados de Bolsonaro. "Esse movimento mostra que o Lula vai para o centro. Segundo as pesquisas, ele está a pouco de ganhar no primeiro turno. Com Alckmin e com essas forças que, teoricamente, o apoiaram, teria condições de se eleger no primeiro turno. Dessa forma, eliminaria a chance de um adversário explorar o antipetismo e coisas do gênero no segundo turno", frisou.

Fonte: Correio Braziliense
https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/12/4972440-lula-alckmin-preocupa-planalto-e-bolsonaristas-ja-tentam-desgastar-imagem-da-dupla.html


Livro de Segatto tem compromisso com defesa da democracia, diz professor

João Vitor*, da equipe FAP

O professor Ricardo Marinho afirma que o livro Cultura política e democracia, do historiador José Antônio Segatto, tem compromisso com a defesa da cultura política democrática e republicana. “Desta forma, não é um livro a passeio. Apesar de sua linguagem acessível, exige do seu leitor a disposição de adentrar nesses terrenos movediços e de soluções nada fáceis”. A avaliação dele foi publicada em artigo na revista Política Democrática online de dezembro (38ª edição).

A revista é editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília. A instituição disponibiliza, gratuitamente, em seu portal, todo o conteúdo da publicação mensal na versão flip. Marinho, do Instituto Devecchi e da Unyleya Educacional, diz que Segatto é um historiador de formação crítica sólida.

Veja a revista Política Democrática online de dezembro!

Para Segatto, conforme analisa o autor do artigo, o belo, a estética e, consequentemente, a cultura política, de sentido republicano e democrático, deram lugar a uma cultura com significado antropológico puramente descritivo, empurrando-a para a “desrepublicanização” progressiva da cultura, da política e da sociedade.

De acordo com o artigo, Segatto observa que a revolução científico-tecnológica dos séculos XX e XXI mudou as formas e os ritmos dos dias tais como acontecia anteriormente na humanidade.

Segundo Marinho, a leitura de Cultura política e democracia leva à reflexão sobre o fato de a obra ser fruto do acompanhamento da crise da cultura política e da democracia manifesta em 2013 e, por isso, mobiliza sua experiência de mais de 25 anos na busca de saídas.

Veja arquivos em PDF de todas as edições da revista Política Democrática online!

A obra, de acordo com o professor, tem 26 artigos publicados no jornal O Estado de São Paulo, escritos nas palavras de Segatto “para tentar compreender e sugerir alternativas a problemas postos pela conjuntura”.

“Bem como de outros 16 ensaios que abraçam as universidades públicas, teoria política e democrática, relações entre Estado e sociedade, partidos e eleições, organizações sindicais e relações de trabalho, esquerda e direita, as relações entre literatura e história, o papel dos intelectuais, os militares, revolução e suas desventuras, globalização entre outras questões espinhosas”, explica Marinho.

A íntegra do artigo de Ricardo José de Azevedo Marinho pode ser conferida na versão flip da revista, disponível no portal da FAP, gratuitamente.

A nova edição da revista da FAP também tem reportagem especial sobre a variante Ômicron da covid-19entrevista especial com Hussein Kalout, além de artigos sobre política, economia e cultura.

Veja lista de autores da revista Política Democrática online de dezembro!

Compõem o conselho editorial da revista o diretor-geral da FAP, sociólogo e consultor do Senado, Caetano Araújo, o jornalista e escritor Francisco Almeida e o tradutor e ensaísta Luiz Sérgio Henriques. A Política Democrática online é dirigida pelo embaixador aposentado André Amado.

*Integrante do programa de estágios da FAP, sob supervisão do jornalista e editor de conteúdo Cleomar Almeida 

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Datafolha: Congresso tem pior índice de aprovação na atual legislatura

Redação / O Globo

RIO —  O trabalho de deputados e senadores recebeu a pior avaliação na atual legislatura (2019-2022), segundo pesquisa Datafolha, divulgada nesta terça-feira pelo jornal "Folha de S. Paulo". Apenas 10% dos entrevistados disseram considerar bom ou ótimo o trabalho do Congresso. Embora dentro da margem de erro, o percentual é menor do que o da última pesquisa (13%), feita em setembro. É também menos da metade do observado em 2019, quando teve início o mandato dos atuais deputados e da maioria dos senadores e o índice de aprovação era de 22%.

Datafolha: Lula tem 48% das intenções de voto; Bolsonaro soma 22%; Moro, 9% e Ciro, 7%

O levantamento mostra ainda que 41% dos entrevistados avaliam como ruim ou péssimo o trabalho do Congresso, três pontos percentuais a menos do que na última pesquisa. O índice dos que consideram regular foi de 40% para 45%.

O Datafolha entrevistou presencialmente 3.666 pessoas de 16 anos ou mais, de todas as classes e em todas as regiões, em um total de 191 municípios. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.


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De ‘ladrão’ a ‘insosso’Relembre ataques entre Lula e Alckmin

Os índices de reprovação são maiores entre os mais instruídos (46%), os mais ricos (53%) e os que consideram ruim ou péssimo o governo do presidente Jair Bolsonaro (46%). Já entre quem considera o governo bom ou ótimo há uma visão um pouco menos negativa do Congresso: 18% aprovam a atuação dos parlamentares. Esse percentual, porém, vem diminuindo. No levantamento anterior, era de 23% a avaliação positiva do Congresso entre aqueles que aprovavam a gestão Bolsonaro.

Bolsonaro mantém pior índice de avaliação

A pesquisa Datafolha indicou também que  o presidente Jair Bolsonaro (PL) mantém o pior nível de avaliação de seu governo neste final de mandato: 53% dos brasileiros reprovam o modo como ele administra o país. Os dados mostram estabilidade em relação à pesquisa anterior, realizada de 13 a 15 de setembro. Dos entrevistados, 22% avaliam o governo Bolsonaro como bom ou ótimo, enquanto 24% o consideram regular. Já 1% não opina.

O governo Bolsonaro é mais bem avaliado por empresários (50%) e evangélicos (32%). Com índices menores, também o aprovam quem ganha até dois salários mínimos (17%), desempregados (16%) e quem tem entre 16 e 24 anos (13%).


Os maiores índices de reprovação estão entre os homossexuais e bissexuais (75%), estudantes (73%), jovens de 16 a 24 anos (59%), moradores do Nordeste (58%), entre os que ganham até dois salários mínimos (51%), os que ganham mais de 10 salários mínimos (48%) e moradores da região Sul (44%).

Fonte: O Globo
https://oglobo.globo.com/politica/datafolha-congresso-tem-pior-indice-de-aprovacao-na-atual-legislatura-25327294