Day: novembro 24, 2021

Incêndio no maior parque do NE abre suspeita sobre especulação imobiliária

Parque do Cocó, maior área verde urbana da região, passou na última semana pelo maior incêndio desde sua criação

Beatriz Jucá / El País

Por volta das 18h da última quarta-feira, labaredas começaram a tomar uma mata baixa e seca nas margens da avenida Raul Barbosa, próxima ao aeroporto de Fortaleza, no Ceará. Eram os primeiros sinais do que se confirmaria horas depois como o mais grave incêndio já registrado no maior parque natural urbano do Nordeste, o Cocó. Cerca de doze focos fizeram o fogo se alastrar ao longo de pouco mais de 46 hectares. O parque, localizado na área nobre da cidade e historicamente disputado em meio à especulação imobiliária, se expande ao longo de 15 bairros. Por conta do incêndio, vários deles amanheceram na quinta-feira encobertos por uma densa fumaça. Avenidas foram fechadas e duas linhas de ônibus tiveram o percurso alterado. Escolas interromperam aulas e enviaram os alunos de volta para casa, e alguns moradores das áreas mais afetadas tiveram de deixar suas casas, por conta da dificuldade para respirar.

Do lado de dentro do parque ―um corredor verde que atravessa praticamente toda a capital nas margens do Rio Cocó e cujo ecossistema é responsável por regular a temperatura e o microclima da cidade―, cerca de 70 bombeiros, brigadistas e voluntários trabalhavam para controlar o fogo. As labaredas haviam atingido uma área de campo aberto, que costuma alagar no primeiro semestre do ano, mas seca no segundo, quando as chuvas praticamente desaparecem na cidade. A combinação de vegetação seca, ventos mais fortes e temperatura elevada típica deste período do ano resulta em combustível para as chamas. Os bombeiros precisaram agir rápido para evitar que o fogo chegasse às áreas residenciais ou avançasse até a área florestal, mais próxima ao mangue e ao rio ― o grande coração de diversidade de fauna e flora do parque.

O parque ―formado por uma extensa mata ciliar, mangues e dunas― abriga uma série de árvores nativas e exóticas, além de centenas de espécies de animais, algumas delas em risco de extinção. “O parque tem mais de 1.500 hectares de área verde em uma cidade que já perdeu entre 80% e 90% da sua área verde natural. O Cocó é o alento ambiental de Fortaleza. É muito heterogêneo, com manguezais, campos abertos naturais e palmeirais”, explica Hugo Fernandes, biólogo e pesquisador da Universidade Estadual do Ceará (Uece). Integrante da equipe que fez um levantamento da fauna e da flora do parque em 2018, ele estava entre os brigadistas que atuaram para debelar as chamas. O pesquisador lembra que o parque é abrigo para pelo menos 146 espécies de aves, 12 de mamíferos e mais de 40 tipos de répteis e anfíbios.


Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
previous arrow
next arrow
 
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
Os 46 hectares engolidos pelo fogo no Parque do Cocó, no Ceará. Foto: Davi Pinheiro/El País
previous arrow
next arrow

“É uma fauna rica, com espécies ameaçadas de extinção”, diz, citando como exemplo o leopardus tigrinus, um gato do mato. Recentemente, a foz do rio viu encalhe de peixe-boi, o que não acontecia há décadas. Parte do parque, já no encontro do rio com o mar da praia da Sabiaguaba, é também região de desova da tartaruga-pente. “É sem dúvida o grande patrimônio ambiental de Fortaleza”, resume Fernandes. Foram necessárias 22 horas de trabalho intenso para debelar o fogo, tempo considerado curto para a dimensão do incêndio. Algumas iguanas e outros animais foram carbonizados, perdas que ainda estão sendo contabilizadas pelo Estado. Mais de 50 árvores nativas e exóticas foram consumidas pelas chamas. Além disso, o fogo provavelmente motivou a fuga de mamíferos e animais com potencial maior de mobilidade, que agora deverão tentar sobreviver em outras áreas do parque e causarão desequilíbrio nas relações alimentares. “Todo impacto ambiental ocorre em cadeia”, lembra o biólogo.

Por enquanto, ainda não se sabe exatamente o que provocou o incêndio. “Todo incêndio ali é criminoso, porque a lei ambiental não autoriza uso de fogo na área. O fogo só pode ser usado com licença ambiental, o que não havia”, explica o secretário do Meio Ambiente do Ceará, Artur Bruno. Nos últimos sete anos, foram registrado 45 incêndios no parque, quatro deles apenas em 2021. Geralmente pela queima de lixo por moradores das redondezas do parque ou por queimadas causadas por motivos de especulação imobiliária.

“Começa quase sempre pela mão humana, seja acidental ou intencional. Cabe à perícia dizer o que houve. O que a gente sabe é que não é natural”, pontua Fernandes. O caso está em investigação na Delegacia de Crimes Ambientais, acompanhada por técnicos da Secretaria do Meio Ambiente (Sema). Artur Bruno diz que nenhuma dessas hipóteses está descartada e que, por enquanto, não há maiores informações. Fontes ouvidas pelo jornal O Povo apontam que o incêndio no Cocó pode ter relação com conflito de facções criminosas. Segundo o jornal, uma apuração preliminar indica que um homem ligado a facção teria espalhado o fogo ao longo da avenida Murilo Borges, próxima ao parque, durante um confronto entre áreas dominadas pelo crime na região. O titular da Sema, que acompanha as investigações, não confirma esta hipótese. “Ainda é cedo para apontar qualquer coisa, precisamos aguardar as investigações”, diz.

Algumas iguanas e outros animais foram carbonizados, perdas que ainda estão sendo contabilizadas pelo Estado. Foto: Davi Pinheiro/El País

Um dos mais relevantes patrimônios ecológicos da cidade, o Cocó viu inúmeros prédios serem erguidos nos últimos anos. Algumas das construções têm praticamente entrada privativa para as trilhas do parque. Avenidas e viadutos também foram construídos, abocanhando parte da área verde, apesar dos inúmeros protestos de ambientalistas, que argumentavam sobre impactos no complexo ecossistema de seus mangues. Tantas pressões estenderam por décadas seu processo de regularização, com direito a inúmeras ocupações do parque feitas por ativistas. Somente após 45 anos de luta o parque foi finalmente oficializado, em 2017.

Não se pode dizer, contudo, que esteja a salvo. A especulação imobiliária é forte, especialmente em alguns dos bairros nobres que acompanham a parte com maior diversidade de fauna e flora, com os bairros Cocó, Guararapes e Edson Queiroz. O secretário Artur Bruno diz que rondas semanais são feitas em toda a extensão do Cocó para evitar ocupações irregulares. “Fazemos uma vistoria semanal para evitar apropriação indevida, seja de ricos ou de pobres, porque há também uma grande demanda de moradia na cidade. Conseguimos assim chegar no início das construções para impedi-las”, explica.

O parque também tem 30 quilômetros de cercas feitas com grades para limitar o acesso e começou a implantar câmeras de monitoramento que deverão garantir a segurança da população nas áreas de lazer, além de ajudar no controle de incêndios. O Governo do Estado informa ainda que contratou 19 brigadistas temporários para atuar no segundo semestre, quando os incêndios são mais frequentes. “Todos os anos, a partir deste ano, vamos contar com a brigada florestal. Eles foram contratados em outubro, desde novembro começaram a atuar. Um incêndio deste tamanho só foi debelado em menos de um dia porque todos agiram fortemente. A área é ruim, não tem como um caminhão entrar, por exemplo”, finaliza Bruno.

Fonte: El País
https://brasil.elpais.com/brasil/2021-11-23/incendio-no-maior-parque-do-nordeste-o-quarto-deste-ano-abre-suspeita-sobre-faccoes-e-disputa-imobiliaria.html


Membros do governo passam a rever planos de candidatura em 2022

Entre os nomes que passaram a mostrar dúvidas sobre o tema estão os dos ministros Augusto Heleno e Tarcísio de Freitas

Bela Megale / O Globo

A queda de popularidade do presidente Bolsonaro tem feito com que integrantes do governo recalculem os planos de se aventurarem nas urnas em 2022. Entre os nomes que passaram a mostrar dúvidas sobre o tema estão os dos ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Tarcísio de Freitas (Infraestrutura).

Apontado como garantido para concorrer ao Senado pelo Distrito Federal em 2022, Heleno já confidenciou a interlocutores que está com certo receio de encarar a empreitada. O general tem dito que não quer entrar em nenhuma fria e que só vai se candidatar se a possibilidade de ser eleito for real.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, também já disse a aliados ter planos para seu futuro político um tanto diferentes daqueles traçados por Bolsonaro. O presidente quer que o ministro concorra ao governo de São Paulo, por avaliar que precisa ter um representante de peso no Estado. Tarcísio, no entanto, já mostrou que hoje seu projeto é disputar uma vaga no Senado, preferencialmente por Goiás.

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que sonhava com uma vaga ao Senado pelo Rio, sinalizou a aliados que deve disputar um posto menos concorrido, na Câmara dos Deputados. Pesa contra ele também o desgaste que sofreu na pandemia pela má condução da crise sanitária e os reflexos disso na CPI da Covid.

Fonte: O Globo
https://blogs.oglobo.globo.com/bela-megale/post/com-bolsonaro-em-baixa-membros-do-governo-passam-rever-planos-de-candidatura-em-2022.html


Biden convida Brasil para Cúpula pela Democracia, para isolar China e Rússia

Lista de convidados é razão de controvérsia por incluir outros países com governos acusados de minar Estado de direito, como a Polônia

O Globo e agências internacionais

WASHINGTON — O presidente americano, Joe Biden, convidou 110 países, entre eles o Brasil, para a Cúpula sobre a Democracia que será realizada de maneira virtual nos dias 9 e 10 de dezembro. A lista, que provocou controvérsia desde a convocação da cúpula, inclui aliados americanos como Iraque, Índia e Paquistão, mas deixa de fora outros como Arábia Saudita, Turquia e Hungria.

A cúpula foi prometida por Biden desde a campanha eleitoral de 2020, com o objetivo de ressaltar o que ele chama de volta da liderança internacional dos EUA depois dos anos de Donald Trump, marcados pelo rompimento com organismos e tratados multilaterais e pelas disputas com aliados tradicionais de Washington, como Alemanha e França.

Um dos principais objetivos do encontro é fazer um contraponto à China, classificada por Biden como a grande rival estratégica dos EUA, e à Rússia. Nesse sentido, nem o governo de Xi Jinping nem o de Vladimir Putin foram convidados, mas sim o governo de Taiwan, o que enfureceu Pequim, que considera a ilha uma "província rebelde".

Leia mais: EUA estreiam como 'democracia em retrocesso' em estudo que também aponta declínio democrático no Brasil

Na América Latina, nem Venezuela nem Cuba estão na lista de convidados, mas ela inclui Argentina, México, Peru, Colômbia e Chile. O Brasil de Jair Bolsonaro é citado em estudo divulgado nesta semana  sobre o "o estado global das democracias" como o país que registrou o maior retrocesso democrático em 2020, por causa dos ataques do presidente à Justiça e ao sistema eleitoral.

No estudo, da organização International Idea (Instituto Internacional para a Democracia e a Assistência Eleitoral), que desde 2016 analisa 150 países, os EUA apareceram pela primeira vez na lista das "democracias em retrocesso", por causa, entre outros fatores, do questionamento de Trump ao resultado da eleição de 2020 e de leis aprovadas em estados governador por republicanos que cerceiam o direito de voto, em especial de minorias.

Do Oriente Médio, apenas Israel e Iraque foram convidados para este encontro virtual, que será realizado em 9 e 10 de dezembro. Aliados árabes tradicionais dos EUA como Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Qatar ou Emirados Árabes não foram chamados.

A Polônia também estará representada, apesar de tensões recorrentes com Bruxelas sobre o respeito ao Estado de direito. A Hungria, liderada pelo primeiro-ministro Viktor Orbán, não esteja na lista do Departamento de Estado. A Turquia, que assim como os EUA, é país-membro da Otan, também está ausente da lista de países participantes.

Já na África, estão entre os convidados a República Democrática do Congo, Quênia, África do Sul, Nigéria e Níger.

Oposição

Nesta quarta-feira, o governo de Pequim reagiu rapidamente ao convite feito a Taiwan por Biden:

— A China mostra sua firme oposição ao convite americano feito às autoridades de Taiwan — declarou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian.

Ele insistiu que Taiwan é "uma parte inalienável do território chinês.”

Taiwan é foco de tensões entre EUA e China. O governo local agradeceu a Biden pelo convite: "Com esta reunião de cúpula, Taiwan pode compartilhar sua história democrática de sucesso", afirmou o porta-voz da presidência, Xavier Chang, em um comunicado.

Na Rússia, o porta-voz do Kremlin Dmitri Peskov declarou nesta quarta-feira, durante uma conversa com a imprensa, que a iniciativa de Biden pretende dividir os países:

— Os EUA preferem criar novas linhas de divisão, dividir os países em bons, segundo sua opinião, e maus, segundo sua opinião — disse Peskov.

Segundo Laleh Ispahani, da Fundação Open Society, a diversidade da lista é importante:

— Para uma primeira cúpula (...) há boas razões para ter uma ampla gama de atores presentes: isso permite uma melhor troca de ideias — disse à AFP.

Segundo Ispahani, em vez de realizar uma reunião anti-China, que seria uma "oportunidade perdida", Biden deve aproveitar a reunião para "atacar a crise que representa o sério declínio da democracia em todo o mundo, mesmo para modelos relativamente robustos como os Estados Unidos."

Fonte: O Globo
https://oglobo.globo.com/mundo/biden-convida-brasil-para-cupula-pela-democracia-que-visa-isolar-china-russia-25289702


André Mendonça tem 43 votos e aprovação para STF é considerada imprevisível

Contabilidade mostra apoio de apenas dois senadores a mais do que o mínimo necessário; opositores calculam que podem derrotá-lo

Monica Bergamo / Folha de S. Paulo

O resultado da votação do nome de André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal no plenário do Senado é considerado imprevisível tanto para apoiadores quando para os opositores da candidatura dele à corte.

Em uma última contabilidade, revelada no jantar que ofereceram em apoio ao ex-advogado-geral da União, parlamentares da bancada evangélica diziam que ele tem o voto de 43 do total de 81 senadores –ou apenas dois a mais do que o mínimo necessário para ter a indicação sacramentada.


Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
André Mendonça e Jair Bolsonaro. Foto: Agência Brasil
André Mendonça. Foto: Secom/PR
André Mendonça. Foto: Secom/PR
André Mendonça. Foto: Anderson Riedel/PR
André Mendonça e Jair Bolsonaro. Foto: Secom/PR
André Mendonça. Foto: Secom/PR
André Mendonça. Foto: Secom/PR
André Mendonça. Foto: Pablo Jacob
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
previous arrow
next arrow
 
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
André Mendonça e Jair Bolsonaro. Foto: Agência Brasil
André Mendonça. Foto: Secom/PR
André Mendonça. Foto: Secom/PR
André Mendonça. Foto: Anderson Riedel/PR
André Mendonça e Jair Bolsonaro. Foto: Secom/PR
André Mendonça. Foto: Secom/PR
André Mendonça. Foto: Secom/PR
André Mendonça. Foto: Pablo Jacob
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
previous arrow
next arrow

EM ALERTA

Os líderes religiosos seguem, portanto, mobilizados para tentar angariar mais votos, garantindo uma aprovação por margem segura.

SOMA

Já os senadores de oposição ao presidente Jair Bolsonaro, que indicou Mendonça para a corte, contabilizam 49 votos contrários a ele.

SOMA 2

A situação é considerada indefinida já que não é incomum uma virada de grande número de votos até mesmo minutos antes do placar.

Fonte: Folha de S. Paulo
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2021/11/aprovacao-de-mendonca-no-stf-e-considerada-imprevisivel-e-teria-hoje-43-votos-segundo-evangelicos.shtml


Alcolumbre cede e marca sabatina de André Mendonça, indicado por Bolsonaro ao STF

Sabatina e votação da indicação na CCJ vai acontecer na próxima semana no Senado

Renato Machado / Thiago Resende / Folha de S. Paulo

Após mais de quatro meses de resistência, o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), marcou a sabatina do ex-ministro André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para uma vaga no Supremo Tribunal Federal.

A sabatina e votação da indicação na CCJ vai acontecer na próxima semana, durante esforço concentrado no Senado para a votação de indicação de autoridades.

​Alcolumbre fez uma longa fala sobre o assunto, rebatendo a acusação de que havia tornado inoperante alguns órgãos justamente por não agendar sabatinas.

Citou como exemplo o Conselho Nacional do Ministério Público, afirmando que as sabatinas que lhe cabiam haviam sido feitas, mas que o plenário do Senado não realizou as votações previstas.

O senador pelo Amapá também afirmou que tinha preferência por realizar primeiramente as sabatinas para cargos com mandatos e não para vagas vitalícias, como as indicações para tribunais.

Ele citou especificamente as indicações de Mendonça, para o Supremo Tribunal Federal e também para uma vaga no Tribunal Superior do Trabalho.

"Pessoalmente se tivesse que escolher, eu optaria por colocar todos os cargos nesse momento, os cargos que dispõem de mandato e não os vitalícios", afirmou.

O agendamento da análise do nome de Mendonça acontece um dia após reunião na residência oficial do Senado entre Alcolumbre, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o líder do governo, senador Fernando Bezerra (MDB-PE).


Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
André Mendonça e Jair Bolsonaro. Foto: Agência Brasil
André Mendonça. Foto: Secom/PR
André Mendonça. Foto: Secom/PR
André Mendonça. Foto: Anderson Riedel/PR
André Mendonça e Jair Bolsonaro. Foto: Secom/PR
André Mendonça. Foto: Secom/PR
André Mendonça. Foto: Secom/PR
André Mendonça. Foto: Pablo Jacob
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
previous arrow
next arrow
 
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
André Mendonça e Jair Bolsonaro. Foto: Agência Brasil
André Mendonça. Foto: Secom/PR
André Mendonça. Foto: Secom/PR
André Mendonça. Foto: Anderson Riedel/PR
André Mendonça e Jair Bolsonaro. Foto: Secom/PR
André Mendonça. Foto: Secom/PR
André Mendonça. Foto: Secom/PR
André Mendonça. Foto: Pablo Jacob
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Sabatina de André Mendonça na CCj do Senado. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
previous arrow
next arrow

Pacheco informou no mesmo dia que havia recebido uma sinalização positiva de que Alcolumbre pautaria a sabatina de Mendonça durante o esforço concentrado para a votação das indicações de autoridades, que será realizado na próxima semana.

"[Alcolumbre] sinalizou que vai fazer todas as sabatinas, todas as apreciações que precisam ser feitas pela CCJ, assim como a senadora Kátia Abreu fez em relação à Comissão de Relações Exteriores com os embaixadores que estão indicados e as demais comissões e assim sucessivamente", respondeu Pacheco, ao ser questionado sobre o que teria dito Alcolumbre ao ser cobrado para fazer a sabatina de Mendonça durante o esforço concentrado.

O senador pelo Amapá vem sendo cobrado duramente por evangélicos, por membros do STF e por outros senadores para destravar a sabatina do ex-ministro da Advocacia-Geral da União.

A cobrança acabou respingando em Pacheco, que passou a ser pressionado para levar a análise diretamente para o plenário do Senado.

Durante sessão plenária na semana passada, alguns senadores, como o líder do Podemos, Álvaro Dias (Podemos-PR), chegou a ameaçar uma grande paralisação dos trabalhos do Senado, se a sabatina de Mendonça não fosse realizado.

Nos bastidores, comenta-se que o principal motivo pelo qual Alcolumbre vinha segurando a sabatina de André Mendonça é o fato de ter perdido o controle sobre a distribuição de emendas. Além disso, também comenta-se que ele gostaria de ver substituída a indicação de Mendonça pela do atual procurador-geral da República, Augusto Aras.

Mendonça é o nome "terrivelmente evangélico" que o presidente Jair Bolsonaro havia prometido indicar para uma vaga no Supremo Tribunal Federal.

ENTENDA TRAMITAÇÃO DAS INDICAÇÕES NO SENADO

  • A avaliação sobre a nomeação é feita pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Para iniciar o processo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), deve ler o comunicado da indicação em plenário, o que já foi feito
  • A principal etapa na comissão é a realização de uma sabatina do candidato pelos congressistas. Concluída a sabatina, a CCJ prepara um parecer sobre a nomeação e envia a análise ao plenário
  • A decisão sobre a indicação é feita em uma sessão plenária da Casa. A aprovação do nome só ocorre se for obtida maioria absoluta, ou seja, ao menos 41 dos 81 senadores
  • Depois da aprovação pelo Senado, o presidente pode publicar a nomeação e o escolhido pode tomar posse no tribunal

Fonte: Folha de S. Paulo
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2021/11/alcolumbre-cede-e-marca-sabatina-de-andre-mendonca-indicado-por-bolsonaro-ao-stf.shtml


Luiz Carlos Azedo: Um samba antológico pode servir de conselho ao PSDB

Disputa entre tucanos, nas prévias tumultuadas do PSDB, parece reproduzir a crise dos partidos da República Velha

Luiz Carlos Azedo / Nas Entrelinhas / Correio Braziliense

Impactado pela vitória do MDB em 1974, o presidente Ernesto Geisel iniciou a grande manobra de retirada dos militares da cena política com a chamada “distensão lenta e gradual”. O partido de oposição à Arena (governista) conseguira expressiva vitória nas eleições gerais de novembro daquele ano, conquistando 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados, além da maioria das prefeituras das grandes cidades. A sociedade se mobilizava geral: operários, estudantes, artistas, classe média, empresários, profissionais liberais.

Houve uma explosão cultural. O teatro, o cinema, a televisão e a música popular faziam a crônica da mudança de costumes e protagonizavam os gritos de liberdade. É nesse ambiente, em 1976, que o sambista Candeia compôs um dos mais belos sambas de sua geração, gravado inicialmente por Cartola, naquele mesmo ano, mas cujo estrondoso sucesso viria mais tarde, na voz de Marisa Monte, em 1989, que não chegou a conhecer. Candeia morreu muito jovem, aos 43 anos, dois anos depois de sua composição.

Antônio Candeia Filho fora um policial truculento, que ficara paraplégico, após levar cinco tiros de um motorista numa batida policial. A limitação física, inimaginável para um capoeirista, levou-o à profunda depressão. Foi salvo, espiritualmente, pelo candomblé. E pelas rodas de samba da Portela, nas quais se destacou como líder da oposição ao “bicheiro” Carlinhos Maracanã. Dissidente, com Paulinho da Viola e outras bambas, criaria a legendária Quilombo. Seu álbum Axé é um manifesto de negritude, contra o racismo estrutural.

Preciso me encontrar, composta por Candeia a pedido do jornalista e escritor Juarez Barroso, falecido naquele mesmo de 1976, não me sai da cabeça desde domingo, por causa da confusão das prévias do PSDB, nas quais os governadores João Doria, de São Paulo, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, protagonizam uma intensa guerra interna, coadjuvados pelo ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto, que nunca foi tão moderado.

Deixe-me ir/ Preciso andar/ Vou por aí a procurar/ Rir pra não chorar/ Se alguém por mim perguntar/ Diga que eu só vou voltar/ Depois que me encontrar/ Quero assistir ao sol nascer/ Ver as águas dos rios correr/ Ouvir os pássaros cantar/ Eu quero nascer/ Quero viver”, diz a letra do samba antológico. É a síntese do drama tucano, que registra uma disputa entre lideranças paulistas e gaúchas, incendiada pelos mineiros, que parece reproduzir a crise dos partidos republicanos da República Velha, tamanha a radicalização e a dificuldade de entendimento entre seus protagonistas.

Prévias do barulho
O que poderia ter sido uma inédita demonstração de democracia interna e construção de consensos, com escolha de uma candidatura em bases democráticas, virou um furdunço, no sentido pejorativo do termo. Não vai ser fácil encontrar uma saída pactuada, depois do colapso de domingo no sistema de votação por aplicativo para os filiados da legenda, com direito a 25% do colégio eleitoral.

Qualquer resultado, se não houver boa vontade do perdedor, pode ser deslegitimado e fragilizará o candidato à Presidência da República escolhido pela legenda. Parece que Doria está levando a melhor e tem um acordo de bastidor com Virgílio; Leite, denunciando jogo bruto, dá sinais de que está para tomar o seu rumo, como na bela canção de Candeia.

O PSDB nasceu de uma costela do MDB, quando o falecido governador paulista Orestes Quércia se assenhorou da legenda, durante o governo do presidente José Sarney. Tornou-se nacional quando Fernando Henrique Cardoso, ex-ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, venceu as eleições de 1994, na onda do sucesso do Plano Real. Até então, era forte em São Paulo, em Minas, no Paraná e no Ceará; residual no Rio de Janeiro, na Bahia, no Rio Grande do Sul e no Pará.

Eleito, FHC conteve o crescimento do partido, por causa de sua aliança com o PFL. Na sua sucessão, isso teve um preço. Além disso, José Serra fez uma campanha descolada do governo que o apoiava e ainda foi cristianizado em Minas. Desde então, a hegemonia dos políticos paulistas na legenda sempre teve um custo para as suas alianças no plano nacional, por causa das disputas regionais.

https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/nas-entrelinhas-um-samba-antologico-pode-servir-de-conselho-ao-psdb/

Mulher vive vulnerabilidade desde o momento que sai de casa, mostra pesquisa

Elas também são a parcela da população que declara sentir mais medo. E, para isso, não importa o meio de transporte que utilizem

Gabriela Bernardes / Correio Braziliense

Do momento em que saem até a hora de voltar para casa, as mulheres brasileiras são o grupo mais vulnerável à violência durante o percurso. Elas também são a parcela da população que declara sentir mais medo. É o que revela a pesquisa "Percepções sobre segurança das mulheres nos deslocamentos pela cidade", realizada pelo Instituto Patrícia Galvão e pelo Instituto Locomotiva, com apoio da Uber e suporte técnico e institucional da ONU Mulheres.

Os dados do levantamento demonstram que 69% das mulheres já foram alvo de olhares insistentes e cantadas inconvenientes ao se deslocarem pela cidade. Nada menos que 35% já sofreram importunação/assédio sexual, e 67% das negras relataram ter passado por situações de racismo quando estavam a pé.

importunacao mulher andando na rua

Apesar de consideravelmente maior no sexo feminino, há uma sensação geral de insegurança durante os deslocamentos urbanos. Apenas 16% das mulheres e homens que circulam pela cidade utilizando as mais diversas modalidades de transporte sentem-se plenamente seguros.

A pesquisa aponta, ainda, que antes de sair de casa, as mulheres tomam muitas medidas preventivas e de segurança. Evitar o uso de alguns acessórios, dispensar um caminho mais longo ou demorado e evitar locais escuros estão entre os recursos que as brasileiras recorrem nos seus trajetos.

Os números do estudo revelam que pelo menos oito em cada 10 brasileiras fazem uso de alguma medida de segurança nos seus trajetos: 92% evitam sair à noite, 87% escolhem o lugar em que vão se sentar no transporte coletivo pensando na sua segurança e 96% evitam passar em local deserto/escuro.

As porcentagens de outras medidas de segurança adotadas pelas mulheres em comparação com homens também são altas. Oitenta e cinco por cento das entrevistadas pedem para que outras pessoas as esperem em casa ou aguardam notícias delas quando chegam ao destino, enquanto que no caso dos homens isso só é verificado por 68%. Além disso, enquanto 82% das mulheres evitam usar alguns tipos de roupa ou acessórios, a porcentagem masculina é de 72%.

Não importa se em transportes individuais ou coletivos, públicos ou particulares, as mulheres são abusadas e assediadas nos diversos meios de deslocamento pela cidade. A pé e de ônibus são as formas com maior incidência de casos, de acordo com a pesquisa. Ao menos 69% das mulheres já foram alvo de olhares insistentes e cantadas inconvenientes durante o trajeto e 78% temem isso no meio de transporte que utiliza.

Fonte: Correio Braziliense
https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2021/11/4965435-mulher-vive-vulnerabilidade-desde-o-momento-que-sai-de-casa-mostra-pesquisa.html


Lira usa verbas do orçamento secreto para beneficiar prefeitos aliados

À frente da Codevasf em Alagoas, primo de Arthur Lira (PP-AL), é peça-chave na engrenagem montada pelo presidente da Câmara

Patrik Camporez / O Globo

BRASÍLIA — À frente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em Alagoas, João José Pereira Filho, primo de Arthur Lira (PP-AL), é peça-chave na engrenagem montada pelo presidente da Câmara para beneficiar prefeitos aliados com verbas oriundas do orçamento secreto. O superintendente do órgão no estado administra um caixa turbinado por R$ 83,9 milhões de emendas do relator apadrinhadas por Lira — os repasses já tiveram como destino, por exemplo, Barra de São Miguel, governada pelo pai do deputado. Ao todo, o braço local da empresa pública tem um orçamento de R$ 163 milhões, em valores de outubro.

Veja ainda:Peça-chave na distribuição de emendas do relator, primo de Lira já foi condenado por improbidade

No outro lado da equação, prefeitos de fora do círculo político do presidente da Câmara reclamam que tentam acessar os recursos para obras e compra de equipamentos em seus municípios, mas encontram as portas fechadas na Codevasf. Conhecido no meio político como Joãozinho, o superintendente foi indicado para o cargo por Lira, com a chancela do presidente Jair Bolsonaro.

LeiaEntenda por que as emendas do relator são menos transparentes

O “carimbo” de Lira na destinação aparece em documentos do Ministério do Desenvolvimento Regional, em que ele consta como autor das indicações, além de ser confirmado por declarações de prefeitos. Não há nesse tipo de emenda, ao contrário das individuais e de bancada, a possibilidade de visualizar o autor e o destinatário nos portais públicos de acompanhamento dos gastos da União.

Leia tambémEm recado ao STF, Centrão e bolsonaristas aprovam na CCJ proposta que antecipa a aposentadoria de ministros

No início do mês, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a suspensão da execução do orçamento secreto, além da criação de mecanismos de transparência para a execução dos recursos.

Arapiraca, governada por José Luciano Barbosa (MDB), foi agraciada com R$ 23,8 milhões — as portarias que liberaram a verba foram assinadas pelo superintendente. Barbosa é aliado de Lira, que foi à cidade, ao lado do primo, fazer uma entrega simbólica do dinheiro.


Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputado
Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados
Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Arthur Lira, presidente da Câmara e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, no início do ano legislativo. Foto: Agência Senado
Arthur Lira e o ministro da Economia, Paulo Guedes. Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
previous arrow
next arrow
 
Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputado
 Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados
Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Arthur Lira, presidente da Câmara e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, no início do ano legislativo. Foto: Agência Senado
Arthur Lira e o ministro da Economia, Paulo Guedes. Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
previous arrow
next arrow

LeiaBolsonaro se filia ao Partido Liberal no dia 30, diz partido

Em nota divulgada no dia 28 de agosto, a prefeitura confirmou que os recursos foram “conseguidos em Brasília por Arthur Lira”. No mesmo dia, Barbosa fez um discurso elogiando o parlamentar pelo “apoio” para recuperar “equipamentos e vias públicas”. A cidade é uma base eleitoral de Lira, onde ele obteve 7.072 votos nas eleições de 2018, sendo o terceiro mais votado.

O segundo maior repasse assinado por Joãozinho, de R$ 3,8 milhões, foi direcionado a Barra de São Miguel, administrada por Benedito de Lira (PP), pai do presidente da Câmara. Em terceiro lugar, com R$ 2,3 milhões, vem Canapi, cujo prefeito, Vinícius José Mariano de Lima (PP), também é próximo a Lira. Os três prefeitos foram procurados, mas não retornaram.

'Blindado': Em visita ao Congresso, Moro evita senadores e perguntas incômodas

As verbas para a compra de tratores, caminhões-pipa e retroescavadeiras compõem a maior parte da fatia das emendas de relator da Codevasf em Alagoas. Um levantamento feito pelo GLOBO no Diário Oficial da União encontrou 130 portarias assinadas por Joãozinho que promovem a liberação desses equipamentos. Em solenidades, o chefe da Companhia no estado costuma dizer que “80% dos recursos e equipamentos já liberados pelo órgão tem a participação do deputado Arthur Lira”.

O prefeito de Estrela de Alagoas, Mário Jorge Garrote (PP), por exemplo, foi contemplado com um caminhão-pipa comprado pela Codevasf por R$ 379 mil. Lira foi o deputado federal mais votado no município em 2018, com 41,15% dos votos.

— Aqui Arthur Lira é 100%. Foi ele quem liberou o caminhão-pipa. Claro que isso o ajuda na campanha. Ele libera tudo aqui: poço artesiano, veículos...

Sabatina de MendonçaAlcolumbre sinalizou que vai fazer sabatina de ex-AGU, diz presidente do Senado

O prefeito de Roteiro, Alysson Sardina (PP), onde Lira também foi o mais votado em 2018, com apoio de 34,19% dos eleitores, faz coro. A cidade de 7 mil habitantes foi contemplada com uma das 31 retroescavadeiras adquiridas — a cerimônia de entrega teve a presença de Lira.

— A gente fala com ele (Joãozinho) e sempre resolve rápido. Meu apoio é certo (a Lira) em 2022.

Nas cidades administradas por opositores de Lira, o cenário é bem distinto. Um exemplo é São Brás, onde o prefeito diz que os reparos nas estradas dependem de uma máquina “sucateada”. O último convênio da União com a cidade, segundo portais públicos do governo federal, foi firmado em 2017. Lira obteve apenas 27 votos no município em 2018.

— A cidade é banhada pelo Rio São Francisco, então as liberações da Codevasf deveriam ser automáticas, sem depender de indicação do grupo do Lira — reclama o prefeito Klinger Quirino (MDB), pontuando a necessidade de uma obra de desassoreamento.

Em Palmeira dos Índios, o prefeito Julio Cezar (PSB), que também não integra o grupo político de Lira, diz que há solicitações paradas na Codevasf. O presidente da Câmara obteve só 9,52% dos votos na cidade em 2018.

— Apresentamos à Codevasf pedidos de máquinas e equipamentos, mas estamos aguardando desde janeiro — diz o mandatário.

Lira: “toda a bancada”

Lira afirmou que os equipamentos entregues pela Codevasf em 2021 têm origem em recursos destinados “por todos os parlamentares da bancada de Alagoas, deputados e senadores, por meio das emendas de bancada”. O presidente da Câmara acrescentou que “gostaria de ter entregado o número de maquinários apontado pela reportagem, o que beneficiaria muitos municípios e associações comunitárias alagoanos”.

Procurado, Joãozinho não atendeu. Já a Codevasf disse que as contratações autorizadas pelo superintendente “servem ao interesse social e observam disposições da lei e ritos legais e administrativos aplicáveis”. O texto diz ainda que os equipamentos são comprados em pregão eletrônico e que a formalização da entrega ocorre “após emissão de pareceres, realização de visitas técnicas e produção de laudos de conveniência socioeconômica”.

Fonte: O Globo
https://oglobo.globo.com/politica/lira-usa-verbas-do-orcamento-secreto-para-beneficiar-prefeitos-aliados-25289459


“Mais pobres estão solapados pela pandemia”, diz Eliziane Gama

Senadora discute erradicação da pobreza na 10ª aula do curso Jornada Cidadã 2022

Cleomar Almeida, da equipe da FAP

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) disse que “a erradicação da pobreza é uma imposição a qualquer país que deseje sair do subdesenvolvimento”. “Os mais pobres estão sendo solapados pelos efeitos da pandemia, crise econômica e inflação”, afirma ela, em entrevista ao portal da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília.

A parlamentar discute, nesta quarta-feira (24/11), a partir das 19 horas, redução da desigualdade e erradicação da pobreza na 10ª aula do curso Jornada Cidadã 2022, disponível na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, gratuitamente, a simpatizantes e filiados ao partido.

Os efeitos da pandemia agravaram o cenário de fome no país. “Por isso se faz tão necessário pensar na garantia de uma renda mínima aos brasileiros, isso dentro de uma política de Estado e não como mero artifício eleitoreiro”, destaca a parlamentar.

gfhfg
Condomínio invadido do Minha Casa, Minha Vida, no Rio
Pobreza em Cruz Machado
tyyjjhh
jkjkhg
awdsdt
dfsgh
dfsasdfbg
dfdydfh
hfghd
wdsgdf
igjfd
photograph taken in the Kibera slums in Nairobi during the stay of the Pope in Kenya. more than 500,000 people live here without essential services.
okhgf
previous arrow
next arrow

Fome

Levantamento mais recente da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) indica que, no total, 19,1 milhões de brasileiros passam fome no país, o equivalente a 9% da população.

O estudo foi realizado em dezembro do ano passado, em 2.180 domicílios das cinco regiões do Brasil, tanto em áreas urbanas como rurais. A entidade também concluiu que, com a pandemia da Covid-19, cerca de 116,8 milhões estão em algum grau de insegurança alimentar — leve, moderado ou grave.

Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o número de pobres saltou de 9,5 milhões, em agosto de 2020, para mais de 27 milhões, em fevereiro de 2021. “Isso significa que a pobreza no Brasil triplicou em seis meses”. 

A senadora também lembra que 40 milhões de brasileiros vivem em situação de extrema pobreza, com até R$ 89 por mês. “Isso é inadmissível. Enquanto pobres ficam cada vez mais pobres, ricos ficam cada vez mais ricos”, lamenta.

“Vivemos um momento em que iniciativas importantes como a valorização do ganho real do salário-mínimo e as transferências de renda foram abandonadas pelo atual governo. É algo estarrecedor e que, se não for alterado, teremos um enorme contingente, ainda maior, de miseráveis no Brasil”, alerta.



O curso

As inscrições no curso podem ser feitas, diretamente, na plataforma de educação a distância Somos Cidadania, que é totalmente interativa, moderna, com design responsivo e tem acesso gratuito para matriculados. Nela, além das aulas, os alunos têm à disposição uma série de informações relevantes e atuais sobre o contexto político brasileiro e eventos contínuos realizados pela FAP.

Palestrantes do curso Jornada Cidadã 2022
Palestrantes do curso Jornada Cidadã 2022

O curso, segundo a coordenação, reúne uma série de professores altamente qualificados para abordar temas que afetam diretamente o dia a dia das pessoas e devem ser encarados por meio de políticas públicas eficazes, em meio a um cenário tomado pela pandemia da covid-19.

Veja vídeos do Curso



Leia mais

“Brasil precisa dar salto na educação”, afirma Cristovam Buarque

Análise de conjuntura não é jogo de adivinhação”, diz Luiz Carlos Azedo

Curso Jornada Cidadã 2022 mostra uso estratégico das redes sociais

‘Comunicação política é como droga’, diz jornalista e publicitário Edson Barbosa

‘É preciso criatividade para firmar projeto político com valores’, diz Arnaldo Jordy

Marcelo Nunes vê avanço em federação partidária: “Muito positiva”

Rubens Bueno discute estratégias de pré-campanha na Jornada Cidadã 2022

Direitos políticos são abordados na segunda aula da Jornada Cidadã 2022

História e identidade do Cidadania 23 são temas de aula da Jornada Cidadã 2022

Professores sugerem obras para alunos do curso Jornada Cidadã 2022

FAP abre inscrições para curso de formação política Jornada Cidadã 2022


“Lindolfo Hill foi símbolo da melhor utopia comunista”, diz professor

Ricardo Marinho analisa biografia de Lindolfo Hill na revista da Fundação Astrojildo Pereira

João Vitor*, da equipe FAP

Em artigo publicado na revista Política Democrática Online de novembro (37ª edição), o professor Ricardo Marinho, do Instituto Devecchi e da Unyleya Educacional, faz análise da biografia de Lindolfo Hill, escrita por seu sobrinho Alexandre Müller Hill Maestrini. “Apresenta um símbolo e exemplo daquilo que de melhor a utopia do comunismo legou ao século XXI”, afirma ele.

A revista é editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília. A instituição disponibiliza, gratuitamente, em seu portal, todo o conteúdo da publicação mensal na versão flip. Lindolfo Hill foi eleito vereador em Juiz de Fora (MG) para a legislatura 1947-1950, mas teve o mandato cassado após o Governo Eurico Gaspar Dutra encerrar as atividades do PCB.

Clique aqui e veja a revista Política Democrática online de novembro

A biografia Lindolfo Hill: um outro olhar para a esquerda, conforme observa Marinho, ressalta a história de um pedreiro que aderiu ao comunismo muito cedo e que permaneceu ligado ao movimento por toda sua vida. “Ele deve sua sobrevivência ao esforço de sua mãe e da solidariedade familiar”, diz.

Marinho afirma que a biografia é marcada por uma forte ética de convicção política e cultural, sempre submetida pelo protagonista a um código estoico e, ao mesmo tempo, por sua própria admissão tolerante.

O professor diz ser magnético e fascinante o exercício biográfico de entrelaçamento entre a narração de uma biografia de um brasileiro comunista no século XX e a história de uma grande política, abordando a reflexão organizada pela experiência pessoal e a que é gerada pelo operário da construção civil.

Marinho acentua que não se pode ignorar o fato de que o protagonista do livro é um dos maiores comunistas do século passado. “Não se pode escapar de ler sua biografia à luz do seu tempo e do nosso”, ressalta.

A biografia está dividida em prefácio, apresentação, impressões e posfácio de colaboradoras e colaboradores.

Veja lista de autores da revista Política Democrática online de novembro

A íntegra do artigo de Marinho pode ser conferida na versão flip da revista, disponível no portal da FAP, gratuitamente. A nova edição da revista da FAP também tem reportagem especial sobre as novas composições familiares, além de artigos sobre economia, cultura e política.

Compõem o conselho editorial da revista o diretor-geral da FAP, sociólogo e consultor do Senado, Caetano Araújo, o jornalista e escritor Francisco Almeida e o tradutor e ensaísta Luiz Sérgio Henriques. A Política Democrática online é dirigida pelo embaixador aposentado André Amado.

*Estagiário integrante do programa de estágios da FAP, sob supervisão do jornalista Cleomar Almeida

Leia também

Defesa da democracia deve ser objetivo maior dos partidos, diz revista da FAP

“Precisamos amadurecer discussão da reforma do Imposto de Renda”

Veja todas as edições da revista Política Democrática online! 


Bolsonaro afirma que Lula 'não tem mais futuro'

Presidente disse que não se preocupa com candidaturas de petista e de Sergio Moro

André de Souza e Daniel Gullino / O Globo

BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "não tem mais futuro" e que "passou" o tempo do PT. Bolsonaro disse que está disposto a debater com Lula e declarou que não se sente ameçado pela pré-candidatura do petista, nem pela do ex-juiz Sergio Moro (Podemos).

Saiba mais:  Na disputa por vaga do TCU, Kátia Abreu une apoio do Planalto e da oposição

Lula lidera as pesquisas eleitorais e Moro aparece em terceiro lugar, atrás de Bolsonaro. As declarações do presidente foram feitas em entrevista ao Portal Correio, da Paraíba.

— Não tem mais futuro o ex-presidente. Acabou a vida... — disse Bolsonaro. — Passou (o tempo do PT). Foi marcado muito por corrupção na Petrobras, Correios, em tudo quanto é lugar, o loteamento, um descaso com a coisa pública.

CPI da Covid:  Comissão do Senado convida Aras para esclarecer providências sobre relatório

O presidente afirmou que não vê problemas em debater com Lula:

— Eu não estou preocupado com isso. Se me preocupar com isso, não durmo. A gente vai para debate? Vai. Quero debater com Lula sem problema nenhum.

Prévias do PSDB:  Crise ocorre após trocas de acusações sobre lista de filiados, apoio a Bolsonaro e aplicativo; veja a cronologia

Em outro momento da entrevista, Bolsonaro já havia dito que a pré-candidatura de Sergio Moro, seu ex-ministro da Justiça, não é uma ameaça:

— De jeito nenhum. Não estou preocupado com isso. O povo que escolha o melhor.

Na mesma entrevista, Bolsonaro disse que seu processo de filiação ao PL "está praticamente resolvido" e que deve conversar com o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, "nos próximos dias". A negociação foi dificultada por divergências nos palanques estaduais.

— Está praticamente resolvido. Eu converso com ele nos próximos dias. Está quase fechado. Mas, na política, só está fechado depois que fecha.

Fonte: O Globo
https://oglobo.globo.com/politica/bolsonaro-afirma-que-lula-nao-tem-mais-futuro-1-25288767


Moro defende aumento de auxílio e faz aceno ao PSDB

Ex-ministro participou de reunião com a bancada do Podemos e falou sobre a PEC dos precatórios

Lauriberto Pompeu / O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (Podemos) subiu o tom do discurso de campanha ao Palácio do Planalto e criticou os governos de Jair Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seus principais adversários. Moro esteve nesta terça-feira, 23, no Senado e, ao lado da bancada do Podemos, partido ao qual se filiou recentemente, defendeu a proposta alternativa à PEC dos precatórios.

“É perfeitamente possível realizar o incremento do Auxílio Brasil sem derrubar o teto de gastos”, afirmou Moro, numa referência PEC que abre caminho para a criação do novo programa social. “É possível conciliar responsabilidade social com responsabilidade fiscal.”

LEIA TAMBÉM

Bolsonaro diz que filiação ao PL é assunto 'praticamente resolvido', mas não cita data

Ao mesmo tempo em que atacava o governo, o ex-juiz da Lava Jato fazia acenos a outros partidos. De olho em uma aliança com o PSDB, Moro minimizou, por exemplo, os conflitos nas prévias presidenciais dos tucanos.


Foto: Podemos/Divulgação
Coletiva de imprensa de Sergio Moro. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Foto: Lula Marques / AGPT
Coletiva de imprensa de Sergio Moro. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Coletiva de imprensa de Sergio Moro. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Coletiva de imprensa de Sergio Moro. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Coletiva de imprensa de Sergio Moro. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Foto: Podemos/Divulgação
Foto: Podemos/Divulgação
Foto: Podemos/Divulgação
Foto: Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Foto: Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
mcmgo_abr_140220193155df
Foto: Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
previous arrow
next arrow
 
Foto: Podemos/Divulgação
Coletiva de imprensa de Sergio Moro. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Foto: Lula Marques / AGPT
Coletiva de imprensa de Sergio Moro. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Coletiva de imprensa de Sergio Moro. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Coletiva de imprensa de Sergio Moro. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Coletiva de imprensa de Sergio Moro. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Foto: Podemos/Divulgação
Foto: Podemos/Divulgação
Foto: Podemos/Divulgação
Foto: Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Foto: Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
mcmgo_abr_140220193155df
Foto: Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
previous arrow
next arrow

"O PSDB é um grande partido", elogiou. "Tem que respeitar. Eles vão tomar a decisão no tempo deles", disse. Os governadores João Doria (São Paulo),  Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio concorrem na eleição interna que vai escolher o candidato do PSDB ao Planalto.

O resultado das prévias estava previsto para ser divulgado no domingo, 21. Problemas no aplicativo de votação, porém, obrigaram o partido a suspender a consulta. A intenção é que as eleições sejam concluídas até o próximo domingo, 28.

Após se reunir com integrantes do Podemos, Moro destacou que a proposta alternativa da PEC dos precatórios, de autoria dos senadores Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), José Aníbal (PSDB-SP) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) permite a criação do Auxílio Brasil "sem rombo" nas contas públicas.

"O Podemos não pode compactuar com o desemprego dos trabalhadores brasileiros e gerar situações ainda mais difíceis, sob o argumento de que isso seria necessário para combater a pobreza", observou o ex-ministro.

Não faltaram críticas ao PT. “O teto de gastos, quando foi criado, em 2016, resultou em uma imediata queda dos juros. Isso impulsionou a recuperação da economia que vinha da recessão criada pelo governo do Partido dos Trabalhadores", afirmou Moro.

A entrada do ex-ministro na pauta econômica marca a estratégia de sua pré-campanha para evitar sua associação somente com o combate à corrupção. Recentemente, Moro anunciou que o economista Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central, é seu conselheiro econômico.

Quando era juiz  da Lava Jato, Moro personificou o discurso antipolítica. Agora, ele tenta equilibrar sua atuação no julgamento de casos de corrupção com a recente entrada na vida partidária. O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou Moro parcial na condenação do ex-presidente Lula.

NOTÍCIAS RELACIONADAS