Day: maio 25, 2021

‘Não se resolve economia sem prévia solução do problema da saúde’, afirma economista

Cleomar Almeida, Coordenador de Publicações da FAP

O economista Benito Salomão diz que é possível identificar, nitidamente, a diferença de desempenho de países que optaram por adotar enfrentamento sério e preventivo em relação à pandemia da Covid-19 e dos que assumiram uma “estratégia dúbia”. A análise dele está publicada na revista Política Democrática Online de maio (edição 31).

Produzida e editada pela Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília e vinculada ao Cidadania, a publicação tem todos os seus conteúdos disponibilizados, na íntegra, gratuitamente, no portal da entidade. “Os dados confirmam a teoria de que não se resolve a economia sem prévia solução do problema da saúde”, destaca Salomão.

Veja a versão flip da 31ª edição da Política Democrática Online: maio de 2021

No total, conforme lembra o economista, 60 países que já apresentaram dados do PIB em 2020. Segundo ele, o primeiro grupo (China, Vietnã, Nova Zelândia, Noruega, Finlândia, Nigéria, entre outros) viram seu PIB variando entre -2% e 2%. Muito acima, portanto, da mediana dos 60 países, uma retração de -4,1%.

Esse desempenho, de acordo com Salomão, também foi muito superior a países que negligenciaram a doença no início (Reino Unido, México, Itália, França e Espanha) e que apresentaram retrações do PIB entre -8% e -10%.

De acordo com o autor do artigo publicado na revista Política Democrática Online, o Brasil apresentou um mergulho do PIB de -4,1% em 2020, o maior da sua história e, paralelamente a isto, uma taxa de óbitos de 130 para cada 100 mil habitantes, o dobro da média mundial de 62 mortes por 100 mil.

Por outro lado, segundo o economista, países como Nova Zelândia, Coreia do Sul e Vietnã têm taxas próximas de 0 mortes por 100 mil. “Há, portanto, clara correlação entre número baixo de mortes e o amortecimento dos impactos sobre a atividade”, afirma.

O desempenho do Brasil, na avaliação de Salomão, é ainda pior ao se considerar a expansão fiscal patrocinada pelo governo no exercício de 2020. Ao todo, o pacote fiscal brasileiro para o enfrentamento da COVID-19 teve magnitude de 12% do PIB, algo muito semelhante à Turquia, que gastou 12,8%, mas teve taxa de mortos de 40 para cada 100 mil habitantes e um crescimento econômico de 2% em 2020.

“O pacote fiscal brasileiro foi o dobro do governo de Israel, que gastou 6,1% do PIB e quase o triplo da Noruega (4,3% do PIB). Em outras palavras, o Brasil gastou, mas não gastou com efetividade, negligenciou a compra de vacinas e suavizou pouco o ciclo econômico”.

Veja todos os autores da 31ª edição da revista Política Democrática Online

A íntegra do artigo de Salomão está disponível, no portal da FAP, para leitura gratuita na versão flip da revista Política Democrática Online, que também tem artigos sobre política, economia, tecnologia e cultura.

O diretor-geral da FAP, sociólogo Caetano Araújo, o escritor Francisco Almeida e o ensaísta Luiz Sérgio Henriques compõem o conselho editorial da revista. O diretor da publicação é o embaixador aposentado André Amado.

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Cleomar Almeida, Coordenador de Publicações da FAP

Perto de o Brasil atingir 450 mil mortos pela pandemia da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus auxiliares atuam com “alheamento” em relação ao sofrimento da população. A análise é do sociólogo Rogério Baptistini Mendes é pesquisador do Laboratório de Ciência Política da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Em artigo publicado na revista Política Democrática Online de maio (edição 31), Mendes critica o comportamento do presidente e de seus ministros. “É como se não tivessem responsabilidades para com o povo, o elemento pessoal do Estado. E, aqui, o paradoxo de nossa situação”, afirma ele.

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Todos os conteúdos da publicação podem ser acessados, gratuitamente, no portal da Fundação Astrojildo Pereira (FAP), sediada em Brasília e vinculada ao Cidadania.

De acordo com o autor do artigo, aos democratas, resta lutar nas trincheiras da razão e não ceder aos apelos do dualismo populista que insiste na exploração do desespero popular. “A hora é de reconstrução da cultura pública essencial ao exercício da cidadania informada, ativa e plural, capaz pactuar em favor da democracia como caminho para o futuro”, conclama.

Na avaliação do sociólogo, é a atuação do povo como bloco que alimenta o populismo e faz da demagogia uma perversão. “Tanto um como outra estiveram em germe, desde a redemocratização, na atividade de líderes e partidos, culminando no autocanibalismo do que se apresentava como o ‘novíssimo’ na política brasileira, ‘diferente de tudo o que está aí’”.

Segundo o autor, Bolsonaro chegou ao governo como expressão do populismo, um fenômeno tão antigo quanto a própria democracia. “Neste, confluem um líder e um povo mobilizado por um discurso que divide a sociedade política entre um nós e um eles, geralmente uma elite corrupta”, analisa.

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A própria condição de mito, atribuída ao ex-deputado do baixíssimo clero, segundo o pesquisador da Unesp, reforça a percepção do que seria uma condição atávica de nossa evolução política. “Acompanhando Ernst Cassirer, o mito, no populismo, personifica a vontade coletiva e se impõe à Constituição e às próprias instituições”, assevera.

A íntegra do artigo de Mendes está disponível, no portal da FAP, para leitura gratuita na versão flip da revista Política Democrática Online, que também tem artigos sobre política, economia, tecnologia e cultura.

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