Day: dezembro 20, 2019
Bernardo Mello Franco: O chefe de Queiroz era Jair
Bolsonaro disse que não tem “nada a ver” com o vaivém de dinheiro no gabinete do filho. É uma versão capenga, porque a conexão de Queiroz sempre foi com Jair
Em 2016, Donald Trump disse que nem um flagrante de homicídio abalaria a fidelidade de seus eleitores. “Eu poderia atirar em alguém no meio da Quinta Avenida e não perderia nenhum voto, ok? É incrível!”, gabou-se.
Ao que tudo indica, Jair Bolsonaro acredita dispor dos mesmos superpoderes. Só isso pode explicar o fato de o presidente ter se referido às investigações conduzidas pelo Ministério Público do Rio como “pequenos problemas”.
O presidente disse ontem que não tem “nada a ver” com o vaivém de dinheiro no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio. É uma versão capenga, porque as principais decisões tomadas ali passavam pelo chefe do clã.
Jair é um velho parceiro de Fabrício Queiroz, apontado como operador da “rachadinha” do Zero Um. Quando os dois ficaram amigos, Flávio tinha apenas 3 anos. O ex-PM estava lotado no gabinete do filho, mas seu verdadeiro chefe era o pai.
“Conheço o senhor Queiroz desde 1984. Nós somos paraquedistas. Nasceu ali, e continua, uma amizade”, disse Bolsonaro quando o escândalo veio à tona. Em maio, ele contou que o amigo lhe pediu ajuda quando enfrentava “problemas” na polícia. “Aí ele começou a trabalhar conosco”, relatou, usando a primeira pessoa do plural.
Queiroz depositou R$ 24 mil na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. O presidente atribuiu os repasses a um empréstimo informal. Nunca explicou por que o ex-PM precisaria de sua ajuda financeira — de acordo com o Coaf, ele movimentou R$ 7 milhões em três anos.
O amigo de Bolsonaro recebeu ao menos R$ 203 mil da mãe e da mulher do miliciano Adriano da Nóbrega, hoje foragido da polícia. As duas estavam penduradas no gabinete do Zero Um, que condecorou o ex-capitão do Bope quando ele estava preso por homicídio. O dinheiro passou por contas de Adriano antes de ser devolvido a Queiroz.
De acordo com o Ministério Público, Flávio usava uma loja de chocolates para lavar dinheiro da “rachadinha”. Ontem ele citou o negócio para justificar uma série de repasses suspeitos. Segundo o senador, o sargento que depositou R$ 21,2 mil em sua conta gastou tudo com doces. Se atirasse em alguém na rua, Trump teria uma desculpa mais criativa.
Merval Pereira: Com otimismo
Guedes está munido de paciência e uma determinação: não aumentar a carga tributária, ao contrário, rebaixá-la
Quando visitei a China pela primeira vez, em 2003, o pagamento com cartão de crédito estava começando, e não raras vezes tínhamos que ensinar os vendedores a usar a máquina, que era manual. Hoje, não há mais na China máquinas manuais, muito menos papel-moeda. Tudo se paga com aplicativos do celular.
É de olho nesse mercado, que avança com atraso, mas rapidez, no Brasil, que o ministro Paulo Guedes, em entrevista na Central Globonews, confirmou estar estudando o imposto sobre transações digitais, muito mais amplo que a CPMF, demonizada pela população, como diz o presidente Bolsonaro.
A rapidez da mudança ocorrida na China, comparada à do Brasil, mostra bem porque estamos atrasados em quase tudo, num mundo que se transforma em velocidade que não é mais analógica. Até mesmo a CPMF tem que ser digital.
Para conseguir convencer o presidente de que esse é um imposto mais justo, pois pegará todos, especialmente os que hoje não pagam, trabalhando à margem do sistema tributário, PG, como o chama Bolsonaro, está munido de paciência e de uma determinação: não aumentar a carga tributária, ao contrário, rebaixa-la.
O caso do ex-secretário Marcos Cintra, que foi demitido depois de defender o mesmo imposto que agora ressuscitou pela própria equipe econômica de que fazia parte, é exemplar de como a falta de paciência atropela até as boas ideias.
Bolsonaro disse a Guedes que estava traumatizado com a CPMF, pois foi a primeira imagem que viu na televisão ao acordar da cirurgia reparatória que sofreu quando já estava na presidência. “Eu posso me esquecer da facada, mas não esqueço da CPMF”, comentou o presidente, referindo-se a uma entrevista de Marcos Cintra defendendo a CPMF, que não era a primeira, mas foi a última.
Bolsonaro só se acalmou ao telefone quando o ministro da Economia disse que demitira o secretário da Receita Federal. E hoje brinca com a equipe: “Quem falar em CPMF está demitido”. Paulo Guedes, conhecido por seu gênio explosivo, está, assim como o ministro Sérgio Moro, aprendendo a lidar com a política, a começar pelo próprio presidente: “Quem tem voto é o presidente, ministro não tem voto”, diz sempre, para compreender as razões políticas que levaram ao adiamento de algumas reformas econômicas, como a administrativa.
Bolsonaro mandou dar uma freada no ritmo reformista, diante do que aconteceu no Chile, que era, e continua sendo, um exemplo de sucesso para Paulo Guedes, que estudou na Universidade de Chicago, cujas teses econômicas foram adotadas pelo governo Pinochet.
Guedes também deu aulas no Chile na época da ditadura militar, e é muito criticado por isso. A capitalização da previdência, por exemplo, que era o carro-chefe de sua proposta econômica, acabou rejeitada pelo Congresso, e foi uma das principais causas das recentes manifestações de protesto da classe media chilena.
Mas Paulo Guedes continua convencido de que esse é um caminho virtuoso para a aposentadoria dos brasileiros, mesmo que necessite de alguns ajustes, como agora acontecera no Chile. Lembra que por 30 anos o Chile cresceu com essa política, e hoje continua bem à frente do Brasil, com uma renda per capita medida pela paridade de poder de compra de U$ 25 mil, enquanto no Brasil, pelo mesmo parâmetro, estamos em US$ 15 mil.
Paulo Guedes, porém, está aprendendo que o timing da politica é diferente do econômico, tanto que se recusa a aceitar que os investidores estrangeiros estão deixando a Bolsa devido a uma insegurança política e à posição do governo brasileiro sobre a Amazônia. Prefere acreditar que se trata de uma reação normal aos juros baixos, que será substituída pelos investidores não rentistas. E, embora considere melhor que as reformas sejam debatidas quase que concomitantemente, pelo Congresso e opinião pública, entende que há momento em que a percepção de Bolsonaro pode captar sinais políticos que a equipe econômica desconhece, ou não leva na devida consideração.
Bolsonaro lhe disse: “Já avançamos muito, vamos aguardar os acontecimentos lá de fora (referindo-se ao Chile)”. O otimismo do ministro da Economia neste final de ano transborda na fala, nos gestos largos, na visão quanto ao futuro: “Nós vamos dobrar o crescimento no próximo ano, e aumentar o ritmo a partir daí”, afirma com convicção. Anuncia programas sociais “fortes”, mas sem populismo.
How to Write an Academic Dissertation
To find rewarding insights, you are going to need to do a small amount of patient reading. They don't locate adequate time to consider creating a top-notch essay composing skill. When writing an essay, the very first actions will be to pick a matter. Here are the straightforward step-by-action guidelines to help you particularly written down an excellent essay.Read more
‘País vive em tempos sombrios’, alerta Martin Cezar Feijó à Política Democrática de dezembro
Revista online da FAP publica artigo do historiador afirma que teorias como a da Terra Plana estão na cabeça de alguns brasileiros
Cleomar Almeida, assessor de comunicação da FAP
O historiador Martin Cezar Feijó, doutor em comunicação pela USP (Universidade de São Paulo) e professor de comunicação comparada na FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), afirma que o Brasil vive em tempos sombrios. Em artigo de sua autoria publicado na revista Política Democrática online de dezembro, ele diz que teorias sobre a Terra plana, bruxas e conspirações são alguns dos temas que permeiam a mente de alguns brasileiros em pleno século XXI.
» Acesse aqui a 14ª edição da revista Política Democrática online
“Quem poderia imaginar que, em pleno século XXI, em um país moderno e democrático há mais de trinta anos, como o Brasil, com todos seus problemas de desigualdade ainda existentes, se acreditasse em Terra Plana, em bruxas e conspirações satânicas?”, questiona. “E não por pessoas comuns, que não tivessem nenhuma educação formal e responsabilidade social, mas por pessoas que ocupam cargos públicos importantes na esfera federal.”, afirma ele, na publicação produzida e editada pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira).
No artigo exclusivo produzido para a edição de dezembro da revista Política Democrática online, ele também afirma que a cultura é cheia de contradições. “Principalmente riscos. Mas o maior risco é o de sua instrumentalização. Seja satanizando o rock como causador de aborto e adorador do diabo, ou questionando a escolha de uma poeta para uma homenagem em um encontro literário em Parati, como o caso de Elisabeth Bishop”, observa Feijó.
Na avaliação o historiador, ambos padecem de um mal anunciado, o da confusão entre conhecimento e estética e política no sentido de partidarização e ideologia. “Claro que um caso se insere na questão de liberdade de opinião, mas o primeiro se trata de um claro posicionamento, com implicações práticas, como imposição de uma política que abre caminho para cerceamentos e censuras. O pior dos cenários, portanto”, assevera.
Leia mais:
» ‘Não vejo o governo Bolsonaro capaz de se impor’, avalia Carlos Melo à Política Democrática online
» ‘Governo Bolsonaro envenena o Brasil’, critica Randolfe Rodrigues à revista Política Democrática
» Brasil e Argentina têm nova tensão, explica Rubens Barbosa na Política Democrática de dezembro
» Democracia está sob risco, destaca revista Política Democrática de dezembro
» Veja aqui todas as edições anteriores da revista
Míriam Leitão: O olhar do BC sobre a economia
Banco Central enxerga mais crescimento, inflação controlada e prevê aumento do crédito para ajudar na recuperação
Nos últimos três meses o Banco Central ficou mais otimista. No relatório que divulgou ontem, o BC fez uma revisão para cima da projeção de crescimento deste ano e do próximo e indicou que a alta será puxada pelo investimento e pela melhora na construção civil. Acha que a inflação ficará num nível “confortável”, o que permitirá juros em níveis baixos por um longo período. O mercado de crédito está crescendo 6,9% este ano e no ano que vem vai se ampliar mais 8,1%. Tudo isso se vê no Relatório de Inflação, divulgado a cada três meses, e que na verdade é uma avaliação geral sobre a economia.
Em crescimento, a diferença não é tão grande, mas nestes tempos bicudos qualquer número depois da vírgula já se comemora. O BC subiu de 0,9% para 1,2% a estimativa para o PIB deste ano e de 1,8% para 2,2% a de 2020. O problema mais sério da economia continuará sendo o mercado de trabalho, que terá queda gradual da taxa de desemprego.
Em novembro, foram criadas 99 mil vagas formais, segundo divulgou o Ministério da Economia. O número veio acima das projeções de mercado e é o melhor novembro em uma década. Isso ajudou a impulsionar o Ibovespa, que bateu mais um recorde e chegou a 115 mil pontos. No acumulado do ano, o país já gerou 948 mil vagas com carteira assinada, um pouco mais que os 858 mil do mesmo período de 2018. Mas que ninguém se iluda. A recuperação é lenta e tem números oscilantes tanto no Caged quanto no IBGE. E dezembro, no emprego formal, costuma ser negativo. Essa geração de vagas que houve até agora em 2019 não é suficiente para absorver nem o aumento anual da força de trabalho. A última Pnad apontou aumento de 1,4 milhão de pessoas na força de trabalho em 12 meses e mostrou que o emprego informal é o que mais cresce nesta recuperação.
Na visão do diretor de Política Econômica do Banco Central, Fábio Kanczuk, o PIB vem ganhando força, ainda que haja disparidade entre os setores da economia. Enquanto o comércio já vem melhorando há mais tempo, os serviços têm dados mais fracos, e a ociosidade da indústria continua muito elevada. A boa notícia aconteceu na construção civil, que teve estimativa de crescimento deste ano revisada de 0,1% para 2,1%. Kanczuk acha que essa melhora deixou de ser apenas em São Paulo e já acontece em vários estados do país.
— As séries não contam uma história só, elas são um pouco diferentes, algumas já mostram uma tração, outras ainda andam de lado. O importante é ter visão global. Há essa divergência, mas a economia está acelerando desde o segundo trimestre — disse Kanczuk na apresentação do Relatório.
O presidente Roberto Campos Neto acha que a construção civil ganhou impulso pelas mudanças feitas pelo BC no financiamento imobiliário, com o uso do IPCA para a correção dos contratos. Segundo ele, em algumas linhas mais baratas já houve redução em mais de 25% no valor das prestações. Se todos os contratos forem renegociados, Campos Neto aposta que até R$ 2 bilhões podem ser liberados no orçamento das famílias. Ele acredita que os bancos vão querer negociar taxas mais baixas para não perder clientes porque a portabilidade está crescendo.
O comércio internacional tem revisões para baixo. Para se ter uma ideia, a previsão que o BC faz de exportação para este ano caiu US$ 7 bilhões desde o relatório de setembro. E para o ano que vem encolheu em US$ 11 bilhões. O déficit em transações correntes será de US$ 51 bilhões este ano e de US$ 57 bilhões em 2020.
O Relatório deu poucas pistas sobre os rumos do Copom e o mercado continua em dúvida se haverá novo corte, e, havendo, se será de 0,25 ponto ou meio ponto. O BC pregou novamente “cautela” na condução da política monetária e reforçou que precisará acompanhar a evolução dos dados.
Os números do relatório estão melhores, mas é bom ter em mente que 1,2% é praticamente o mesmo crescimento do PIB do ano passado e do ano anterior. Esse triênio 2017-2019 termina com uma taxa pífia do PIB. O Banco Central e os bancos voltam a apostar que em 2020 o ritmo de expansão da economia não apenas será maior como será o começo da retomada. Que desta vez tenham razão.
Elena Landau: Exterminadores do futuro
Que futuro pode ter um país sem educação e cultura; sem história; sem imprensa?
Fui contra o impeachment da Dilma. Pensava que seria pedagógico deixar o ciclo da equivocada política econômica, iniciada ainda no governo Lula, se encerrar. O fracasso da Nova Matriz Econômica nos livraria das tentações populistas, se não para sempre, por muito tempo. Não estava de todo errada, porque há muitos que, ignorando a recessão e o desemprego gerados, ainda advogam por um aumento dos gastos. Mas Temer assumiu e com ele uma equipe econômica de primeira, que colocou a economia nos trilhos.
Impossível ignorar a importância do interregno do governo Temer, que iniciou o – longo – processo de recuperação cíclica da economia brasileira. Imagine onde estaríamos com a passagem direta de um país quebrado para um governo sem nenhuma experiência em políticas públicas?
A continuidade dos ajustes nas contas públicas e a aprovação da reforma da Previdência mudaram o humor da economia e, se não nos prometem um futuro brilhante, mostram uma luz no fim do túnel. Resta torcer para o País crescer de forma sustentada, acima do normal da economia brasileira, para que empregos sejam gerados e pobreza e desigualdade reduzidas.
Como só de economia não se faz um país, não podemos fechar os olhos para o retrocesso civilizatório deste governo. O reformismo econômico, que se pretende liberal, não compensa a destruição que se vê em importantes pilares da democracia liberal.
A ousadia destrutiva de Bolsonaro surpreende até os mais pessimistas. Juntou em torno de si um grupo de exterminadores do futuro. Que futuro pode ter um país sem educação e cultura; sem história; sem imprensa; com meio ambiente em risco; sem liberdade de expressão; que elogia torturadores e ditadores, que ataca nas redes uma senhora de 90 anos, que dedicou sua vida a este País através de sua arte?
Governos totalitários começam por desmontar a cultura e a liberdade de expressão. Não querem cidadãos críticos, que pensem, que perguntem, que duvidem. As fake news devem ser recebidas sem questionamentos. ONGs que se dedicam à defesa do meio ambiente derramam óleo de seus navios e tocam fogo na Amazônia financiadas por um ator de Hollywood. O rock é a porta do satanismo e do aborto, brasileiros são ladrões de mantas em aviões. Caetano e suas letras estimulam o analfabetismo. As universidades federais são grandes plantações de maconha e seus laboratórios produzem drogas químicas.
Ao mesmo tempo, há fatos que, se fossem falsas notícias, seriam ótimos: filmes brasileiros têm seus cartazes retirados do site da agência de fomento do cinema e no comando da fundação que atua contra o racismo, um racista. Uma ministra vai a eventos esperando ver mulheres com crucifixos na vagina, outro trata com naturalidade a possibilidade de um novo AI-5, e até o general Franco é homenageado com citações a seu lema predileto. Na cultura, o “tal do Alvim” foi premiado pela agressão que fez à Fernanda Montenegro e se cercou de um bando de lunáticos. Poderia ser motivo de chacota, não fosse um movimento racional e planejado para desmontar a cultura neste País. Não está nada engraçado.
O presidente ri. E seus seguidores tomam essas loucuras como verdade, reproduzindo os despautérios e mentiras. É uma caça as bruxas, típica do pré-Iluminismo. Uma alma religiosa e complacente diria: “Perdoai-os Senhor, eles não sabem o que dizem”. O grave é que sabem e, usando o santo nome em vão, destilam um ódio e preconceito em nada compatível com qualquer ensinamento cristão. Está faltando mais papa Francisco, e sobrando o mago de Virgínia, na vida desses fiéis. Infelizmente, a lista de absurdos é longa e nada indica que vai parar de crescer.
O extermínio não é exclusividade do governo federal. O Rio de Janeiro está se desmontando por um misto de má administração e desamor pela cidade. Crivella é, sem dúvida, o pior prefeito da história, e olha que a concorrência é grande. Sobre Witzel, deixo o drible que levou de Gabigol falar por si. Não sei como, no futuro, vou conseguir explicar ao meu neto que do Rio saíram Crivella, Witzel e Bolsonaro.
A sensação de impotência é grande. Muitos se perguntam como barrar o avanço do autoritarismo e do obscurantismo. A Justiça impediu a posse de Sérgio Camargo na Fundação Palmares. É um caso excepcional porque suas declarações sobre escravidão e racismo são incompatíveis com a missão da Fundação, diz a sentença, confirmada na segunda instância. Muitos viram a decisão como uma intervenção indevida do Judiciário no direito da administração pública de escolher seus executivos. Só o despreparo não é motivo para impedir a posse de um administrador público. Se essa moda pega, vamos brincar de resta um.
O voto continua sendo nossa única arma para evitar que o futuro seja colocado em risco. Três anos parecem uma eternidade, mas as eleições municipais podem ser o começo da mudança. Hasta la vista, baby.
Feliz Natal!
* Economista e advogada
José Álvaro Moisés: Bolsonaro trocou combate à corrupção por defesa de sua família
Presidente foi eleito com o compromisso de combater a corrupção, mas o que se assistiu de 1º de janeiro para cá foi um lento processo de abandono desse combate pelo governo
Esta operação envolvendo a família do presidente Jair Bolsonaro sinaliza a importância política que teve a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) permitindo que informações dos órgãos de controle – como a receita federal ou o antigo Coaf - possam ser acessadas para instruir inquéritos criminais. Foi a partir dessa decisão, por exemplo, que o Ministério Público do Rio retomou as investigações sobre o senador Flávio Bolsonaro.
Ainda não se apuraram completamente as responsabilidades desse caso. As pessoas podem especular a respeito, baseadas no que a mídia tem publicado, mas não temos ainda um inquérito concluído. Portanto, é preciso cautela. Mas caso se verifique o envolvimento das pessoas citadas no caso, como o senador Flávio Bolsonaro e o seu ex-assessor Fabrício Queiroz, isso poderá ter grande impacto sobre a posição do governo e a proposta da Aliança Pelo Brasil de combater a corrupção.
Jair Bolsonaro foi eleito presidente em um vácuo deixado pelas lideranças democráticas que, a meu juízo, não assumiram claramente o compromisso de combater a corrupção nas eleições de 2018. Bolsonaro ocupou o vácuo e se comprometeu a fazê-lo. Mas o que se assistiu de 1º de janeiro de 2019 para cá foi um lento processo de abandono desse combate pelo governo.
A questão pareceu se deslocar mais para a defesa de pessoas da família do presidente. É claro que denúncias nesse sentido ainda precisam ser verificadas. Ninguém pode afirmar, com certeza, que houve esse envolvimento. Mas as investigações avançam nessa direção, indicando que essa perspectiva é considerada por quem tem a responsabilidade de fazer as investigações.
Caso se confirme, sem falar da impressão de que o governo se afastou do combate à corrupção, isso afetará seriamente tanto a imagem do partido em processo de organização, como do próprio presidente. Todo o tempo ele parece mais preocupado em defender os seus do que tomar distância e garantir a autonomia e a independência que as investigações exigem.
Exemplos disso foram suas tentativas, meses atrás, de interferir em investigações em curso tanto no âmbito da receita como da Polícia Federal. Isso afeta a qualidade da democracia, pois o império da lei só é efetivo quando governos, quaisquer que sejam suas orientações ideológicas, aceitam se eximir de influir ou de controlar os organismos de fiscalização e monitoramento.
* É professor de Ciências Políticas da USP
Top Guides How to Manage Custom Fonts on PC for Web Design in 2020
Grow your business with our solution, Sell any product, any time with powerful features. There are other freelance web developers out there — the key is differentiating your service from theirs, but delivering a superior experience. These tools allow users to quickly mock up potential web pages and give guidance to designers and developers involved in building the pages. Head over to Web Font Specimen , download thezip file, and preview the HTML in a browser. This specification extends the font mechanisms in CSS1 to define a new 'at-rule', @font-face which permits improved client-side matching of fonts, enables font synthesis and progressive rendering, and enables fonts to be downloaded over the Web.
They have stopped allowing downloads, but still ship the fonts with Windows. Don't neglect the net style soft skills." If we have a tendency Download font to divide the success factors of an internet designer, net coming up with soft skills is also one in all the foremost necessary ones. FreeCodeCamp - Learn JavaScript together with other front-end tools for free. Google Fonts are used over the Internet and are not meant to be installed or used on your computer in anything other than your Internet browser. Oswald is a sans-serif font originally developed by Vernon Adams. This means that serif fonts are easier to read when they are printed into document format.
Even if you've never built a website before, much less an online store, both women were clear that you can build a version of your store yourself. We've also chosen to mix a sans serif (Cabin) with a serif font (Charter) for the description of the publication. From AdWords and SEO to Paid Social Media and Marketing Automation, our team of digital marketing experts will execute, optimize and increase ROI on your marketing investment. The researchers concluded that well-designed reading environments donвЂt necessarily help you understand what youвЂre reading better, but they do make you feel good, causing you to feel inspired andВ more likely to take action.
An Analysis Of Realistic Systems Of Google Fonts
Things to think about with text on the web are contrast, color, readability, and size. Google Web Designer also incorporates a handy library of extra components such as images, videos and other advertising tools. The rules for using images or Flash to replace text are no different from those we use to choose body text typefaces. Other Python libraries such as TensorFlow, PyTorch, scikit-learn, and OpenCV are used to build programs in data science, machine learning, image processing, and computer vision. Before installing your fonts, quit all active applications. We know this that's why when you create a website using Easysite you can rest assured your site has top level hosting that's backed-up.
The Family, Serif Style and Proportion numbers are used by Windows95 for font selection and matching. I thought if I copied and pasted them into the fonts folder they would work, but it doesnt you actually have to install them. Designer's with efficient methods to save time during a project won't be unfairly punished with a low cost. After the headline, research shows that placing text in an F” design works best, as that tends to be the way people read content online. Oxygen is a sans-serif font that features a set of unique characters. Shared hosting is when your website is on the same server as many other websites.
You know best what fits with your brand, and if a font captures your unique voice, and makes your slides easy for your audience to read, you are one step closer to that perfect presentation. There are many PHP development companies , which use this language for creating enterprise grade web applications with varied complexity. Webtype fonts are deployed on the Edgecast cloud computing services platform, a high performance environment that provides fast, reliable delivery of fonts throughout the world. Before, I used to download new fonts while I was working on a project, which usually meant I had photoshop open.
Fundamental Aspects In Cool Font Generator - Some Insights
When creating a website, you trust a hosting provider with your content, data and other confidential information. Depending on what type of CMS or web builder you are using, this should be a very simple step. Its no-code, drag-and-drop approach to building sites is easy enough for anyone to master, and the templates are well designed and suitable for a variety of business types. Before you ever start browsing through fonts on your computer or searching for a new one to buy or download, it would be a good idea to brainstorm some of the qualities or characteristics that you want your design to communicate. So, figuring out the perfect price for your web design projects can be a little difficult.